Chucrute - repolho fermentado com condimentos:
Corte o repolho em tiras pequenas
"Doação Muda" de livros na Alemanha
Durante o tempo em que morei na Alemanha, tomei conhecimento de uma prática muito interessante: em determinados equipamentos públicos, como praças, parques etc., a prefeitura coloca à disposição da população estantes, nas quais as pessoas podem deixar os livros que já leram, para que outras pessoas peguem...
Fiquei impressionado com essa iniciativa, uma espécie de "doação muda"*, que faz com que a circulação de livros aumente, e, o melhor de tudo, a custo zero...
Perto da residência onde eu morava havia uma dessas estantes, e pensei então em colocar alguns livros que tinha levado para a leitura durante minha permanência. Exitei, pois não sabia se haveria interesse em livros escritos em português. Resolvi porém. arriscar, e coloquei na estante três livros que havia levado, e já terminado de ler...
Para minha surpresa, algumas semanas após ter colocado os livros na estante eles não estavam mais lá...Algum leitor ou alguns leitores de língua portuguesa os haviam levado. Não tenho como saber quem os levou: pode ter sido um ou alguns leitores brasileiros, portugueses, naturais de outro país de língua portuguesa ou mesmo algum alemão ou natural de outro país que tenha português como sua segunda língua...Jamais saberei. O que sei é que essa interessante iniciativa tornou possível que eu compartilhasse, na Alemanha, livros em língua portuguesa.
*utilizo o termo "doação muda" sob inspiração do "comércio mudo" que havia em alguns povos antigos; nessa forma de comércio, um grupo deixava os bens que queria trocar em um local, e então saía. Um segundo grupo vinha e depositava os bens que queria ofertar em troca dos bens ofertados pelo primeiro grupo, depositando-os no mesmo local. Após a saída do segundo grupo, o primeiro grupo voltava e estudava a oferta do segundo grupo; se aceitasse a oferta, pegava os bens ofertados e ia embora; se negasse, pegava os seus bens de volta e ia embora.
Com mais de 187 milhões de brasileiros conectados à internet e dois terços da população ativa em redes sociais, o marketing político se reposiciona em um ambiente digital onde dados, mensagens privadas e ética definem vantagem competitiva
Brasil, 26 novembro de 2025 – À medida que se aproxima o ciclo eleitoral de 2026, campanhas políticas no Brasil e na América Latina começam a incorporar mudanças profundas: plataforma, dados e mensagens privadas deixaram de ser apenas ferramentas de apoio e passaram a estruturar toda a disputa. Para partidos, agências e consultorias, o desafio já não é apenas “ter presença digital”, mas gerenciar narrativa, segmentação e ética em tempo real.
De acordo com o relatório “Digital 2024: Brazil”, havia 187,9 milhões de usuários de internet no Brasil no início de 2024, o que representa uma penetração de 86,6% da população. Além disso, o país contava com 144 milhões de usuários de redes sociais, equivalendo a 66,3% da população. Esse cenário significa que qualquer campanha política com ambição não pode mais ignorar o digital como eixo central da estratégia.
Para o publicitário e estrategista Guto Araujo, o marketing político vive uma transição definitiva, na qual as campanhas digitais assumiram o protagonismo absoluto nas disputas eleitorais. “O candidato que não compreender a lógica dos dados, das narrativas segmentadas e da velocidade do WhatsApp entra na corrida em desvantagem”, afirma.
Segundo Araujo, que já colaborou em seis campanhas presidenciais no Brasil e América Latina, essa transformação se reflete no papel central dos mensageiros como WhatsApp e Telegram, que criam engajamento genuíno e senso de pertencimento, mas também impõem desafios de rastreabilidade e moderação. Além disso, a microsegmentação e o uso de dados comportamentais permitem que campanhas adaptem narrativas para públicos específicos, aumentando a eficiência, mas exigindo transparência e conformidade com a LGPD.
Paralelamente, ferramentas de inteligência artificial aceleram a produção de conteúdos audiovisuais e textos, trazendo ganhos de produtividade, mas também riscos reais de deepfakes, bots e manipulação algorítmica. “A Inteligência Artificial é uma aliada poderosa, mas sem governança se transforma em ameaça. O risco não está na ferramenta, mas no uso. O eleitor de 2026 quer estar mais informado, saber quem financiou, qual base de dados foi usada e com qual consentimento. Campanhas que internalizam a ética como valor são mais sustentáveis e duradouras, tanto do ponto de vista reputacional quanto eleitoral”, revela o estrategista.
Araujo destaca ainda que candidatos de menor porte ou campanhas locais têm oportunidades reais de alcance e visibilidade se souberem explorar corretamente canais digitais como WhatsApp, Instagram e TikTok, mas alerta: “O custo do erro é altíssimo: disparos em massa, dados sem consentimento ou conteúdos de origem duvidosa não são mais tolerados pela sociedade nem pela Justiça Eleitoral”, completa.
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