sábado, 31 de agosto de 2019

O Fantasma da fraude

Quando escrevo tento encontrar a palavra certa para expressar meus sentimentos.

Certa ocasião uma professora de português me disse; você precisa de um pedaço de papel um lápis e uma borracha para escrever seus textos.
Se arrepender de algum texto que escreveu, use a borracha.
Queria ter usado a borracha para apagar a palavra fraude, que escrevi agora.
A fraude no contexto da sociedade sempre existiu, varia de intensidade e amplitude.
No sistema social, encontra-se o ser humano com suas imperfeições.
Cada indivíduo tem uma historia, e apresenta estímulos do ambiente em que vive, recebendo influencia desse meio.
O homem é produto do meio em que vive.
Para viver em sociedade ele tem sua conduta e comportamento.
O sistema em que vive é estimulador de comportamentos.
O homem produz cultura e vice versa.
No nosso país, a cultura vem recebendo contribuições de várias origens, o que provoca a diversidade cultural do nosso povo.
Os mecanismos de esperteza e malícia foram criados ao longo dos anos, o que faz o trabalho ser muito desgastante ao invés de fonte de riqueza.
É aquela historia, quem trabalha muito não tem tempo para ganhar dinheiro, dizem por aí.
O apego a posse, o jeitinho e o desejo de levar vantagem em tudo são as características atuais, tá na moda.
Há pessoas que conseguem resultados positivos transgredindo a lei.
Desenvolvem-se a moral do oportunismo e a moral da integridade.
Dizem que a integridade tem poucos seguidores, muitos a elogiam, mas poucos a praticam.
Falta descobrir a verdade dos direitos e deveres para eles.
Acho que o desenvolvimento político e econômico depende do moral e social.
Apesar de números alarmantes sobre a fraude, divulgados pela imprensa, temos obtidos resultados positivos desse princípio intolerável.
Muito infeliz quem a pratica.
É como diz a musica; cada um de nós compõe a sua historia.
Tenho como principio que a ética é o pai da prosperidade, ela é muito importante na vida das pessoas, o seu carro chefe.
Fui criado dessa forma; o que não é meu, não me pertence.
Respeitar a si mesmo e aos outros.
Meu saudoso pai sempre nos dizia; a saída é pela porta, parece óbvio, e realmente é.
Precisamos começar mudando a "nós mesmos".
Não consigo ver a vida de outro modo, a não ser esse, mesmo sabendo que o Brasil tem muito a caminhar na direção da ética.

Cristovão Martins Torres

Inesquecíveis tardes de Domingo

Ao ser questionado por admiradores sobre como conseguia tirar formas tão perfeitas de uma simples pedra, o grande artista Michelangelo, sabiamente respondeu que na verdade ele não esculpia contornos belíssimos na pedra fria, mas simplesmente os retirava de dentro delas.
Da mesma forma, no decorrer da historia, alguns seres humanos conquistaram esta postura maravilhosa de escultura interior, levando todos ao seu redor a fazer o mesmo, bastando apenas permitir que ele se manifeste.
Esses grandes homens foram chamados de líderes.
O grande líder é reconhecido pelo seu poder de motivar pessoas, equipes,etc.
Através do modelo esportivo tiramos inúmeras lições para a vida de qualquer pessoa.
E não é preciso nos lembrarmos somente dos nomes consagrados do esporte do nosso país, vamos lembrar daquele que fez as tardes de domingo em nossa cidade serem mais alegres.
Quem não se lembra do ícone do esporte pratiano Evandro Rolla Braga, que com seu entusiasmo e paixão nos fazia aprender com a atividade esportiva.
Faço parte com muito orgulho de uma geração de atletas do Clube Atlético Pratiano, que era influenciada pelo Evandro, não superávamos apenas os limites físicos, mas também sociais, psicológicos e culturais.
Certa vez ouvi dele que, ninguém escolhe praticar um esporte com o qual não se identifica, e que não gosta.
Como líder era lúcido e inovador, via o que todas as pessoas não viam e observava o que ninguém observou.
Assim como Michelangelo, o líder, acima de tudo é um escultor capaz de esculpir comportamentos maravilhosos em seus subordinados.
Evandro construiu ao seu redor a sua maior obra, a família do Clube Atlético Pratiano.
Assim foi o mestre Evandro Rolla Braga para o engrandecimento do esporte pratiano em São Domingos do Prata.
Confiava sempre na vitória de sua equipe por ser um otimista em potencial, por conseguinte, passava este estado de espírito aos seus comandados.
Seu envelhecimento, tristemente, coincidiu com a queda do esporte em nossa cidade, mas deixou um legado aos pratianos: que o segredo de tudo está na capacidade das pessoas de fazer a grande diferença.
À frente do Clube Atletico Pratiano, foi por vários anos, multifuncional; exercendo com muito brilhantismo as funções de jogador, técnico, diretor, presidente, e tesoureiro, inclusive assumindo todas as despesas do nosso clube.
Airton Sena fez as manhãs de domingo serem mais alegres para o povo brasileiro, e Evandro fez as tardes de domingo serem mais alegres para os desportistas pratianos.
Obrigado mestre Evandro pelo legado que nos deixou !


