sexta-feira, 18 de julho de 2025

 

O grande amor do profeta - Homenagem a Khalil Gibran






Gibran Khalil Gibran Falando do Amor

Gibran Khalil: Então, Almitra disse:'Fala-nos do amor' ...
E ele ergueu a fronte e olhou para multidão, e um silêncio caiu sobre todos,
e com uma voz forte, disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como
o vento devasta o jardim.

Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim
ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para
vosso crescimento, trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura e acaricia
vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes e as sacode no
seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
no pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós para que
conheçais os segredos de vossos corações e, com esse
conhecimento, vos convertais no pão místico do banquete divino.

Todavia, se no vosso temor, procurardes somente a
paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
e abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações, onde rireis, mas
não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as
vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe
senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.

Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga: 'Deus está no
meu coração', mas que diga antes: 'Eu estou no coração de Deus.'
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor
pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio
o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão o de atingir
a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos, sejam
estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o
êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o
bem-amado, e nos lábios uma canção de bem-aventurança.

Gibran Khalil Gibran

              Cartas de Amor de Kahlil Gibran

                          "Você me dá tanta alegria que ela chega a doer, e você me causa tanta dor que eu chego a sorrir."

 
Eu fui tocado pela sua presença desde a primeira vez que a vi; foi numa exposição de meus desenhos, no estúdio do Sr. Day. Você estava usando algo de prata em torno do pescoço, e aproximou-se de mim, perguntando: “será que eu posso exibir alguns destes quadros na escola onde leciono? Eu concordei; e na medida em que conversávamos, sentia-me melhor e melhor. Quando fui pela primeira vez até a sua casa, senti que a atmosfera do lugar — os livros, a maneira de arrumar a casa — tinha uma profunda identificação comigo. Gostei da maneira como conversamos, e do jeito suave com que você me fez falar de mim mesmo.
Você fez muitas perguntas, e algumas vezes me senti encabulado; mas, graças ao seu espírito e inteligência, terminei contando tudo que queria saber.
As outras pessoas me acham interessante. Elas gostam de me ver falar, porque eu sou uma pessoa diferente. Para elas não passo de um divertimento, que logo será esquecido quando algo mais curioso aparecer. Você, entretanto, foi capaz de arrancar o que havia de profundo em mim, sentimentos que raramente compartilhei com alguém. Isto foi ótimo — e continua sendo.
Ficamos amigos. E um dia você me perguntou se eu precisava de dinheiro para ir até Paris. Até aquela data, sempre tinha recusado este tipo de ajuda, mas você me disse algo sobre o dinheiro, que eu nunca vou esquecer: ele é impessoal, não pertence a ninguém, apenas passa por nossas mãos. O dinheiro não é uma posse, mas uma responsabilidade, e cabe a nós dar-lhe o destino certo.
Fui a Paris, sempre tendo ao meu lado a sua imagem, sua fé, e sua ternura. Ali, eu reparei que, ao invés de ver apenas a cidade, estava estudando a mim mesmo, e vendo como a nossa relação começava a afetar meu cotidiano. Mesmo com você distante, sua presença me acompanhava por   ruas, praças, e cafés. Quando voltei, tornei a encontrar a mesma doce criatura que conhecera .
Então eu lhe pedi em casamento. A partir deste dia, você começou a ferir-me. 
E continuou me ferindo. Eu sofria, mas cada vez que nos encontrávamos — nesta época, a gente se via duas vezes por semana — você falava: “Kahlil, creio que lhe magoei na quarta-feira passada”
— ou na sexta, ou seja quando tivesse sido. “Perdão”, você dizia. “Não pretendia fazer isto.” Você então se tornava a criatura mais doce do mundo, e eu pensava comigo mesmo: “esta é a Mary que eu amo”. Entretanto, antes mesmo que aquele encontro acabasse algo de brutal tornava a sair de sua boca. Nada do que eu pudesse dizer ou fazer era capaz de impedi-lo; a agressão vinha, e quase me matava.
   Eu voltava para casa, e refletia: ”se eu aceito o sol, o calor, e o arco-íris, preciso aceitar também o o trovão, a tempestade, e o raio.” Eu tentava, mas sentia que coisas
 importantes estavam morrendo dentro de mim. Então, certa noite — quando voltávamos de Gonfarone — você disse que o fato de me ter dado
dinheiro para a viagem criara uma grande distância entre nós. Quando cheguei em casa, decidi conseguir aquele dinheiro de volta. Pedi emprestado, e fui até a sua casa para entregá-lo, mas você
havia viajado para Boston. Ao voltar ao meu quarto, uma linda carta sua me esperava; e esqueci de novo as palavras agressivas.
Outro problema nos aguardava. Quando estava conversando com você no seu apartamento, seu irmão chegou. Notei que não tinha gostado de minha presença, e comecei a sentir-me desconfortável.
 Dois dias depois, você ainda estava triste com aquele encontro, e pressenti que seu irmão me considerava mais um estrangeiro sem escrúpulos, interessado em obter vantagens materiais e sociais neste tipo de relação.
 
