domingo, 18 de março de 2012

Morena Cor de Jambo

Ela chegava sempre antes da aula começar.
Elegantemente vestida com seu uniforme azul marinho. Saia curta, cabelos bem penteados. Impecável como sempre.
Nunca a vimos brava e insatisfeita, era sempre solícita e muito alegre.
Criada nos bons princípios da tradicional família, tinha um coração cheio de bondade, um verdadeiro reduto de pureza.
A todos encantava pela sua inteligência, beleza e educação, razão pela qual era muito querida pelos colegas e pelos professores.
Cabelos encaracolados e olhos escuros faziam de sua figura morena uma das mais elegantes alunas daquele educandário.
Olhos miúdos e muito vivos, tinha um ar de felicidade que parecia tornar ainda mais belo o seu já belo rosto.
A pele tão densamente morena e os traços equilibrados e firmes revelavam não só suas características físicas, mas também o caráter de sua personalidade.
Nos lábios tinha sempre um sorriso, que parecia dizer: não há nada de especial na minha vida.
Quando um professor pedia para ela ir ao quadro negro explicar um exercício, todos na sala prestavam a máxima atenção, hipnotizados pelo que estavam vendo, parecendo estar diante de um cenário inusitado.
Sua explicação era sempre correta.
Suas notas eram sempre as melhores da classe.
Como para um adolescente daquela época tudo era muito desconhecido, tento descobrir hoje o segredo daquela situação; porque dentre tantas alunas na sala de aula, apenas uma chamava atenção?
Hoje não sei dela, mas outro dia tive a impressão de tê-la encontrado.
Frente às intempéries da vida, a situação era outra, bem diferente daquela vivida na escola.
Seus olhos não brilhavam como antes; no seu rosto as marcas do tempo eram visíveis e sua expressão era outra.
O tempo vai passando e deixando um rastro de marcas e saudades, de uma distante época de estudante que está guardada em algum canto dentro da alma da gente.

Cristovão Martins Torres

segunda-feira, 5 de março de 2012

Implantação da qualidade total na empresa MSG, período de muitos treinamentos

Atividades de um supervisor de Turno:

A implantação da qualidade total na MSG, nos trouxe muitos aprendizados e crescimentos pessoais porque fizemos muitos cursos.

Era curso atrás de curso, seja fora da empresa e na própria empresa.
Era muito comum, sairmos do turno e entrarmos em um curso ou estarmos no horário da noite, descermos mais cedo do serviço e voltarmos no mesmo dia a 8 horas no horário administrativo, para fazermos cursos, sobre qualidade total.
Essa prática era muito comum, de deixarmos a Mina com uma pessoa credenciada pela empresa e descermos, para no outro dia fazermos cursos seja na empresa ou mesmo fora dela.
Foi uma época de muitos cursos para os supervisores, já que tínhamos de multiplicar as informações sobre o processo de qualidade total, que diga-se de passagem requer muito comprometimento dos colaboradores.

Entrei na MSG em 18 de agosto de 1982, onde exerci várias funções na empresa, já que trabalhei até 2003, onde ela entrou em processo de exaustão, acabou o minério com qualidade.

 Exerci várias funções, dentre elas:
-Auxiliar técnico do controle de qualidade
- Técnico do controle de qualidade
- Supervisor do controle de qualidade
- Supervisor de Mina
- Gerente técnico
- Gerente operacional

# Todos essas funções em todo o período que trabalhei na empresa, nas gestões de quatro presidentes, até o fechamento da mesma no final do ano de 2003.

# Todos esses anos, trabalhei em regime de revesamentos de turnos; dia, noite, madrugada, sábado, domingo, feriados e dia santo, com sol chuva, frio, calor, cerração, etc.

# Por decisão da gestão, no inicio das atividades da empresa, supervisor batia cartão, depois passamos a bater o ponto só uma vez por dia, seja na entrada ou durante as atividades ou no final da jornada de trabalho, com o passar do tempo assinávamos uma folha de ponto, depois extinguiram todos esses procedimentos e, passamos a não assinar mais ponto.

# Todo o período que trabalhei na empresa, de 1982 até 2003, não recebi nenhuma horas extras, diziam que a CVRD, não pagava horas extras aos seus supervisores, como aqui era uma especie de subsidiária de lá, a CVRD tinha 51% das ações da empresa, seguida de 49% de grupos japoneses, tínhamos que cumprir essas determinações.

# Tínhamos 1 hora de almoço, quando estávamos trabalhando durante o dia, mas era muito comum de almoçarmos e ir imediatamente para o campo.
Era sempre solicitada a nossa presença nesse horário no campo, porque normalmente se fazia a detonação nesse horário.
Sempre auxilávamos o supervisor da área do fogo, com cerco das áreas, que muitas vezes eram feitas por auxiliares de mina(Ajudantes).
Não ganhávamos essa hora trabalhada, na hora do almoço.
Falavam, que depois, essas horas eram compensadas.