Cristóvão Martins Torres

Visita ao Palácio de Versailles


" Em frente ao Palácio de Versailles"

"A entrada do Palácio de Versailles"

"Dentro do Palácio, no Salão dos Espelhos, onde eram realizadas as festas reais"

"No jardim do Palácio"

Depressão... A dor da vida não vivida

Por Adriana Garibaldi

iG

Depressão é a doença do século que, sem dúvida, provoca extremo sofrimento, em todas as idades, principalmente na terceira idade. Uma terrível praga da alma. Intensa dor do coração.

Não sou psicóloga, mas sei, por experiência própria, o significado desse triste adoecimento, chamado depressão.
É necessário refletir, fazendo um autoanálise, para tentarmos entender e contornar um mal como este. Que, sem uma causa aparente, instala-se no corpo e na psique, levando-nos a uma falta permanente de motivação e de entusiasmo. Um sentimento de desvalia profundamente destrutivo.

Depressão... A dor da vida não vivida. Esta é a minha visão particular a respeito deste drama da mente humana.

Muitos sofrimentos, perdas, amores frustrados e tantos outros que nos levaram às raias da loucura. Compõem um amontoado de dor e mais dor a povoar as prateleiras empoeiradas de nossa historia pessoal.

A vida se basta a si mesma, quando é vivida na intensidade e no tempo devido.
Viver a infância, como ela precisa ser vivida. Viver a adolescência, ou a vida adulta no diapasão correto, intensamente. Representa aquilo que nos pode garantir uma velhice saudável, sem o fantasma da depressão.

Aquilo que não nos permitimos viver nem ser acaba se transformando num fardo por demais pesado para ser carregado, um sentimento de urgência por querer recuperar o tempo perdido que, infelizmente, não volta, perturba-nos a mente.

Por causa disso, vemos muitas pessoas na casa dos cinqüenta ou sessenta querendo parar o tempo, por meio de recursos artificiais, construindo somente uma falsa perpetuação de juventude que mais se assemelha à mascara grotesca. Uma imagem distorcida daquilo que foram algum dia.

Nada contra a cirurgia plástica, quando necessária e realizada com critério e responsabilidade.

Quando não nos permitimos viver a nossa existência com alegria e na intensidade de vida, ao chegar o tempo de envelhecer, carrega-se no coração o peso morto de um ciclo que não teve a sua conclusão natural. Não podemos fechar esse ciclo que nem sequer fora aberto algum dia.

Muitos daqueles da geração dos anos cinqüenta ou quarenta, casaram cedo, provavelmente, com o primeiro ou a primeira namorada, arrastando pela vida afora um casamento sem diálogo, sem cumplicidade, onde as mentiras e as traições permaneceram abafadas na surdina de um fazer de contas, sufocante.

Muitos deles estão aqui e agora, sofrendo as dores daquilo que poderia ter sido, mas não foi, por mil e uma razões, internas ou sociais.

A chegada da terceira idade poderia ser, contudo, um tempo de finalizações amenas.

O final da vida está quase aí, à volta da esquina, e a solidão representa uma condição muito comum, quando os filhos partiram para viverem suas próprias histórias, quando, muitas vezes, um dos cônjuges mudara-se para um outro plano.

Hora em que se faz imprescindível avaliar a própria história e, nessa avaliação, muitos esbarram na dor de constatarem não terem vivido aquilo que um dia sonharam. Uma história cheia de... e se? Ou... Se eu tivesse feito de forma diferente...
Aqueles sonhos que ficaram perdidos no tempo não podem ser recuperados, mas podem com certeza, serem revistos.

Seria maravilhoso se um dia nos fosse possível nos transformarmos em Deuses ou Deusas do tempo, para ressuscitar as nossas histórias e fazer diferente dessa vez.
Quem não sonha ou sonhou vestir uma capa vermelha, ao estilo "Super Homem" e ter o poder de voltar ao passado. Não horas, mas anos. Não dias, mas décadas. Quanta frustração poderia ser revista e transformada.

É preciso amar... as pessoas como se não tivesse amanhã... Canta Legião Urbana.

Amar, sim, amar com a intensidade necessária e até com a paixão devida... Por que não?
Quem rotulou a paixão como algo quase... digamos: Sinistro?
Viver!!!
Ah!! Quanto é belo, quando é apaixonante, quanto é intenso.

Quem disse que a vida pode ser vivida sem paixão?

Contudo, às vezes imaginamos ser tarde demais e a gente se acostuma a sobreviver arrastando-se pelo tempo, como um zumbi.
A velhice e a morte nos pegam desprevenidos, num piscar de olhos. Nem lembramos quando a primeira ruga, ou o primeiro fio branco de cabelo nos deu um sinal incontestável de que a roda da vida começava a imprimir um movimento descendente.
Sinais do corpo como a gritar em nossos ouvidos: acorda!!! Viva, enquanto é tempo, enquanto é hora, de ser aquilo que se deseja.
De se amar, com a acuidade necessária, para sermos capazes de amar da mesma maneira aqueles que viajam a nosso lado, no comboio do ser e do existir.