Isto quase me destruiu. Mas de novo tornamos a nos encontrar, e seu encanto fez-me de novo acreditar que o desagradável episódio com seu irmão tinha sido apenas um sonho ruim. Entretanto, alguma coisa mudara no meu coração, já que minha alma não podia estar sempre resistindo aos constantes ferimentos. Eu precisava me proteger, e passei a dizer a mim mesmo: “qualquer relação mais íntima com esta mulher é impossível.”
  Claro que esta estratégia não funcionou, nem mesmo quando eu lhe disse o que acontecia comigo. Mas, a partir daquele instante, você nunca mais me feriu.
Tudo que estou contando, é apenas para que saiba como vi os nossos primeiros anos juntos. As coisas mais profundas jamais mudaram; a identificação que tive, o reconhecimento, a paixão do primeiro encontro — tudo isto continua igual, e assim continuará para sempre. Eu a amarei por toda
a eternidade, como já a amava muito antes de vê-la pela primeira vez, e chamo isto de Destino.
Nada pode nos afastar; nem eu, nem você podemos mudar esta relação. Eu quero que você se lembre pelo resto dos seus dias, que você é a pessoa mais importante do meu mundo.  Que, mesmo que você casasse sete vezes, com sete homens diferentes, tudo continuaria igual em meu coração.
E hoje, também entendo que o nosso casamento era impossível. Ele teria destruído a ambos. Nossa vida em comum terminou sendo guiada de uma maneira diferente, e por isso fomos salvos. Você me ajudou a descobrir a mim mesmo, e ao meu trabalho. Eu penso que fiz o mesmo com você, e agradeço aos Céus por estarmos juntos. 
Kahlil Gibran

Gibran Khalil sobre Casamento


Que hajam espaços na vossa junção,
E deixem que os ventos dos céus dancem entre vocês.
Se amem um ao outro mas não façam do amor uma prisão.
Deixem que seja antes um mar em movimento entre as margens das vossas almas.
Encham as taças um do outro mas não bebam de uma só taça.
Podem dar um ao outro do vosso pão mas não comam do mesmo pão.
Cantem e dancem juntos e sejam alegres, mas deixem que cada um de vocês fique só,
Tal como as cordas da lira estão separadas e no entanto vibram na mesma harmonia.
Entreguem os vossos corações, mas não à guarda um do outro.
Porque só a mão da Vida pode conter os vossos corações.
E estejam juntos, mas não demasiado juntos:
Porque os pilares do templo se erguem separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem na sombra um do outro.

 

Mannheim

Mannheim, onde se encontram os rios Neckar e Reno.
Para mais informações sobre essa bela cidade alemã, ver...

A Igreja do Palácio de Mannheim (em alemão: Mannheimer Schlosskirche), fundada como uma capela da corte, foi construída no século XVIII e faz parte do Palácio de Mannheim. A igreja serviu como capela da corte para os príncipes eleitorados do Eleitorado do Palatinado entre 1731 e 1777 e pertence às igrejas paroquiais mais antigas da antiga diocese católica na Alemanha.


