terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sua Excelência, o voto

O Tempo

Luiz Tito

PUBLICADO EM 27/09/16 - 04h30

Poucas vezes se viu uma campanha eleitoral como a que está acontecendo no país, em especial pelo expressivo desinteresse por parte do eleitorado brasileiro. Primeiramente, a partir da maioria dos candidatos aos cargos de vereador e prefeito, que se apresentaram sem propostas ou com propostas requentadas, impraticáveis, inviáveis e medíocres. Há exceções, claro, e candidatos por quem se alimenta desejo de êxito, tal a seriedade do postulante, de seu grupo e de suas iniciativas. Mas são raros.

Quem presta atenção em cartazes e adesivos fixados nos veículos que servem às campanhas não precisa ir muito longe para ver o que se pode esperar de vários eleitos. Candidatos a prefeito que nunca geriram um boteco se apresentam para tomar conta de receitas públicas milionárias e quase sempre insuficientes para atender às reais necessidades das cidades.

O município brasileiro foi a primeira instância da administração pública a ser alcançada por sucessivos golpes de morte, gestados por um ordenamento tributário que reclama reformas urgentes. Impostos brasileiros viajam e voltam para chegar aonde foram recolhidos; nessa trajetória, dormem e engordam os cofres de bancos até serem destinados ao muitas vezes tardio custeio das responsabilidades públicas. É irônico, para não dizermos lastimável.

E, se a expectativa é sofrível em relação aos prefeitos, o que dizermos de vereadores? A começar pelos nomes que adotam para conquistarem a preferência de seus potenciais eleitores. Da fauna, da flora, dos costumes, há exemplares para todo (mau) gosto e de imponderável ridículo. Sapão, Perereca, Vovô do Funk, Jegue, Pinico, Cebola, Burro Veio, Jumento, Caraka-Meu, Fofão e mais uma infinidade de despropósitos.

“Concedo a palavra ao vereador Perereca, que ocupará a tribuna por cinco minutos”, dirá o presidente da Câmara; “a tribuna está à disposição do senhor vereador Jegue e, logo após, do senhor vereador Jumento, para suas considerações”. E todos, isso, sim, sem exceção, com a autoridade para indicar dezenas de assessores, religiosamente mantidos com os recursos dos impostos que eu, tu, ele, nós todos recolhemos.

Para termos autoridade na cobrança de compromissos e atitudes, as eleições são a única trincheira disponível para lutarmos pelo reencontro com o respeito, com a dignidade, com os verdadeiros propósitos de um vereador: legislar com inteligência, fiscalizar com isenção, propor em favor do interesse coletivo. É do voto que dispomos. Vamos valorizá-lo.
O Tempo

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Nova opção de tratamento para doença de Alzheimer é incorporada ao SUS

O Diário Oficial da União (DOU) publicou, no dia 20 de setembro, a aprovação de incorporação de rivastigmina adesivo transdérmico (Exelon® Patch) no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento representa mais uma opção de tratamento para pacientes com Doença de Alzheimer.
A rivastigmina é usada no tratamento de distúrbios de memória e demência em pacientes com doença de Alzheimer (DA). Países como Inglaterra, Escócia e Austrália já recomendam o uso dos adesivos de rivastigmina, cujos resultados do estudo clínico realizado com mais de 1.000 voluntários demonstraram que a apresentação transdérmica é tão eficaz quanto à apresentação oral, e que os adesivos podem apresentar redução de efeitos adversos gastrointestinais.
O estudo incluiu também um questionário visando avaliar a preferência do cuidador ao tratamento com o medicamento via oral ou transdérmica. Dados publicados revelaram que dos 1.059 cuidadores que preencheram o questionário AD Caregiver Preference Questionnaire (ADCPQ), mais de 70% demonstraram preferência pelo uso do adesivo. Entre os fatores de preferência registrados pelos participantes estão as facilidades de uso e de seguir uma programação, além de satisfação geral e menor interferência com as atividades diárias

Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico. A idade é o principal fator de risco para a Doença do Alzheimer. Após os 65 anos, por exemplo, o risco de se desenvolvê-la dobra a cada cinco anos.

O Tempo

domingo, 25 de setembro de 2016

Blogueiro acompanha Professor de Universidade alemã em visita a Ouro Preto

Blogueiro recebeu a visita do Prof. Jean-Christophe Merle, da Universidade de Vechta, na Alemanha. O Blogueiro convidou o Docente alemão para um almoço em Ouro Preto.