A juventude é uma dádiva. Pena que somente se percebe isso quando já o tempo está prestes a concluir a sua história, na maioria das vezes, uma longa história de esquecimento de si mesmo.

Muitos denominam a terceira idade como: melhor idade... Desculpa, mas, parece piada.
Sem querer fazer a apologia da juventude, acredito que quem inventou essa frase deve ter sido algum jovem desavisado.
Desavisado, sim!!! Dos ismos do tempo da velhice...

Aqui uma outra frase brilhante que acho o fim:
"Sempre existe um chinelo velho para um pé cansado"... Patético!!
Quem é capaz de desejar um chinelo velho?... Nem de forma objetiva, nem tampouco figurada...
E isso de pé cansado... Não existe isso de pé cansado.
Os pés foram feitos para a dança!!! Para a celebração!!!(como diria o Mestre Osho)
Para se movimentar no compasso da vida.
Falar de chinelo velho?... Socorro!! Tenha dó!!!
Prefiro um sapato de verniz, como usavam nossos avós!!!
Poder dançar juntinhos, de rosto colado, uma dança para celebrar o fato de estarmos vivos... Ainda estarmos vivos!!!

Sem dúvida, não é possível vivermos num corpo eternamente jovem, seria absurdo imaginar tamanha proeza da Engenharia Genética. A não ser para algum Highlander do cinema americano. Mas, podemos, sim, aprender a celebrar a vida, em qualquer tempo.

A nossa alma não tem idade, infelizmente o corpo não é capaz de concordar com essa realidade essencial.
Mas... pé cansado?! Chinelo velho? Ninguém merece!!

Aí aparece alguém, com boas intenções, nos recomendando procurar um grupo de terceira idade .. para aprender tricô...
Sem dúvida, para algumas pessoas isso pode ser benéfico e até empolgante, mas para outras?... A antessala do Inferno!!!

Então aí, chega o tempo da depressão. Da dor daquilo que já não pode ser vivido ou daquilo que nem sequer fora vivido um dia.

Sem dúvida, não podemos cair na loucura de intentarmos viver aos sessenta anos aquilo que somente é possível aos vinte ou trinta.
Mas não precisamos com isso nos conformar em vestir a personagem que as outras pessoas imaginam adequada para nós. Isso não seria saudável, em nenhuma idade. Aqui podemos compreender porque é tão comum a depressão nessa face da vida.

Considero esta forma de depressão como "um grito da alma". Um pedido de socorro do coração que tem sede de viver com intensidade, amor, luz e alegria, o tempo que lhe resta. Para assim, quando as portas da vida se fecharem, seja-lhes possível mergulhar, sem medo, para fora do veículo carnal, que acabou de completar seu ciclo.
Mergulhar na morte precisa ser um movimento de libertação e de expansão, uma história que necessita ser fechada com chave de ouro. Não arrastando conosco, para um outro plano, as amarguras e depressões, por aquilo tudo que não nos permitimos viver, levando para uma outra existência, as mesmas mazelas e frustrações acumuladas nesta, ou em existências passadas.

Limpemos, enquanto é tempo, a estante empoeirada de recordações dolorosas, de amores não vividos, de sentimentos recalcados e emoções falsificadas. E, se não nos for possível, por circunstâncias óbvias, vivermos a vida com a intensidade que gostaríamos, vivamos, pelo menos, o tanto que nos for possível viver e desfrutar dessa dádiva do existir, num tempo chamado agora.

O nosso corpo pode estar desgastado pela passagem dos anos, o nosso rosto sem o viço dos vinte anos, mas o nosso coração ainda é capaz de pulsar, com a mesma intensidade de sempre...
Dancemos esta dança, vivendo intensamente antes que as cortinas do palco se fechem e devamos aguardar que um novo espetáculo volte a ser encenado, quem sabe quando...
Adriana Garibaldi
iG

O que Araújo Jorge disse sobre a Viagem

A Viagem

Não vamos fazer planos, vamos apenas viajar
neste barco que nos recolheu
e cujo rumo não sabemos...
Não vamos fazer planos, vamos olhar as gaivotas,
os crepúsculos sobre o mar,
as ondas, as nuvens, os portos que amanhecerão,
agradecer ao destino que nos fez passageiros
do mesmo sonho.
Não vamos fazer planos, não vamos matar as nossas alegrias
modificando roteiros, se não sou o comandante do navio,
se ninguém é,
não vamos matar as nossas alegrias
com itinerários antecipados
como se fossemos turistas ricos
apenas gastando o seu tédio...
Não vamos fazer planos, vamos nos deixar levar
ao sabor das correntes,
vamos agradecer essa viagem como se fosse a primeira
como se fosse a última,
como se fosse aquela viagem há tanto tempo esperada,
que inacreditavelmente se tornasse
realidade...
E o porto onde chegarmos, - qualquer que seja o porto
ou o horizonte de mar que sempre se afastará,
serão o porto e o horizonte
da felicidade...

Araújo Jorge

Água limpa é vida!

