sábado, 21 de agosto de 2010

Engolir sapo e chutar Balde

O tema não é novidade, o assédio moral é um processo contínuo de desqualificação de um individuo sobre o outro, no trabalho.

Entendemos como assédio moral no trabalho, toda conduta abusiva manifestada, por palavras, atos, comportamentos ou gestos, que podem prejudicar a dignidade ou a integridade física e psíquica de alguém.

Hoje está muito comum esta prática, em algumas empresas.

Tem até uma lei sobre assédio moral, mas ninguém a respeita.

Vejo isto como um despreparo de quem a pratica.

É um fenômeno novo que só veio para destruir o ambiente de trabalho, tendo como conseqüência uma perda enorme para a empresa e para o colaborador afetado.

Afeta muito a produtividade do colaborador que é vitima, e aumenta o número de afastamentos médicos, absenteísmo.

Chega ser assustador e desumano este tratamento dispensado do gerente ao seu subordinado.

Acontece na maioria das vezes quando um colaborador reage ao autoritarismo do chefe.

Nas empresas, em sua maioria isto passou acontecer com certa freqüência, uma vez que o colaborador com medo de ser dispensado, querendo manter o seu emprego aceita esta situação.

O chefe agressor normalmente é uma pessoa que não sabe dialogar, que se acha sempre com a razão, que só ele sabe pensar, se sente um Deus na organização, enfim é um despreparado para o cargo que ocupa.

Normalmente é algum supervisor que foi colocado como gerente, na linguagem popular é chamado de jabuti.

O subordinado não pode opinar, tendo que fazer sempre o que o chefe manda.

Atende mais ao chefe do que ao cliente.

Na minha vida profissional deparei com alguns casos de assédio moral.

Conheço um caso onde o colaborador foi afastado do cargo que ocupava, sem que fosse dada a ele uma explicação plausível do seu afastamento, ou mesmo o direito de defesa.

Neste caso a pessoa afastada do cargo foi colocada em uma área sem nenhum desafio, e o que é pior, fora da sua área de atuação.

Mesmo assim ele se saiu muito bem, embora insatisfeito com o descaso, desrespeito e agressão que sofreu.

Estes gerentes na sua maioria não conhecem boas maneiras e não tem habilidades interpessoais.

Normalmente são pessoas que não tiveram referência familiar.

É aquela história, a má ação fica para quem faz, quem a pratica.

Conhecem muito de processo, mas nada de sentimento humano, gente.

São autênticos desastres em matéria de lidar com pessoas, confundem poder com autoridade.

Liderança não é poder, e sim autoridade conquistada com dedicação e respeito pelas pessoas.

O gerente esquece que a vida dá muitas voltas.

As empresas gastam tempo, esforço e dinheiro para preparar um gerente, por maior que seja este esforço que se faça, com esta cultura de administrar, os colaboradores acabam por não confiar na liderança.

A maioria dos psicólogos concorda que a personalidade se desenvolve e se consolida aos seis anos de idade.

Todos nós conhecemos pessoas cujo caráter não é coerente com a personalidade, na minha vida profissional conheci várias com este perfil.

É o que diz o filósofo grego Sócrates; O caminho mais grandioso para viver com honra neste mundo é ser a pessoa que fingimos ser.

Assim são alguns chefes, travestidos de Gerentes que conheci, infelizmente.


Cristóvão Martins Torres

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