#Na época não tinha banco de horas na empresa, para os supervisores.

# Fazíamos reuniões constantes após a jornada de trabalho ou mesmo antes dela ou nas nossas folgas, muitas vezes passávamos o mês todo sem ter uma folga.
Dizíamos que folgávamos oportunamente e, quando desse.
Lembro-me de uma época, que entrei no site de horas trabalhadas dos funcionários e vi que tinha mais de duzentas horas positivas a mais na empresa, tempos depois essas horas tinham sumido do site, tinham sido apagadas, óbvio, pelo chefe ou pelo RH.

# Toda saída da empresa tínhamos que avisar ao nosso chefe, já que tinham que indicar outro para substituir.
Um turno de trinta pessoas, mais as empreiteiras, não poderia ficar sem um líder, para comandar a equipe durante a jornada de trabalho.
já que são muitas atividades de um supervisor durante a jornada de trabalho, tendo que tomar muitas decisões num dia trabalhado, a todo instante o rádio chama o supervisor, seja da mecânica, elétrica ou de das empreiteiras.

# Em um turno de trabalho tinha sempre empreiteiras trabalhando na mina e, quem sempre dava apoio era o supervisor do turno, principalmente no horário noturno, que o supervisor era o único chefe na área.
A engenharia só trabalhava durante o dia de 08:00hs até as 17:00hs.

Cristóvão Martins Torres

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ao Viajar Pratique Direção Defensiva

Direção defensiva: é a técnica indispensável para o aperfeiçoamento do motorista, que trata de forma correta o uso do veículo na maneira de dirigir, reduzindo a possibilidade de envolvimento nos acidentes de trânsito.
Elementos fundamentais da direção defensíva: conhecimento, atenção, previsão, decisão, habilidade, considerar o risco, aplicar a defesa, agir no momento.
Condições adversas do veículo: antes de assumir a direção, todo motorista deve cuidar da manutenção do seu carro.
Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes: pneus gastos, freios desregulados, lâmpadas queimadas, falta de busina, retrovisor com defeito, etc.
Atitudes inadequadas no trânsito: velocidade excessíva, manobras arriscadas, avaliação incorreta de distância, erros visuais com desvios de direção, perda de controle da situação, dirigir embriagado, etc.
Condições adversas: álcool
Sono e direção: especialistas afirmam que a sonolência é responsável por mais de 25% dos acidentes automobilísticos.
A maioria dos acidentes ocorre nas primeiras horas da manhã, devido a sonolência mais intensa.
Só dirige se tiver descansado e bem disposto.
Condições adversas do motorista: fadíga, sono, estresse, visão deficiente, pertubação física.
Ser cuidadoso com o pedestre, e dar-lhe sempre o direito de passagem.
Quando perceber um animal na pista, reduza a velocidade, nunca buzine, pois poderá assustá-lo.
Use sempre o cinto de segurança, é um dispositivo que garante a segurança, em caso de acidentes.
Dirigir com segurança é colaborar com a redução das estatísticas de acidentes.
Não use o celular ao dirigir, ele distrai tanto que o motorista não consegue se lembrar do que aconteceu no trânsito.
Acidente evitável ou inevitável: é aquele em que a pessoa deixa de fazer tudo, que razoavelmente poderia ter feito para evitá-lo.
Transportar crianças: sempre no banco trazeiro, afastados das portas e com cinto de segurança.
Em trajetos longos, planeje paradas e revezamentos para não chegar ao limite de sua resistência.
Na direção defensiva não importa saber quem é o culpado, mas quem poderia ter evitado o acidente!
Segurança são cuidados que temos ter na preservação da vida.
Faça uma boa viagem.

OBS: Texto tirado de um treinamento que fiz sobre direção defensiva, na empresa que trabalhava.
Bastante útil, para ser usado nas estradas pelas pessoas, como medída de segurança.

Cristóvão Martins Torres

Ser mãe não se aprende em escola

Nascida em Nova Era mas pratiana de coração, mamãe era uma mulher de muita simplicidade e generosidade.
Ser mãe não se aprende em escola e nem se herda, ela já nasceu com esse dom.
Sempre presente a todo instante com a familia.
Muito dedicada aos filhos, tanto nas horas fáceis, como nas horas difíceis.
Era mais que uma mãe, uma pessoa de um coração grande, que fazia muito pelos menos favorecidos pela sorte.
Sua vida era dividida entre a família a religião e as pessoas humildes, que ajudava.
Tinha uma relação muito boa na família e com os vizinhos, também.
Para todos nós ela foi uma referência espiritual e para a vida, onde nos deixou bons exemplos.
Abnegada pelo social, era muito sensível aos problemas humanos.


Cristóvão Martins Torres