FANTÁSTICO
Estreia domingo (3) o segmento sobre a vida do escritor Nelson Rodrigues
PUBLICADO EM 02/09/17 - 03h00
SÃO PAULO. Futebol, traição, a morte de um irmão... Esses e outros temas abordados em textos do escritor Nelson Rodrigues (1912-1980) estarão em cena em quadro que estreia domingo (3) no “Fantástico” (Globo).
“Nelson: Por Ele Mesmo” é inspirado na peça de mesmo nome que a atriz Fernanda Montenegro já leva aos palcos brasileiros. A montagem, por sua vez, é baseada no livro de homônimo organizado por Sonia Rodrigues, filha de Nelson. Com crônicas inéditas dele, a obra foi lançada em 2012 pela editora Nova Fronteira.
“Sempre fui ligada à obra do Nelson, desde quando ele era vivo. Quando eu li esses textos, quis logo fazer um trabalho com eles, porque são muito tocantes. E agora tenho a chance de levá-los para o público da televisão, o maior que pode existir”, conta Fernanda.
Diferentemente do espetáculo teatral, Fernanda não vai atuar. Ela participa orientando o ator Otávio Müller nas leituras. Sem cenário, apenas com um fundo preto e alguns objetos, ele dará vida a personagens e situações criadas pelo anjo pornográfico – como Nelson era conhecido. Fernanda, no entanto, não vai ficar longe do vídeo: a atriz vai aparecer o tempo todo indicando como Müller deve atuar.
Fernanda não se coloca como diretora, mas, sim, como orientadora. A direção fica por conta de João Jardim. “Ele traz a sua experiência com produção de documentário e em conteúdos dramatúrgicos. É como a Fernanda gosta de dizer: esse projeto reúne talentos”, afirma Müller.
Outra soma que “Nelson: Por Ele Mesmo” vai mostrar é a coleção de assuntos pelos quais Nelson Rodrigues passeou por toda a sua carreira na escrita. Para o quadro do “Fantástico”, Fernanda não escolheu os textos sozinha. “Passei para o pessoal da produção cerca de 60 textos do Nelson sobre esportes, a sociedade brasileira, sobre os seus dramas pessoais e alguns contos de ‘A Vida Como Ela É...’. Daí, foram escolhidos seis, que farão parte da série”, explica ela. O quadro vai incluir tragédias pessoais que Nelson enfrentou, como a morte do irmão Roberto, em 1929, com 23 anos.
O Tempo
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