sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Paula Fernandes - Tristeza do jeca






Auxiliadora Torres: Minha Querida Mãe

 

Há muito tempo venho querendo escrever uma crônica sobre minha Mãe, Auxiliadora Torres, mais conhecida (sobretudo em São Domingos do Prata) como Dona Dodora. Porém, quando começo a escrever sou tomado por uma emoção tão grande que chega a ser difícil terminar o texto.

Filha de Fazendeiros, criada na Fazenda da Vargem, minha Mãe foi e continua sendo muito querida em São domingos do Prata, sobretudo pelas boas ações que praticou. Mulher muito espiritualizada e de muita fé, pensava sempre no próximo. Dona Dodora não só acreditava no mandamento maior do Cristianismo, o do amor a Deus e ao próximo, como também e sobretudo o aplicava em sua prática cotidiana. Por isso, todos nós da família ficamos muito felizes pelo fato de, em São Domingos do Prata, ela ser lembrada com tanto amor ainda hoje.

Para mim, que sou seu filho, permanecem o amor e a saudade eternos de minha querida Mãe!





A escola do Amor

Aprendi com meu pai, desde cedo, a perceber que na intimidade do cotidiano e da sociedade é que se desenrola a busca de um futuro melhor.
Que a sociedade é cercada de fatos políticos, econômicos, sociais, religiosos e educacionais.
Que no seio da família, a criança recebe tarefas simples, compatíveis com sua idade, onde ela aprende a alcançar resultados, principalmente, durante a infância onde estão sempre abertas a aprenderem.
É aí que começam a aprender seus direitos e deveres, e a desenvolver a autodisciplina.
Criado na escola do amor, do dever e da responsabilidade, ela absorva as crenças e valores, indispensáveis para uma vida adulta.
Se bem criada, teve berço, na fase adulta está assegurada a sua sobrevivência.
Uma vez construída a base da sobrevivência, pode pensar na construção do conhecimento.
Acreditava que a base de todo processo da vida, passa pela família e pela educação, sendo a instrução um ato de educação, doação e amor.
Que a sociedade oferece inúmeras oportunidades para o jovem que recebeu a educação certa.
Quando ele atinge a vida adulta, a fase produtiva, esta preparado para trabalhar com disciplina.
Num mundo que perdeu a estabilidade, a capacidade de pensar, parece ser a ferramenta certa que permite a comunicação com o futuro e a sobrevivência.
O recado tá dado meu pai, espero que não seja em vão, ou será que precisam escutar a sua voz.

Cristóvão Martins Torres


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