Devido aos efeitos da globalização da economia, estamos vivenciando a globalização ambiental e a globalização da água.
Temos que ter a consciência de que a época da abundância da água já passou.
O melhor reservatório que temos é o solo, e ele está sendo afetado, dentre outras coisas, com o uso do asfalto.
Todos pedem chuva, mas ela tem causado inundações e enchentes, porque o solo tem sido, ao longo dos anos, impermeabilizado pelo asfalto e o concreto.
A impermeabilização do solo, aliada a uma falta de politicas públicas e sistemas de drenagens eficientes, são os prováveis causadores dessa situação.
Falar que a causa do problema é simplesmente a falta de chuva é tapar o sol com a peneira, pois o que falta é uma boa gestão de prevenção.
Se tivesse sido feita uma boa gestão no passado, não estaríamos vivendo esse problema da falta de água agora, esse estresse hídrico.
Engana-se quem acha que a água no planeta está acabando.
A população mundial cresceu muito e ninguém se atentou para isso. Toda atividade humana gera resíduos; resíduos domésticos, urbanos, resíduos de atividades da saúde, resíduos de atividades de comércio e industriais etc.
Os grandes problemas de saneamento ainda persistem, ele tem que fazer parte da pauta politica e social do Brasil.
Quando o assunto é água e esgoto, ou tratamento de dejetos, não vamos bem. As pessoas não deveriam jogar lixo nos rios. Quanto mais lixo se joga na água, maior a mortandade de peixes.
A água de um rio desemboca em outro rio e daí no mar. Os poluentes da sujeira do lixo jogado nas águas são transportados para regiões distantes, ou seja, o dano não se limita ao local onde foi lançado.
Sua ação tóxica permanece por muito tempo no meio-ambiente, inviabilizando a pesca e o consumo da água.
Por falta de informações, muitas pessoas bebem água contaminada ou pescados oriundos de águas contaminadas, o que tem dado origem a inúmeros problemas de saúde na população.
Toda água poluída é vida que acaba. Água limpa é fonte de vida.
Outro exemplo significativo é o emprego do plástico, que é essencial para o nosso cotidiano.
Se, por um lado, não podemos, no mundo moderno, viver sem o emprego desse material, por outro lado não podemos descuidar de sua destinação final.
O descarte inadequado de garrafas pet e de sacos plásticos está causando enormes problemas ambientais, pois esses produtos são, muitas vezes, simplesmente jogados em nossos rios.
Só com educação e consciência ambientais podemos melhorar isso.
Não podemos tratar a água como mero insumo, como tem mostrado a crise hídrica que nos assola.
É responsabilidade de todos nós tratar a água como um elemento essencial para a sobrevivência de todo ser vivo no planeta.

Cristóvão Martins Torres

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu

Darcy Ribeiro(Grande Brasileiro)

Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.
Darcy Ribeiro

País precisa rever história, alerta Roberto Gambini

O TEMPO

TIRADENTES. “A alma brasileira está doente, com sofrimento, fragmentada, mutilada porque falta um pedaço dela. É uma alma que está sofrendo e ninguém está ouvindo porque ela está chorando em todos nós e não sabemos qual é o nome dessa dor”. A frase é do psicoterapeuta Roberto Gambini, que falou sobre a cultura e as raízes brasileiras durante o Fórum do Amanhã, que termina neste domingo (27), em Tiradentes, a 190 km de Belo Horizonte. De acordo com Gambini, o Brasil é um paciente e precisa de tratamento para saber que direção tomar. Assim, o especialista disse que o país precisa ser tratado de um trauma.
Gambini classificou a história do Brasil como trágica. “Nascemos da união de opostos”, disse o médico referindo-se à junção dos portugueses colonizadores aos índios e, depois, com a vinda dos negros. Com a cristianização dos índios pelos portugueses, e, ao mesmo tempo, com o desejo dos colonizadores pelas índias, Gambini disse que nasceu um povo misto. O drama acontece, segundo ele, porque o filho dessa união não se identificou nem com o pai e nem com a mãe. “Como o menino vai se identificar com a mãe derrotada, que era como ela era vista. A interioridade da mãe (índia) foi negada (pelos portugueses) como se ela fosse vazia”, disse. É nesse ponto que o especialista acredita ter começado um “povo zé ninguém”, que não sabia o seu eixo. “Depois, as negras também foram incluídas como objeto de prazer”, acrescenta.
Nessa espécie de negação dessas culturas – indígena e africana – pelo colonizador que os enxerga como animais, é que Gambini disse que o Brasil quer sonhar. Mas antes de saber para onde vai, o país tem que saber que sua consciência está muito pequena. Assim, ele acredita que “se adotarmos uma atitude de olhar para nossa história, ela é a plataforma de lançamento de utopia”. “Não temos que procurar ideias extravagantes. Está tudo aqui (no Brasil). Temos ética, valores de vida, tudo está aqui em nós”, afirmou.