 Quem planta o bem não teme a colheita...Fatores fundamentais na vida : Respeito, Paz, Gratidão, Alegria...Viajar é mudar a roupa da alma...Beijo bom o seu...Celebra a vida com mais amor...


Schachlo - Dança cigana russa


Yoga e Cérebro: Estudo mostra como a prática pode turbinar memória, foco e aprendizado

Um novo estudo publicado na Open Minds International Journal aponta que o yoga, aliado à neurociência, pode ser uma ferramenta eficiente para otimizar funções cognitivas essenciais como atenção, memória de trabalho e capacidade de aprendizado


Um estudo recente realizado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores brasileiros se aprofunda nos efeitos do yoga sobre o funcionamento do cérebro. Intitulado “Yoga e o potencial de otimização cognitiva: uma perspectiva neurocientífica sobre memória de trabalho, foco atencional e aprendizado”.

O artigo foi publicado na revista científica Open Minds International Journal e assinado pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pelo professor de yoga e naturopata Ravi Kaiut e pelo criador do Método Kaiut Yoga, Francisco Kaiut.

A pesquisa integra conhecimentos das neurociências e da tradição do yoga para explorar como a prática regular pode influenciar positivamente os pilares da cognição humana, com implicações relevantes para a saúde mental, o desempenho acadêmico e o rendimento profissional.

Como o yoga impacta o cérebro
De acordo com o estudo, práticas regulares de yoga estão associadas a melhorias na memória de trabalho, responsável por manter e manipular informações, e no foco atencional, ambos fundamentais para o processo de aprendizado.

Usando dados de revisões sistemáticas e exames de neuroimagem, como ressonância magnética funcional (fMRI) e eletroencefalografia (EEG), os autores identificaram que o yoga pode gerar alterações positivas na plasticidade cerebral, além de aumentar a conectividade em áreas associadas à atenção executiva, como o córtex pré-frontal dorsolateral e o córtex do cíngulo anterior.

“Há uma tendência de se pensar no yoga apenas como algo relaxante ou terapêutico, mas ele é também uma prática extremamente sofisticada para o cérebro humano, o que beneficia a saúde integral”, destaca Francisco Kaiut.

Benefícios para o aprendizado e a performance
Os dados reunidos na pesquisa indicam que os efeitos positivos do yoga sobre atenção e memória criam condições ideais para a aprendizagem.

A habilidade de sustentar o foco e reter informações de forma eficaz é considerada um forte preditor de sucesso acadêmico e adaptação a ambientes que exigem raciocínio constante.

Além disso, os autores destacam o potencial do yoga como ferramenta de apoio para pessoas em situações de estresse mental, como estudantes, profissionais sob pressão e até mesmo indivíduos em reabilitação cognitiva.

“Com o tempo, o corpo começa a aprender que pode funcionar com mais inteligência e menos esforço. Essa é uma das principais contribuições do yoga para o aprendizado e para a vida como um todo”, finaliza Francisco Kaiut.


Sobre Francisco Kaiut

Francisco Kaiut é um professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, dores crônicas e ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, um método moderno de yoga que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.

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Sobre Ravi Kaiut

Foi diagnosticado aos 4 anos com Síndrome de Legg Perthes, doença genética que destrói o quadril e causa grandes dores, como parte do tratamento passou a praticar Yoga, se apaixonou e decidiu que deveria compartilhar seu conhecimento com o mundo.

Campeão brasileiro de fisiculturismo e 10º melhor do mundo, pelo Campeonato Brasileiro de Fisiculturismo e Fitness, da Federação IFBB. Co-fundador da Greenlist, iniciativa com o objetivo de estimular o consumo sustentável. Ensina atualmente na unidade principal do Kaiut Yoga  em Curitiba.