O Blogueiro e o Prof. Merle almoçam no 
charmoso "Passo Pizza e Jazz"

O Blogueiro e o Prof. Merle, 

É preciso refazer os caminhos, começar a sermos menos intolerantes

Não há nada de novo no que escrevo, nem tenho a pretensão de mudar ninguém.
Quero apenas falar sobre uma prática que vem acontecendo frequentemente em nossa sociedade, e que, a meu ver, merece uma reflexão crítica: a intolerância.
Intolerância religiosa, de cor ou raça, politica, no futebol, no trabalho, no trânsito, no casamento ou em relação à opção sexual não nos leva a nada.
A intolerância dos "linguas soltas", que diz o que querem, quando lhe convém, num rosario de mentiras,
Que com sua pobreza de espirito, vão criando factoides, de coisas falsas contra suas vítimas, também, não acrescenta nada, não leva a lugar algum.
Não é segredo para ninguém que a nossa cidade tem muitos desses.
A falta de tolerância com a diversidade de posições e opiniões está tornando o dialogo impossível entre as pessoas.
As vezes chega-se à agressão física, sobretudo no trânsito, nos estádios e na politica.
Quem torce por um clube diferente do meu ou tem preferencia por um partido politico diferente do meu não é meu inimigo: ele só tem uma preferência diferente da minha.
Precisamos eliminar a intolerância de nossas vidas.
Temos que aprender a respeitar quem pensa diferente.
Todo esforço para mudar isso é muito válido.
A intolerância nos enfraquece, porque conviver com pessoas diferentes nos faz crescer.
O respeito às liberdades individuais e coletivas faz parte da vida humana, mas, infelizmente, a intolerância tem se tornado prática comum entre as pessoas.
Presenciei esse comportamento por três décadas na mineração, quando trabalhava.
No quotidiano do trabalho aprendi muito, presenciei fatos de diversos tipos e, infelizmente, algumas vezes percebi intolerância entre as pessoas.
A intolerância é muito preocupante, porque influencia profundamente a forma como nos relacionamos com os outros.
Uma sociedade amadurecida tem que estar sempre comprometida com o respeito entre as pessoas.

Cristóvão Martins Torres

Festival de palhaços leva alegria a Mariana

Nem mesmo debaixo de chuva o público arredou pé nesse domingo (25) do festival Circovolante – 8° Encontro Internacional de Palhaços, realizado em Mariana, na região Central de Minas. A população da cidade não só assistiu às apresentações como participou. Teve gente que até pintou o rosto e caiu na gargalhada.
Um dos idealizadores do evento, Xisto Siman, era pura emoção ao falar do resultado do evento. “A população veio em peso. A comunidade de Mariana merecia um alento, depois de um período tão difícil”, disse Siman, em referência ao rompimento da barragem da Samarco, que completa um ano em novembro.

O Circovolante reuniu cerca de 130 palhaços do Brasil e também da Itália, da Argentina e do Chile. No sábado, cerca de 200 crianças se pintaram de palhaço em um cortejo que homenageou Biribinha, estudioso do circo que atua no ramo há 30 anos. Houve ainda homenagem ao ator Domingos Montagner, que morreu afogado no dia 15 de setembro e iniciou sua carreira no circo.

O Tempo

Denunciação Caluniosa:O Feitiço Vira Contra o Feiticeiro

Por Marcos Duarte – O crime de denunciação caluniosa está previsto no artigo 339 do Código Penal Brasileiro. Comete quem aciona indevidamente ou movimenta irregularmente a máquina estatal de persecução penal (delegacia, fórum, Ministério Público, CPI, corregedoria, etc.) fazendo surgir contra alguém um inquérito ou processo imerecido.

O criminoso, de forma maldosa, maliciosa e/ou ardilosa, faz nascer contra a vítima, esta que não merecia, uma investigação ou um processo sobre fato não ocorrido ou praticado por outra pessoa.
Essas mentiras acompanhadas de processo judicial ou inquérito, são suficientes para a caracterização do crime. Caso não ocorra o inquérito ou processo, caracteriza-se o artigo anterior, (Comunicação falsa de crime ou contravenção).
ARTIGO 339 CP: “Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:” Pena: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. § 1º – A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. § 2º – A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Observem que este crime tem pena muito mais pesada do que os crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação). Por desconhecimento ou irresponsabilidade, desacreditando na ação da Justiça, alguma pessoas movimentam delegacias (lavrando Boletins de Ocorrência de Forma inconsequente, Juizados Especiais e mesmo as varas cíveis e de Família) atacando indevidamente a honra de alguém sem esta noção de que o “feitiço pode virar contra o feiticeiro”. Tornou-se corriqueiro atacar a honra de alguém como se isto fosse ficar impune. Por outro lado, as pessoas vitimizadas não aplicam o instituto penal da Denunciação Caluniosa e permitem a execração de sua honra e imagem. Muito comum este tipo de delito nas ações de família.

