domingo, 16 de setembro de 2012

A Nova Família Pratiana

Os canários chapinha vieram fazer parte da família pratiana.
Nunca os perguntei de onde vieram nem quanto tempo vão ficar para alegrar as nossas manhãs, com seus cânticos que nos acordam de forma agradável.
Por toda a cidade estão sempre em bandos, fazendo seus ninhos.
Fazem os ninhos com muito trabalho, fio a fio trazido no bico.
Em cada árvore tem sempre um ninho com filhotes gritando, e a mãe desesperada, tentando alimentá-los.
Nos ninhos com ovos que ainda não se abriram, os movimentos dos casais são constantes, num vai e vem entre o macho e a fêmea.
Além da prisão em gaiolas, a maior causa do seu desaparecimento em nosso país é a morte de milhares deles devido aos agrotóxicos sem critérios sobre as plantações.
Aliás, o canário chapinha não é a única vítima dos defensivos agrícolas, existem dezenas de outras espécies que sofrem com isso.
A espécie esteve perto da extinção no passado, e hoje milhares proliferam a todo vapor por toda a cidade: apesar de maltratada por muitos, a natureza sobrevive.
É de se perguntar quem é o responsável por isso.
Lembro-me da juíza que passou em nossa cidade, a Doutora Maria da Glória, que aplicando de forma correta nossa legislação, coibiu o ato de manter pássaros presos.
Com isso preservou a espécie, e nos deixou um grande legado: o canário chapinha, pássaro bonito de plumagem amarela, cantador, sociável, valente, voltou a alegrar a vida no Prata.
Se tenho uma dica a dar as pessoas é que cuidem bem dos passarinhos.
O calor dos nossos amigos e o cântico dos canarinhos chapinha tornam o Prata um lugar mais tranquilo e alegre de se viver.

Cristóvão Martins Torres

sábado, 15 de setembro de 2012

Perdemos o Encanto de Cidade Rural

Quem chega à cidade fica impressionado com a quantidade de carros nas ruas.
As ruas já são estreitas, e com carros estacionados dos dois lados das vias o espaço para o tráfego fica muito reduzido. Resultado: o trânsito fica um caos.
Parece que andar a pé faz parte do passado.
No passado, distâncias que hoje são percorridas em automóveis eram percorridas de maneira saudável: a pé.
Por que tanta circulação de automóveis em nossas ruas?  Compromissos urgentes ou ônus do progresso?
O fato é que o Prata perdeu aquele encanto de cidade rural.
Aquele encanto bucólico!
E ao se locomoverem cada vez mais de automóvel, as pessoas não se encontram pelas ruas como antes; assim, aqueles agradáveis bate-papos de outrora estão sendo substituídos pela comunicação através das redes sociais...
Desde a entrada da cidade até o seu final é carro para todo lado.
O carro, que em princípio traz mobilidade, em excesso significa exatamente o contrário.
Dizem que as pessoas são seres de hábitos. Parece que muitas pessoas estão usando os carros por puro hábito.
O excesso de carros dificulta o cumprimento do acordo de Paris, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de seus signatários, a  fim de manter em níveis razoáveis a temperatura do planeta.
A fim de reduzir a emissão de gases, na França as autoridades estão solicitando que as pessoas deixem seus carros em casa, optando pelo transporte público.
Na medida em que os carros ganham espaço nas ruas da cidade as pessoas perdem saúde e a oportunidade de se comunicar.

Cristóvão Martins Torres