Para Gambini, é preciso que seja feito um reconhecimento da destrutividade. O segundo ponto é a reparação, referindo-se à dívida que a sociedade branca tem com os escravos e índios. “A dívida não está calculada”, criticou.
O Tempo

Experiência Internacional faz a diferença

O mundo esta aí para ser vivido, portanto não tenha medo de arriscar.
Por causa da pouca idade e da ingenuidade, os jovens não sabem o que realmente significa para o crescimento e o despertar da consciência, morar no exterior.
Na adolescência, a vida se apresenta como um vasto horizonte; por isso uma experiência internacional vai agregar muito valor não só à vida pessoal mas também à profissional.
Morar no exterior e poder viver outra cultura é muito bom; a pessoa toma contato com a evolução do processo civilizatório, além de crescer muito no plano cultural.
O mercado de trabalho olha com bons olhos quem viveu essa experiência. Isso faz toda a diferença quando se participa, por exemplo, em um processo de seleção em uma empresa.
Para o setor de recursos humanos das grandes empresas isso é visto como um diferencial.
Quem faz um curso no exterior melhora a comunicação, a visão, a criatividade, aumenta a habilidade, flexibilidade, agilidade, a capacidade de trabalho em equipe.
A pessoa fica mais organizada, controla melhor o tempo, o que melhora seu potencial de desenvolvimento de sua atividade profissional.
O trabalho fica mais inteligente, equilibrado e motivador.
Isso vale para todo mundo; o mercado de trabalho está muito competitivo. O profissional do futuro não poderá ser chamado de mão-de-obra; ele deverá ser denominado cabeça-de-obra.
Dê um grande salto na sua carreira e na sua vida: more em outro país, viva essa experiência internacional.

Cristóvão Martins Torres

A Nova Família Pratiana

Os canários chapinha vieram fazer parte da família pratiana.

Nunca os perguntei de onde vieram nem quanto tempo vão ficar para alegrar as nossas manhãs, com seus cânticos que nos acordam de forma agradável.
Por toda a cidade estão sempre em bandos, fazendo seus ninhos.
Fazem os ninhos com muito trabalho, fio a fio trazido no bico.
Em cada árvore tem sempre um ninho com filhotes gritando, e a mãe desesperada, tentando alimentá-los.
Nos ninhos com ovos que ainda não se abriram, os movimentos dos casais são constantes, num vai e vem entre o macho e a fêmea.
Além da prisão em gaiolas, a maior causa do seu desaparecimento em nosso país é a morte de milhares deles devido aos agrotóxicos sem critérios sobre as plantações.
Aliás, o canário chapinha não é a única vítima dos defensivos agrícolas, existem dezenas de outras espécies que sofrem com isso.
A espécie esteve perto da extinção no passado, e hoje milhares proliferam a todo vapor por toda a cidade: apesar de maltratada por muitos, a natureza sobrevive.
É de se perguntar quem é o responsável por isso.
Lembro-me da juíza que passou em nossa cidade, a Doutora Maria da Glória, que aplicando de forma correta nossa legislação, coibiu o ato de manter pássaros presos.
Com isso preservou a espécie, e nos deixou um grande legado: o canário chapinha, pássaro bonito de plumagem amarela, cantador, sociável, valente, voltou a alegrar a vida no Prata.
Se tenho uma dica a dar as pessoas é que cuidem bem dos passarinhos.
O calor dos nossos amigos e o cântico dos canarinhos chapinha tornam o Prata um lugar mais tranquilo e alegre de se viver.

Cristóvão Martins Torres

Visita à cidade de Tours, no vale do Loire


"Fachada de casas medievais no centro de Tours"

"O Rio Loire"

"No centro histórico de Tours"