Marcos Duarte 

Estudantes querem ser ouvidos sobre reforma do ensino médio

O tempo

EDUCAÇÃO

PUBLICADO EM 25/09/16 - 03h00




Alunos da rede pública e particular têm dúvidas sobre mudanças e reclamam da falta de diálogo




Brasília. Principais atingidos pela reforma do ensino médio, estudantes têm muitas dúvidas sobre a Medida Provisória 746/2016, que institui o Novo Ensino Médio. Eles concordam que a etapa de ensino precisa de melhorias, mas questionam aumento da carga horária e a necessidade do aluno decidir qual área vai estudar ainda no colégio.
“Vão retirar disciplinas? Eu sou contra. São conteúdos como sociologia e filosofia que estimulam o pensamento crítico. Eu vou poder escolher o que vou estudar? Vão ter várias opções de ensino técnico? Se forem poucas, não vai adiantar”, diz Jonathan Alves de Oliveira, 18, estudante do 2º ano do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, escola pública de Brasília.

Já Beatriz de Souza Bim, 15, aluna do 1º ano na escola da rede particular Lourenço Castanho, na zona Sul de São Paulo, diz não concordar com o afunilamento das matérias que pode acontecer a partir da MP. “Está desvalorizando outras áreas de conhecimento. Também acho que muitos alunos não vão escolher o que querem para o futuro, mas seguir as ‘panelinhas’. Estamos em uma fase da vida em que as amizades valem mais do que tudo”.

“Acho bastante preocupante e um retrocesso uma reforma ser feita dessa forma”, diz Luiz Felipe Costa, 19, estudante do 3º ano, da Escola Estadual de Ensino Médio Arnulpho Mattos, no Espírito Santo, que participou das ocupações no Estado. “Hoje o ensino médio é velho e falido, não contempla os estudantes. Eu acho importante fazer uma reforma, mas isso deveria ser amplamente debatido”, acrescenta.

Protestos marcados. Estudantes de escola pública e militantes de entidades estudantis já falam em fazer protestos contra as reformas propostas pelo governo federal. Um evento no Facebook, com o título “Ato contra a reforma do ensino médio – São Paulo” já tem 1.600 pessoas confirmadas e está marcado para as 18h de segunda-feira, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Também estão previstos atos nacionais no dia 5 do próximo mês, segundo a presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes. “Os estudantes não se sentiram contemplados pela reforma”, afirma ela.

Entenda. A MP torna a carga horária mais flexível e dá maior autonomia aos Estados para decidirem a organização da rede. De acordo com a medida, 1.200 horas, metade do tempo total do ensino médio, serão destinadas ao conteúdo obrigatório definido pela Base Nacional Comum Curricular, que ainda será discutida.

No restante da formação, os alunos poderão escolher seguir cinco trajetórias: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
Modelo atual
Ensino. O modelo atual do ensino médio também não agrada. Pesquisa divulgada essa semana mostrou que apenas um em cada dez estudantes de 13 a 21 anos diz estar satisfeito.

OPINIÃO

Evasão escolar pode reduzir com mudança

De acordo com o especialista em educação José Francisco Soares, a flexibilização do ensino é necessária, ainda que as escolas não estejam preparadas para adotarem as mudanças. “O ensino médio precisa de uma intervenção porque trata-se de um período de transição. Mas as escolas não estão preparadas. O mesmo aconteceu quando as universidades adotaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como método de ingresso. Demorou um tempo para perceber que as mudanças foram positivas”, defende.

O especialista também ressaltou que a flexibilização pode diminuir o grande número de alunos que não terminam a escola ou não fazem o Enem no último ano. “O número de evasão é assustador e algo tem que urgentemente ser feito para mudar isso. Um caminho é entender que o ensinamento deve ser diferente em cada área. Existem conteúdos que todos precisam saber, mas a física que uma pessoa de humanas aprende deve ser diferente de alguém que escolhe as exatas”.

A medida, que também propõe a expansão do ensino integral, agrada o economista e especialista em educação Cláudio Moura Castro. Ele observa que o modelo já é adotado em vários países e defende que os alunos devem decidir o que será obrigatório estudar. “Eles têm uma carga de disciplinas muito grande e isso prejudica a assimilação de conteúdos. Direcionar o que eles devem aprender, a partir da escolha deles, vai fazer com que o aprendizado seja facilitado”, afirma.(Mariana Alencar/Especial para O TEMPO)

MINIENTREVISTA

José Renato Nalini
cretário da Educação de São Paulo
O sr. é favorável à Medida Provisória? 

É uma medida que resulta de uma grande discussão, antiga. Todo mundo tem uma noção, é um dos poucos consensos na educação que o ensino médio está frágil. O aluno não encontra interesse. Era preciso mexer. Foi uma medida corajosa.

Como as escolas estaduais atenderão a esse novo modelo de currículo flexível?

Isso está em aberto, agora é que vamos começar a discutir. Dá para usar todo o equipamento, não só o nosso. Podemos usar equipamentos do município, porque os dois planos, tanto nacional quanto estadual (planos de educação), incentivam a parceria. Vamos poder usar recurso (espaço) de escolas privadas. O Sistema S, então, vamos aproveitar tudo. Nada indica que tenhamos de deixar o aluno no mesmo espaço físico. Vamos poder ter uma logística de reunir aqueles que escolheram uma determinada área e colocar em outro prédio os que escolheram outra.

