O procurador e coordenador da força-tarefa da Lava jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, mandou um recado à nova procuradora geral da República, Raquel Dodge. “Ninguém pode mandar dizer o que a gente faz ou deixa de fazer em Curitiba”, afirmou, após palestrar em uma faculdade em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, no começo da noite deste sábado (23). Na última semana, um integrante da equipe de Dodge foi flagrado conversando com a advogada da JBS em um restaurante, afirmando que a PGR deveria “controlar” mais a força-tarefa de Curitiba. Após a revelação da conversa, Sidney Madruga pediu exoneração do cargo.
Deltan Dallagnol destacou que a Constituição assegura aos promotores titulares de ofício a independência funcional e que espera que a nova procuradora respeite isso: “Ninguém pode mandar no que a gente faz”.
Ao admitir o fracasso das dez medidas contra a corrupção no Congresso Nacional, o procurador também anunciou uma nova estratégia para impor às classe política um pacote anticorrupção.
Sem o apoio dos atuais parlamentares, o procurador disse que entidades da sociedade civil estão construindo uma campanha para que só sejam eleitos no ano que vem candidatos que se comprometam com as medidas anticorrupção.
Sem o apoio dos atuais parlamentares, o procurador disse que entidades da sociedade civil estão construindo uma campanha para que só sejam eleitos no ano que vem candidatos que se comprometam com as medidas anticorrupção.
“É preciso colocar no Congresso quem se vincule a um pacote anticorrupção consistente. O objetivo é uma renovação da classe política tendo como pré-requisito o apoio ao pacote”, afirmou Dallagnol.
“Não que seja um critério único, porque a sociedade é plural, tem múltiplas preferências em várias áreas da vida, e essas preferências devem ser representadas. Mas um requisito para que represente essas preferências é o compromisso inabalável com o interesse público”, disse.
“Não que seja um critério único, porque a sociedade é plural, tem múltiplas preferências em várias áreas da vida, e essas preferências devem ser representadas. Mas um requisito para que represente essas preferências é o compromisso inabalável com o interesse público”, disse.
Dallagnol criticou a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) altere o entendimento sobre a prisão em segunda instância. “Se for mudado é um enorme retrocesso. Vai empurrar a prisão de réus poderosos para as calendas gregas”, avaliou.
O Tempo
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