Choque cultural

O rio Sena é o ponto de referência de Paris, corta a cidade ao meio.
Divide a cidade em duas áreas.
Eu que sempre procurei viver o presente, e tentava sempre adivinhar o futuro, não poderia imaginar que um dia faria uma viagem a Europa, este continente maravilhoso.
Ver as suas diversidades; sua beleza natural, sua arte, sua culinária, sua música, sua cultura, sua tecnologia, seu desenvolvimento, sua gente, foi um enriquecimento do conhecimento muito grande.
Às vezes lia a respeito, via fotos, ouvia pessoas que foram lá contarem, assistia filmes, mesmo assim não tinha a exata dimensão do que é o velho continente.
A Europa é muito mais organizada, mais bonita do que imaginava.
Visitamos três países; Alemanha, França e Inglaterra.
Visitamos as três capitais destes países, Berlin, Paris, Londres e mais algumas cidades dos países, sendo o que mais me impressionou foi à arte, estampada em todos os lugares onde visitei.
Na Europa nada morre tudo tem vida, até uma pequena história que aconteceu há anos, renascem através de fotos, quadros, monumentos, etc.
Existem várias cidades que conservam casas da idade média, com quarteirões todos medievais.
É o caso da cidade de tours ao sul da França, que nos passa a sensação de estarmos descobrindo o passado.
É impressionante você ver uma arquitetura de uma época que você não viveu, e nem imaginava como fosse.
Muitos museus, castelos, muitas obras de artes, muitos monumentos, muita música, cores em tudo, assim é a encantadora Europa e suas diversidades culturais.
Há uma preocupação muito grande com o planeta, onde a limpeza das cidades, a limpeza dos rios, e muitas árvores plantadas nas cidades retratam esta consciência.
Na Alemanha não existe aterro, os resíduos são reciclados e reaproveitados.
É indescritível, só visitando para ver, é um continente mágico.
O europeu viaja muito, adquire muita cultura através das viagens que faz.
A Europa tem vários portos, as pessoas viajam muito de navios, de trens e aviões.
Vivem como se a vida fosse um trem, nunca uma estação, como disse um escritor.
É emocionante ver e participar de coisas que só via em filmes, a impressão que se tem é que estamos fazendo parte daquele filme.
É uma sensação muito mágica, que acontece com quem visita este continente.
As viagens de trens, vendo aquelas estações e belas paisagens das janelas, as pessoas entrando no trem, todos muito elegantes e em famílias.
Nos lugares que visitei sempre tinha uma pessoa lendo um livro ou um jornal.
Como os europeus gostam de ler.
Viveram situações de guerra, é um povo determinado e muito comprometido com o que faz, com a vida.
Parece que sabem que a felicidade não é um golpe de sorte, mas conseqüência de um esforço pessoal, eles lutam por ela e faz força para obtê-la.
As pessoas são dinâmicas, cheias de vida e possibilidades, vê a vida sem hierarquia.
Para mim foi um choque cultural muito grande esta viagem, aprendi muito, vou trazer muita coisa boa para agregar valor a minha vida.
É um olhar novo sobre as coisas da minha vida.
Nestes países que visitei valorizam muito a educação, a saúde, e o meio ambiente, fome não existe nestes países, e o índice de analfabetismo é perto de zero.
O transporte público é uma maravilha.
Observei muito o comportamento das pessoas nas ruas, dentro das estações, nos trens, nos aeroportos, nos aviões, nos castelos que visitei, nos restaurantes, nos museus, nas igrejas, nas lojas, nas praças, enfim nas cidades que visitei e conheci.
Pessoas de várias nacionalidades, cada uma de um jeito e vestida a sua maneira.
Pessoas de religiões diferentes, de cores diferentes, novos, velhos, etc.
Cabelos cortados e pintados de maneiras e cores diferentes.
Uma viagem a Europa não é só uma historia envolvente e inspiradora, que deixa uma marca significativa nas pessoas, é muito mais que isto, é muita emoção, Lá tudo é muito mágico.
Agradeço a minha filha e meu genro verdadeiros anfitriões do continente europeu, que nos acompanharam nas viagens aos três países que visitamos.
Uma viagem inesquecível, uma viagem dos sonhos.
Tudo que planejamos aconteceu, agradeço muito a Deus por isto.

Cristóvão Martins Torres

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Grande Teórico do Direito e Constitucionalista Alemão visita Ouro Preto

A caminho de Ouro Preto, Robert Alexy, considerado hoje um dos maiores teóricos do Direito e Constitucionalistas do mundo, visitou Itabirito, tendo almoçado na casa deste Blogueiro.

Alexy esteve em Belo Horizonte para participar do "Congresso Brasil-Alemanha de Teoria do Direito e Direito Constitucional: Conceito e Aplicação do Direito em Robert Alexy", realizado na Faculdade de Direito da UFMG, bem como para receber o título de Doutor Honoris Causa pela referida Universidade.
Robert Alexy e Cristóvão Torres, na residência do blogueiro, após almoço oferecido por este ao eminente Jurista alemão. Ao fundo uma tela da terra natal do blogueiro, a querida São Domingos do Prata

"Doação Muda" de livros na Alemanha

Durante o tempo em que morei na Alemanha, tomei conhecimento de uma prática muito interessante: em determinados equipamentos públicos, como praças, parques etc., a prefeitura coloca à disposição da população estantes, nas quais as pessoas podem deixar os livros que já leram, para que outras pessoas peguem...

Fiquei impressionado com essa iniciativa, uma espécie de "doação muda"*, que faz com que a circulação de livros aumente, e, o melhor de tudo, a custo zero...

Perto da residência onde eu morava havia uma dessas estantes, e pensei então em colocar alguns livros que tinha levado para a leitura durante minha permanência. Exitei, pois não sabia se haveria interesse em livros escritos em português. Resolvi porém. arriscar, e coloquei na estante três livros que havia levado, e já terminado de ler...

Para minha surpresa, algumas semanas após ter colocado os livros na estante eles não estavam mais lá...Algum leitor ou alguns leitores de língua portuguesa os haviam levado. Não tenho como saber quem os levou: pode ter sido um ou alguns leitores brasileiros, portugueses, naturais de outro país de língua portuguesa ou mesmo algum alemão ou natural de outro país que tenha português como sua segunda língua...Jamais saberei. O que sei é que essa interessante iniciativa tornou possível que eu compartilhasse, na Alemanha, livros em língua portuguesa.

Abaixo, registro do dia em que coloquei um dos livros na estante.