O sr. acredita que pode haver resistência dos estudantes ou novas ocupações nas escolas? 

Acredito que é alguma coisa em benefício do jovem, que é aquele que queria ser ouvido. Isso é uma resposta a quem queria ser ouvido. Não há motivo (para ocupação) porque essa medida é justamente uma resposta ao que eles queriam.
O tempo

sábado, 17 de setembro de 2016

Morre escritor Edward Albee, autor de Quem tem medo de Virginia Woolf?

O dramaturgo americano Edward Albee, ganhador de vários Prêmios Pulitzer e autor de obras-primas como "Quem tem medo de Virginia Woolf?", faleceu aos 88 anos em sua casa no estado de Nova York.
Albee morreu na sexta-feira (16) em sua residência em Montauk, Nova York, depois de uma breve doença, indicou em um comunicado seu assistente pessoal, Jakob Holder.
Albee, considerado um dos dramaturgos americanos mais importantes de sua época, começou no mundo do teatro com "The Zoo Story" (1958), quando tinha 30 anos.
O drama, de dois personagens e que retrata a luta de classes, fez sua estreia em Berlim no ano seguinte, antes de seguir para Nova York.
"Quem tem medo de Virginia Woolf?" estreou dois anos depois na Broadway. O enigmático título esconde cenas sobre a vida tortuosa de um casal de acadêmicos, George e Martha, e foi um sucesso.
A peça foi apresentada durante 15 meses seguidos na Broadway, antes de ser adaptada para o cinema, em 1966, com Richard Burton e Elizabeth Taylor, que ganhou um Oscar de Melhor Atriz por este filme.
No entanto, esta obra não lhe valeu nenhum dos três Prêmios Pulitzer com os quais o trabalho de Albee foi reconhecido.
O primeiro deles foi concedido em 1967 com "Um Equilíbrio Delicado", também levado às telas dos cinemas em 1973 com Katharine Hepburn e Paul Scofield.
Os seguintes foram conquistados com "Seascape", em 1975, e "Three Tall Women", em 1994.
Nascido como Edward Harvey em 12 de março de 1928, onde alguns dizem que foi na Virgínia e outros em Washington DC, Albee foi colocado para adoção pouco tempo depois.
Seus pais adotivos, Reed e Francis Albee, que eram ricos devido a negócios de filmes e vaudeville, mudaram seu nome para Edward Franklin Albee III, segundo a fundação Edward Albee Society.
Albee tinha um relacionamento problemático com seus pais e foi expulso de várias escolas de ensino médio particulares e da Trinity College em Connecticut.
- Greenwich Village -
Nos anos 1950 se mudou para Greenwich Village, em Nova York, onde encontrou um ambiente mais compreensivo na cena de vanguarda e onde escreveu "The Zoo Story", uma obra que deixou sua marca no teatro.
Proprietário de um grande celeiro em Montauk, perto de Long Island, no estado de Nova York, Albee criou em 1967 a "Edward Albee Foundation", um local de residência para artistas e escritores.
Ao longo de sua carreira recebeu diversas distinções, entre elas a Medalha Nacional das Artes. Em 2005 foi premiado com um Tony especial por sua trajetória.
O comunicado que confirmou a morte de Albee incluía a seguinte declaração, que o dramaturgo escreveu há anos, antes de se submeter a uma complicada cirurgia, com a intenção de que fosse divulgada depois de sua morte: "A todos vocês que tornaram a minha vida tão maravilhosa, tão apaixonante e tão plena, meu agradecimento e todo o meu amor".
Segundo o Centro John F. Kennedy para as Artes Cênicas, Edward Albee foi "o digno sucessor de Arthur Miller, Tennessee Williams e Eugene O'Neill".
A atriz Mia Farrow foi uma das primeiras a homenagear no Twitter o lendário dramaturgo.
"Edward Albee foi um dos maiores dramaturgos de nosso tempo. RIP Sr.Albee", escreveu Farrow em sua conta na rede social.
O Tempo

Conservação das Estradas de Mina(Mineração)

1- Introdução- objetivo de definir os parâmentros básicos para conservação de estradas, regularizando os detalhes e métodos de execução dos acessos, para caminhões.

As normas recomendadas visam especialmente a obtenção de um sistema de transporte mais viável nos aspectos de segurança e economina.

2- Parâmetros Geométricos:
- Largura
- Curvas
- Rampas
- Super elevação

3- Detalhes sobre a conservação
- Drenagem
- Capeamento da pista de rolamento
- Leiras de proteção
- Rampas de segurança e leiras de colisão
- Iluminação
- Sinalização

4- A metodologia para a construção distribuída em etapas deve ser a seguinte:
Primeira etapa- escolha do material
Segunda etapa- transporte e basculamento
Terceira etapa- alinhar o material
Quarta etapa- altura padrão
Quinta etapa-acabamento

5- Durante todo o serviço deve haver acompanhamento da topografia, para verificar como está ficando o greide da estrada.
Na segunda etapa e quinta etapa; a marcação topográfica deve estar totalmente pronta antes do início dos serviços.

