terça-feira, 7 de maio de 2013

Do Amador ao Profissionalismo

 Regulamentação no futebol no Brasil

Apartir de 1933, o futebol brasileiro foi alvo de sua primeira grande transição, quando o amadorismo foi gradativamente substituído pelo profissionalismo dos atletas. Inserida no escopo de uma legislação trabalhista que passaria a vigorar em praticamente todos os setores da economia, durante o governo de Getúlio Vargas, foi criada, então, a profissão de jogador de futebol.

Apenas em 1938, o profissionalismo foi amplamente adotado pelos principais clubes brasileiros, sob o comando da então denominada Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Esta foi criada como resultado de uma fusão entre a primeira versão da CDB – que representava os interesses dos clubes amadoristas – com a Federação Brasileira de Futebol – que representava o profissionalismo de outras organizações. Em 1941, foi criado o Conselho Nacional do Desporto, quando o Estado brasileiro assumiu de forma explícita a gestão do futebol.

A primeira Lei que tratou de forma mais direta a relação clube-jogador foi a “Lei do Passe” (Lei n.º 6.354/76). Esta garantia aos clubes formadores de atletas a possibilidade de usufruir o direito econômico sobre estes, ou seja, o clube poderia transacionar um atleta mesmo após o término do contrato de trabalho. Por se tratar de um bem para a instituição, o clube poderia alienar o direito sobre o jogador, para honrar os custeios ou sanar dívidas. Porém, este poder sobre o destino de atletas não trouxe necessariamente boa saúde financeira aos clubes. Naquela época, o esporte não movimentava o mesmo volume de recursos que atualmente, e os torneios não eram transmitidos ao vivo pela televisão, fator que hoje representa a maior parte das receitas dos clubes.

A principal novidade apresentada pela Lei Zico (Lei n.º 8.672/93) foi a possibilidade de os clubes serem gerenciados por entidades com fins lucrativos, indicando a intenção do governo de transformar os clubes em empresas. A lei não foi bem recebida pelos dirigentes, visto que o enquadramento neste novo conceito eliminaria uma série de vantagens fiscais que os clubes possuem até hoje.

Gestão de esportes

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