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Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB/P0149176 é Pós-PhD em Neurociências, eleito membro da Sigma Xi - The Scientific Research Honor Society (mais de 200 membros da Sigma Xi já receberam o Prêmio Nobel), além de ser membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, da Royal Society of Biology e da The Royal Society of Medicine no Reino Unido, da The European Society of Human Genetics em Vienna, Austria e da APA - American Philosophical Association nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em História e Biologia, também é Tecnólogo em Antropologia e Filosofia, com diversas formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Dr. Fabiano é membro de prestigiadas sociedades de alto QI, incluindo Mensa International, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society e HELLIQ Society High IQ. Ele é autor de mais de 330 estudos científicos e 30 livros. Atualmente, é professor convidado na PUCRS e Comportalmente no Brasil, UNIFRANZ na Bolívia e Santander no México. Além disso, atua como Diretor do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito e é o criador do projeto GIP, que estima o QI por meio da análise da inteligência genética.

Fabiano de Abreu 
OBS.: Este email pode ser acessados por outros membros da empresa

Gestão geral grupo MF Press Global 





A SELEÇÃO NATURAL E A POLÍTICA


*Por Guto Araújo

 

A diversidade de ecossistemas e as condições ambientais fazem com que os animais desenvolvam mecanismos de adaptação para garantir a sobrevivência das espécies, seja para alimentação, proteção contra predadores ou reprodução. Esse foi o lampejo da aula de biologia que minha filha colocou na roda de conversa depois de um banho congelante de cachoeira nas montanhas de Minas Gerais. O motivo, uma espécie de borboleta que finge ser outra, a espécie conhecida como Monarca é menos caçada por predadores por ser tóxica. Já a Vice-rei, sua cópia idêntica não possui esse veneno, mas ganha sua proteção na semelhança física, um exemplo clássico de mimetismo.

 

Voltar das miniférias essa semana e entrar novamente no ecossistema pouco natural da maior metrópole do país, foi também voltar a respirar as toxicidades criadas pelo maior predador do planeta, o ser humano. A taxação de 50% sobre as importações brasileiras imposta por Trump, na prática não parece ser boa para nenhum setor da economia brasileira. Mas a política, assim como a natureza, tem o poder de produzir mecanismos que servem a objetivos de preservação de posicionamentos muito específicos no jogo da sobrevivência. O estilo do presidente norte-americano não parece se assemelhar ao delicado mimetismo das borboletas, a estas se assemelham outros perfis, que se sentam às mesas fora do expediente e criam clones à sua imagem e semelhança.

 

Trump está mais para o que se denomina na biologia de Aposematismo, os animais geralmente peçonhentos que se destacam fortemente no ambiente em que vivem por possuírem padrões inconfundíveis de cores fortes e grafismos excêntricos, como por exemplo a cobra Coral. No atual cenário, a política deixou de ser apenas a disputa de ideias e passou a ser sobretudo, uma disputa de narrativas. O discurso “antissistema” utilizado pelas correntes de direita hoje, é muito similar ao discurso utilizado quando a esquerda era oposição. A diferença está na estética e na diegese contemporâneas, assim como no uso da velocidade das redes e das potentes ferramentas digitais. Ampliando o espectro um pouco mais, são comuns também aqueles que se assemelham mais ao estilo Camuflagem, assim classificados por serem os que se misturam ao ambiente em que vivem, seja na cor ou no formato. Dessa maneira conseguem tanto se esconder para defesa como para ataque e só são percebidos quando há uma ação específica, como por exemplo o Louva-deus.

 

O jogo das metáforas da natureza poderia durar muitas páginas e como num banho de cachoeira, deixar mais leve e simples o que às vezes parece incompreensível. Mas as peças que compõem o tabuleiro político de qualquer ecossistema são, cada uma em sua individualidade, extremamente complexas, porém suas decisões e atitudes podem ser definitivas para a maioria. O mais importante para o equilíbrio desse ecossistema é ter em mente que o poder de decisão está no voto de cada um que faz parte desse universo. E numa democracia verdadeira a grande massa sustenta e destrói um projeto político. Esquecê-la é, inevitavelmente, se expor aos maiores perigos da natureza.

 

*Guto Araújo é publicitário e estrategista de comunicação e marketing político


Eduardo Betinardi

P+G Trendmakers

E-mail: eduardo@pmaisg.com.br

Site: www.pmaisg.com.br






   Renata Vasconcellos fala sobre assumir os fios brancos e a importância de se permitir