6- Todo supervisor de mina deve estar sempre atentos a "distância média de transporte" da mina(DMT).
Em muitos casos você diminui uma DMT de uma estrada, com isso ganha tempo no ciclo dos caminhões, tem menos gastos de combustível e menor gastos dos pneus.
Isso tudo afeta o custo do seu produto, no nosso caso; minério.
Quanto mais você dimunir o custo para produzir, melhor para a empresa.
Tudo que for feito de melhoria em uma mina, deve ser colocado e analisado pela supervisão; Custo e Benefício da melhoria.
Quando você tem uma mistura de; homens, máquinas, combustível, pneus, produção, meio ambiente, competitividade e mercado, desemprego, a supervisão tem que ter sempre a visão de; Custo x Benefício e Segurança.
O olhar por essa ótica é o grande difrencial do supervisor.
Existe uma diferença muito grande entre supervisionar uma mina e tocar uma mina!


OBS- Na manutenção da estrada de uma mina, é importante que comece a mexer nela, bem antes do período da chuva.
Na empresa que trabalhei no mês de agosto, já começávamos a forrar e preparar as estradas para o período chuvoso.
Por isso os nossos problemas quando da chuva, eram bem menores.
A produção caía um pouco, mas não inviabiliza o tráfego de caminhões.
Óbvio que em toda mina a produção diminui no período da chuva, em razão da diminuição da velocidade dos caminhões, e da estrada que mesmo sendo preparada para enfrentar a chuva, não deixa de causar burrachdos e depressão na pista de rolamento.
Como medída de segurança nesse período de chuva não era permitido carros de outras áreas trafegarem na mina, só com autorização da supervisão da mina.
Outra medída de segurança que adotávamos, era de carrerão com os caminhões, para evitar encontros entre eles e ficar perigoso, já que a estrada fica muito escorregadia nesse período de chuva.

Cristovão Martins Torres

Saiba como lidar com o fofoqueiro do seu trabalho

Por Murilo Aguiar - iG São Paulo


iG 

Pesquisa aponta que este tipo de profissional é o que mais incomoda os colegas em um ambiente corporativo

“Eu vou lhe falar uma coisa, mas você não pode contar para ninguém, ok?” –
Quantas vezes algum colega do seu escritório já não começou uma conversa com essa frase?
E, muito provavelmente, o que veio depois era pura fofoca?
Pois saiba que, apesar de ser muito comum, esse é um comportamento que deve ser evitado ao máximo em ambientes corporativos.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), com 6.945 pessoas, o perfil de profissional pior visto pelos colegas é o “fofoqueiro” – com 27,43%, ganhando dos “enrolados” (27,30%) e do “ranzinza” (22,75%).
Para a consultora Ana Vaz, o resultado da pesquisa demonstra o quanto esse tipo de profissional afeta diretamente no clima do ambiente corporativo, por causar insegurança nos colegas.
 “As pessoas nunca sabem realmente do que ele é capaz, até onde ele pode chegar.
Não dá para ter certeza da ética dele e ele acaba sendo alguém que não consegue formar aliança na empresa”, comenta.

Leia: Vai trabalhar nos jogos da Copa? 7 dicas para não pisar na bola
Quem concorda é o headhunter Ricardo Nogueira, presidente da empresa de recrutamento Junto Brasil. Para o especialista, o fofoqueiro é o profissional mais despreparado e inseguro. “Não é culpa da empresa ou do estilo de gestão do líder, é realmente uma pessoa que não consegue gerar resultados por si só e acaba falando pelos cotovelos”, observa.
Mas afinal, o que define uma informação como uma fofoca?
Segundos os especialistas, é o tom de especulação e de sigilo. Geralmente, o fofoqueiro compartilha informações baseadas em boatos e sem fontes definidas, e normalmente tem um tom negativo. O profissional utiliza essa informação como uma moeda de troca. Ele conta algo exclusivo, esperando que futuramente você retribua com uma nova informação. “A fofoca está diretamente ligada ao jogo de poder.
 
Eu me sinto poderoso quando tenho uma informação exclusiva e compartilho com todo mundo”, diz Ana.
No entanto, ao compartilhar uma informação que seria sigilosa ou da qual não se tem certeza se é verdadeira ou não, a pessoa muitas vezes prejudica o alvo da fofoca.

Ouviu uma fofoca? Saia pela tangente
Ainda que a maioria dos profissionais saiba que a fofoca não é uma coisa boa, muitos acabam se envolvendo nessa situação por não conseguir lidar com o colega fofoqueiro. Por medo de ser o próximo alvo de comentários, ou pela vontade de estar atualizada, a pessoa acaba dando ouvidos aos boatos e propagando a informação, sem avaliar as consequências disso.
Para Nogueira, essa situação é inerente ao ambiente corporativo. “Criam-se panelinhas nas empresas e, sempre que aparecem esses grupos, com certeza tem fofoca.
 