*utilizo o termo "doação muda" sob inspiração do "comércio mudo" que havia em alguns povos antigos; nessa forma de comércio, um grupo deixava os bens que queria trocar em um local, e então saía. Um segundo grupo vinha e depositava os bens que queria ofertar em troca dos bens ofertados pelo primeiro grupo, depositando-os no mesmo local. Após a saída do segundo grupo, o primeiro grupo voltava e estudava a oferta do segundo grupo; se aceitasse a oferta, pegava os bens ofertados e ia embora; se negasse, pegava os seus bens de volta e ia embora.

A ilusão do bom emprego vitalicio, acabou

Os cenários mundial e brasileiros não são nada agradáveis para quem almeja um emprego fixo, com carteira assinada.
Devemos perceber que daqui para a frente os trabalhos das pessoas não serão longos, de muitos anos na mesma empresa, serão temporários de espaço curto e de poucos benefícios.
Antes um trabalhador entrava em uma empresa, fazia carreira até se aposentar, hoje, a coisa é bem diferente, mudou de figura.
A rotatividade é grande em função do novo cenário no mundo coorporativo, do novo modelo apresentado no mercado de trabalho.
A ilusão do bom emprego vitalicio nas empresas está com os dias contados, chegando ao fim, por isso é muito importante que o trabalhador use a criatividade.
O trabalhador pode até sonhar com dias melhores no emprego, mas não pode perder a noção da realidade que estamos vivendo.
Em razão da crise econômica que se instalou no país, o desemprego está em alta, as empresas a conta - gotas, mandam todos os dias, vários de seus funcionários embora, levando um caos aos seus familiares e a cidade que moram.
Essas demissões geram uma instabilidade muito grande aos trabalhadores que ainda estão empregados, gerando um clima organizacional muito ruim nas empresas, de muita insegurança e tristeza.
Um funcionário de uma empresa para desenvolver bem sua função com boa produtividade, tem que ter segurança, motivação e tranquilidade, óbvio, que vendo as constantes demissões que acontecem, cai o seu desempenho.
Vejo a crise do desemprego como uma grande oportunidade que o trabalhador tem de largar um trabalho alienado.
Ao se verem obrigados a deixarem o emprego, as pessoas irão descobrir a si mesmas, novas habilidades e novas oportunidades em suas vidas.
Com isso, deverão estar buscando e encontrando novas formas de prestar trabalhos, que as façam mais felizes e garantam sua sobrevivência.
Ao contrário do que muitos pensam e imaginam, a crise e o desemprego podem ser uma solução para o trabalhador tomar as rédeas do seu próprio destino e abrir o seu próprio negocio.
Essa é a grande mudança que se inicia.

Cristóvão Martins Tôrres

Fábula Chinesa

Fábula Chinesa que me foi contada e recontada por uma raposa felpuda que milita no meio esportivo: Um camponês encontra caído no chão um passarinho ferido. Recolhe e o coloca num buraco feito num monte de esterco(estrume). Recuperando-se da doença com o calor do estrume, o passarinho bota o bico prá fora e começa a cantar de alegria. Nisso um gavião ouve o cantico do pássaro, voa até o monte de esterco e…pimba…almoça o passarinho. Moral da história; - Nem toda pessoa que te joga no estrume é seu inimigo. - Nem toda pessoa que te tira do estrume é seu amigo. - Mesmo estando no estrume, nunca abra o bico.

Visita ao Museu de Cera em Londres


 
No museu de Cera entre os craques do futebol, Cristiano Ronaldo e David Beckham

A Cultura na Europa é tão rica que nos proporciona ficar próximo as personalidades e tirar fotos ao lado delas, mesmo sabendo que elas são de cera.
O fato de não podermos falar com elas, é irrelevante.
Na Europa nada desaparece, tudo fica guardado no tempo, onde está arquivado.

Os livros são grandes companheiros

Quem lê tem uma compreensão muito mais profunda e abrangente do mundo.
A leitura mostra, a quem lê, um mundo de fantasias, descobrimentos, paciência, aventura e magia.
Os livros são fruto da criatividade dos escritores, transmitem-nos muita sabedoria e revelam-nos novos horizontes.
Eles não determinam onde vamos chegar, mas nos dão força necessária para sairmos do lugar onde estamos.
Muitos deles nos inspiram a estabelecer metas e desenvolver projetos, outros fornecem-nos inspiração para raciocinar no caos e vontade de lutar por algo.
"Quem tem sempre um livro por perto, não se sente só, ele é um grande companheiro".
O livro é um ótimo companheiro no combate à solidão, ensina a gerenciar os pensamentos, equilibrar a emoção e a dominar o medo.
Seria impossível alguém crescer como profissional, ou mesmo como ser humano, sem a ajuda dos livros.
Em tempos recentes tem se tornado cada vez mais importantes ter boas ideias. As pessoas precisam mostrar seu diferencial, fazendo algo que possa distingui-la das demais.
Isso é possível através dos conhecimentos que os livros transmitem. Por isso o hábito da leitura é tão importante!
Mesmo com todos os benefícios que os livros nos propiciam, encontramos pessoas que nunca leram um livro e reclamam de falta de tempo para ler.
Mas, na verdade, quando realmente se quer ler, tempo não falta. Basta administrá-lo e será possível encontrar lugar para a leitura.
Assim, por exemplo, pode-se ler em ponto de ônibus, em uma viagem de ônibus ou de avião, quando se espera num consultório de um dentista ou de um médico ou antes de dormir. Nos finais de semana, em feriados ou nas férias temos ainda mais tempo para leitura.
O Poeta Carlos Drumond disse certa ocasião: "A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente essa sede."
Os livros têm poderes mágicos, além de inspirarem quem escreve. Eles nos fazem entender as coisas que acontecem conosco, os fracassos, as incompreensões e o sucesso.
Normalmente os livros tem as respostas para todas as nossas perguntas, fazendo-nos pensar melhor sobre as coisas que encontramos no mundo. Eles nos fazem viajar no mundo das ideias, mostrando que a vida é um espetáculo imperdível.
Enfim, quem procura sempre vai achar um tempo para ler um bom livro. Um pouco que se lê a cada dia faz muita diferença para toda a vida.