Não tem um grupinho que vai almoçar e que não faça uma fofoquinha, mas você tem de lidar com isso para que não se torne um ponto negativo”, aconselha.
Ao contrário do que possa se pensar, ignorar o fofoqueiro ou bater de frente pode não ser a melhor saída, ainda mais se a fofoca vier do seu próprio chefe. Segundo os especialistas, o confronto direto pode piorar o clima entre os colegas. O recomendável é que o receptor preste atenção no que está sendo dito, sem emitir muitas opiniões, para no final desviar a conversa para outro assunto.

O mais importante é não repassar o que ouviu.
"A partir do momento em que as pessoas tiverem esse tipo de comportamento, o fofoqueiro abandona o hábito. Se ninguém quiser ouvir esse tipo de informação, a pessoa não vai levar isso adiante", conta Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia, consultoria em RH.

Desmascarando a fonte da fofoca
No entanto, dependendo do teor do boato, é preciso tomar certas atitudes para evitar que alguém seja prejudicado. Como qualquer outro erro ou desvio de comportamento inaceitável dentro de um escritório, é importante que o funcionário seja avisado e arque com as consequências de sua atitude.

E mais: 7 sinais de que você deve recusar uma oferta de emprego
Ao ficar sabendo quem está espalhando a fofoca, o aconselhável é que o profissional converse com seu gestor e deixe que ele tome as providências necessárias de acordo com a política de comportamento da empresa. Caso o fofoqueiro seja o seu próprio chefe, marque um horário com o setor de Recursos Humanos e conte sobre sua situação.
“Em um primeiro momento, uma conversa é o mais recomendável, deixando claro que, caso isso ocorra novamente, a empresa tomará medidas mais duras para reverter a situação”, diz Ana Vaz.

iG

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Denunciação Caluniosa:O Feitiço Vira Contra o Feiticeiro

Por Marcos Duarte – O crime de denunciação caluniosa está previsto no artigo 339 do Código Penal Brasileiro. Comete quem aciona indevidamente ou movimenta irregularmente a máquina estatal de persecução penal (delegacia, fórum, Ministério Público, CPI, corregedoria, etc.) fazendo surgir contra alguém um inquérito ou processo imerecido.

O criminoso, de forma maldosa, maliciosa e/ou ardilosa, faz nascer contra a vítima, esta que não merecia, uma investigação ou um processo sobre fato não ocorrido ou praticado por outra pessoa.
Essas mentiras acompanhadas de processo judicial ou inquérito, são suficientes para a caracterização do crime. Caso não ocorra o inquérito ou processo, caracteriza-se o artigo anterior, (Comunicação falsa de crime ou contravenção).
ARTIGO 339 CP: “Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:” Pena: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. § 1º – A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. § 2º – A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Observem que este crime tem pena muito mais pesada do que os crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação). Por desconhecimento ou irresponsabilidade, desacreditando na ação da Justiça, alguma pessoas movimentam delegacias (lavrando Boletins de Ocorrência de Forma inconsequente, Juizados Especiais e mesmo as varas cíveis e de Família) atacando indevidamente a honra de alguém sem esta noção de que o “feitiço pode virar contra o feiticeiro”. Tornou-se corriqueiro atacar a honra de alguém como se isto fosse ficar impune. Por outro lado, as pessoas vitimizadas não aplicam o instituto penal da Denunciação Caluniosa e permitem a execração de sua honra e imagem. Muito comum este tipo de delito nas ações de família.

Marcos Duarte 

Tempo Certo


Pensador

Paulo Coelho

Tempo Certo

De uma coisa podemos ter certeza:
de nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo,
dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem
os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca,
por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer:
Qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer
ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano
enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo,
um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará
de colocar você no lugar certo,
na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa. 

Basta você acreditar que nada acontece por acaso. Talvez seja por isso que você esteja
agora lendo estas linhas. 
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais
já estão por perto e você nem os notou ainda. 
Lembre-se, que o universo sempre
conspira a seu favor quando você possui um
objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.

Paulo Coelho

Professor no Brasil ganha 50% menos

Professores que lecionam para os anos iniciais do ensino fundamental no Brasil ganham menos da metade do salário médio pago aos docentes dos 35 países-membros da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE). Enquanto a remuneração dos brasileiros é de R$ 40,7 mil por ano, nas nações da OCDE um professor do mesmo nível recebe R$ 105,5 mil.
A discrepância é apontada na versão mais recente do relatório Education At a Glance, que traz um estudo comparativo sobre índices educacionais entre 41 países - 35 da OCDE e 6 parceiros. O documento mostra que em países como Alemanha, Suíça e Luxemburgo professores da primeira etapa do ensino básico têm salários iniciais superiores a R$ 148 mil por ano. Ainda assim, a remuneração dos docentes é menor do que a de outros profissionais com nível similar de formação.
No universo de docentes do ensino superior, a situação melhora em todos os países. O salário médio anual variou de R$ 89 mil, na Eslováquia, a R$ 439 mil, em Luxemburgo. O Brasil fica no "meio-termo", com R$ 135 mil por ano.
Investimento público
Entre 2005 e 2013, a proporção de gastos públicos para a educação diminuiu em mais de dois terços dos países analisados pela OCDE - mas, no Brasil, em um dos poucos dados animadores, aconteceu o contrário. A média da OCDE é de 11%, mas o governo brasileiro superou esse índice ao dedicar pelo menos 16% do gasto público total ao setor, ficando atrás só de México e Nova Zelândia.
O Brasil ainda está no topo do ranking em relação ao número de jovens entre 20 e 24 anos que não estão estudando: 75%.
Quando se analisa uma faixa de idade maior (entre 15 e 29 anos), o relatório conclui que 20% dos brasileiros fazem parte da chamada "geração nem-nem", expressão que designa aqueles que não trabalham nem estudam. O índice é maior que a média registrada pela OCDE em 2014, que ficou em 15%. 
O Tempo

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Europa terá novo sistema de controle para a entrada de turistas



Da Redação
O controle da entrada de turistas na Europa vai aumentar em breve e, essa rigidez, também será válida para os brasileiros. Assim como adotado pelo governo americano, haverá um um formulário online que deve ser preenchido antes da viagem, além da cobrança de uma taxa adicional de 50 euros, equivalente a R$ 186, por passageiro.
O anúncio do novo sistema de controle para os cidadãos de países que não precisam de visto para entrar na União Europeia deve ser anunciado ainda nesta quarta-feira (14) pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker.
Segundo uma publicação do "Melhores Destinos", a proposta seria a do European Travel Information Authorization System (Etias, Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem), mecanismo que vem sendo discutido nos últimos meses pelos ministros do Interior de países das UE.
As informações iniciais apontam que assim como os EUA, haverá um tipo de pré-verificação online dos turistas que tem que ser preenchida, enviada e aprovada antes que a viagem aconteça.
Os visitantes terão que preencher uma ficha online com suas informações pessoais e responder algumas perguntas em um questionário.

A justificativa das autoridades é que o sistema sirva para fortalecer ainda mais o controle das fronteiras nacionais durante a pior crise migratória da região desde a Segunda Guerra Mundial e de ser uma arma no combate ao terrorismo, que vem assolando o continente com os recentes ataques à França, Bélgica e Alemanha.
O Tempo

Cármen Lúcia assume e fala à ‘Sua excelência, o povo’

Diante de uma plateia repleta de autoridades, como o presidente da República, Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ministra Cármen Lúcia assumiu nesta segunda-feira a presidência do Supremo Tribunal Federal e direcionou seu discurso à “Sua Excelência, o povo”. Ela defendeu a transformação no Judiciário, diante da constatação dela de que a população brasileira está descontente com a Justiça do país.
Para a ministra, uma transformação no Judiciário é “urgente e necessária”. “Há de se reconhecer que o cidadão não há de estar satisfeito hoje com o Poder Judiciário. O juiz também não está. Para que o Judiciário nacional atenda como há de atender à legítima expectativa do brasileiro, não basta, ao meu ver, apenas mais uma vez reformá-lo”, disse Cármen Lúcia.
Ela  quebrou o protocolo e começou seu discurso dirigindo-se aos cidadãos brasileiros, a quem chamou de “autoridade suprema sobre todos nós, servidores públicos”. De acordo com a regra protocolar, a presidente deveria se dirigir aos integrantes da mesa de convidados, entre eles, Temer. “Não temos o Brasil que queremos, o mundo que achamos que merecemos”, discursou a nova presidente do STF, ressaltando que iniciava a fala cumprimentando “o povo”, para que “cada cidadão brasileiro se sinta saudado por mim e por este STF”.
Coube ao decano Celso de Mello o mais duro discurso da tarde. Diante de autoridades enroladas na Operação Lava Jato, o ministro Mello e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aproveitaram suas falas para mandar um recado aos políticos e criticar duramente a corrupção. “O delinquente da política será tratado como tal”, advertiu Celso de Mello. “O sistema da nova República está em xeque. O Brasil precisa mudar e precisa do empenho do Judiciário e do Ministério Público”, afirmou Janot.
Celso de Mello falou em nome do tribunal e proferiu um discurso duro de pouco mais de meia hora. Por diversas vezes, citou Ulysses Guimarães. Criticou o que classificou como “delinquência governamental” e ressaltou a importância de “não roubar, não deixar roubar e colocar na cadeia quem rouba”. Mello ainda disse que a corrupção é o “cupim da República”. “Política é conquista do poder a serviço do bem comum. Fica excluída gula do poder para gozo próprio, ou de sua família ou classe”, disse o decano. O discurso de Mello veio em linha com declarações anteriores daquela que hoje assumiu o controle da corte. “Aviso aos navegantes: nas águas turvas, criminosos não passarão na navalha da desfaçatez e não passarão sobre juízes, não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro”, disse Cármen Lúcia no julgamento que manteve a prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, em novembro passado.
Já o procurador-geral Rodrigo Janot defendeu o projeto das Dez Medidas contra a Corrupção e também a Lava Jato. Criticou o que considera “um trabalho desonesto de desconstrução da imagem de investigadores e juízes” e afirmou que não é possível permitir que as coisas ficam como estão, sob pena de manutenção do atraso e da impunidade.
Estiveram também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney. Esta é a primeira vez que Lula comparece a uma posse no Supremo após deixar a Presidência da República. Ele foi o responsável pela nomeação de sete dos atuais ministros do STF. A cerimônia foi aberta com o cantor e compositor Caetano Veloso interpretando o Hino Nacional.
A partir desta segunda-feira caberá à ministra definir os assuntos que o STF vai votar, conduzir as sessões e dar o voto de minerva se houver empate no plenário. Será dela também a tarefa de substituir o presidente da República em caso de impossibilidade dos presidentes da Câmara e do Senado.
Veja.com