Cristóvão Martins Tôrres

Culinária Alemã

 A culinária da Alemanha possui uma grande variedade de pratos. Apesar do ser um país relativamente pequeno (especialmente se compararmos ao Brasil), cada região possui suas próprias receitas e tradições.



Joelho de Porco com Chucrute, receita típica da culinária alemã.

Chucrute - repolho fermentado com condimentos:
Corte o repolho em tiras pequenas
Em uma panela, coloque a água e o sal e deixe o repolho fervendo
À parte, faça o refogado com o óleo, o alho esmagado e as cebolas picadas
Quando as cebolas começarem a dourar, acrescente a pimenta-do-reino, o louro, os cravos, o açúcar e o gengibre
Junte o vinho (ou vinagre), a farinha de trigo e o creme ácido e misture com o repolho fervido e escorrido.




No início dos anos 60, donas de casa faziam o almoço ao meio dia para esperar seus filhos. Isso reflete até hoje, faz parte da cultura alemã almoçar nesse horário. O almoço consiste em uma sopa leve, batatas, arroz, legumes e uma sobremesa. Contudo, nos fins de semana a família almoça por volta das 3 horas da tarde.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Manifesto sobre a fome no mundo.






"Quem tem fome, tem pressa"

Com milhares de pratos espalhados numa área próxima a Torre Eiffel, a França pede atenção ao mundo; pratos vazios que retratam o "Banquete da fome".
A França tem sido muito solidária sobre este tema, que é a fome no mundo.
Tem levantado esta Bandeira.
Está tendo um papel muito importante nesta questão.
São 300 milhões de crianças passando fome em todo o mundo, e milhões de adultos nesta mesma situação.
Gente sem direito e sem vida.
A meu ver a fome é a maior vergonha desta época, quem tem fome, tem pressa.
De que adianta falarmos em desenvolvimento no mundo, se ainda tem gente que não tem o que comer.
Esta estatística da fome no mundo, deprime e compromete, todo desenvolvimento.
Metade dos habitantes da terra ingerem uma quantidade de alimentos inferior as suas necessidades básicas, isto num mundo de tanta abundancia.

domingo, 25 de agosto de 2019

"Doação Muda" de livros na Alemanha

Durante o tempo em que morei na Alemanha, tomei conhecimento de uma prática muito interessante: em determinados equipamentos públicos, como praças, parques etc., a prefeitura coloca à disposição da população estantes, nas quais as pessoas podem deixar os livros que já leram, para que outras pessoas peguem...

Fiquei impressionado com essa iniciativa, uma espécie de "doação muda"*, que faz com que a circulação de livros aumente, e, o melhor de tudo, a custo zero...

Perto da residência onde eu morava havia uma dessas estantes, e pensei então em colocar alguns livros que tinha levado para a leitura durante minha permanência. Exitei, pois não sabia se haveria interesse em livros escritos em português. Resolvi porém. arriscar, e coloquei na estante três livros que havia levado, e já terminado de ler...

Para minha surpresa, algumas semanas após ter colocado os livros na estante eles não estavam mais lá...Algum leitor ou alguns leitores de língua portuguesa os haviam levado. Não tenho como saber quem os levou: pode ter sido um ou alguns leitores brasileiros, portugueses, naturais de outro país de língua portuguesa ou mesmo algum alemão ou natural de outro país que tenha português como sua segunda língua...Jamais saberei. O que sei é que essa interessante iniciativa tornou possível que eu compartilhasse, na Alemanha, livros em língua portuguesa.

Abaixo, registro do dia em que coloquei um dos livros na estante.







*utilizo o termo "doação muda" sob inspiração do "comércio mudo" que havia em alguns povos antigos; nessa forma de comércio, um grupo deixava os bens que queria trocar em um local, e então saía. Um segundo grupo vinha e depositava os bens que queria ofertar em troca dos bens ofertados pelo primeiro grupo, depositando-os no mesmo local. Após a saída do segundo grupo, o primeiro grupo voltava e estudava a oferta do segundo grupo; se aceitasse a oferta, pegava os bens ofertados e ia embora; se negasse, pegava os seus bens de volta e ia embora.