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Dentista terá que indenizar paciente por procedimento mal sucedido


O TEMPo


EM  BELO HORIZONTE


No procedimento cirúrgico, foi implantada, em caráter provisório, prótese total na parte superior da boca, além de enxerto para restaurar a pouca disponibilidade óssea da paciente

Uma cirurgiã-dentista foi condenada a pagar R$ 25 mil de indenização por danos morais e materiais, após procedimento cirúrgico mal sucedido em paciente. A decisão é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que manteve sentença da 9ª Vara Cível de Belo Horizonte.
Em janeiro de 2011, a paciente iniciou um tratamento dentário com a dentista, no valor de R$ 14,5 mil. No procedimento cirúrgico, foi implantada, em caráter provisório, prótese total na parte superior da boca, além de enxerto para restaurar a pouca disponibilidade óssea da paciente. Durante todo o tratamento, a dentista pediu apenas uma radiografia da arcada dentária.
A autora alega que retirou os pontos pós-operatórios com outro profissional, pois a dentista responsável pelo tratamento viajou na data em que a consulta foi agendada. A paciente afirma que passou a sentir dores de cabeça e de ouvido.

Além disso, suas gengivas se abaixaram visivelmente. Nos autos consta, também, que após a cirurgia soltaram-se, por duas vezes, os pinos do primeiro e do segundo pré-molares inferiores. De acordo com a paciente, a dentista então cobrou R$ 500 para colocá-los novamente. Inconformada com o resultado do tratamento, a cliente entrou na Justiça requerendo indenização.
Nos autos, a paciente anexou o processo ético contra a profissional, que tramitou no Conselho Regional de Odontologia, e que concluiu que, ao utilizar prótese provisória e mal colocada em implante com mobilidade, ela fugiu às técnicas recomendadas de sua profissão. Além disso, a dentista não disponibilizou, como anexo no processo judicial, o prontuário odontológico da paciente, o que constituiu falta grave. O processo segue no Conselho Federal de Odontologia.
De acordo com os peritos, a exigência de tomografia computadorizada e radiografia, para implantes dentários, é essencial para o diagnóstico e tratamento corretos. Além disso, a não fixação das próteses superiores e as fraturas nas coroas de próteses inferiores indicam que a dentista foi ineficaz no tratamento.
Em sua defesa, a cirurgiã-dentista disse que a paciente, à época do tratamento, estava emocionalmente abalada por problemas pessoais e exigiu um processo de implantação dentária rápido por causa de uma viagem ao exterior que realizaria. Sustentou, também, que a perda óssea resultante de pouca disponibilidade dos ossos bucais fez com que os pinos inferiores caíssem, tendo sido recolocados sem custo adicional.
A desembargadora Mariângela Meyer, relatora do recurso, manteve a sentença da juíza Moema Miranda Gonçalves, da 9ª Vara Cível de Belo Horizonte, que condenou a dentista a pagar o equivalente a R$ 10 mil por danos morais, bem como R$ 15 mil por danos materiais. A magistrada sustentou que “tendo sido constatada através das provas periciais que há necessidade de que a autora se submeta a novo tratamento odontológico, é decorrência lógica que o serviço prestado à autora se revelou insatisfatório, devendo assim a requerida ser responsabilizada pelos danos morais e materiais suportados pela autora”.
Os desembargadores Vicente de Oliveira Silva e Manoel dos Reis Morais votaram de acordo com a relatora.

Com assessoria de imprensa da TJMG 
O Tempo