sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

5% da população sofre com depressão, mas diagnóstico pode ser difícil


27-02-2015
iG
por Universo Jatoba


Trezentos e cinquenta milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo. O montante representa 5% da população mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, contudo, esse percentual deve subir nos próximos 20 anos. Isso porque a depressão deve se tornar a doença mais comum de todas daqui a duas décadas. 
Provavelmente você conhece alguém acometido pela a doença ou já ouviu falar nos sintomas. Tristeza profunda, melancolia e falta de motivação para fazer as tarefas mais simples do cotidiano são as principais características de uma pessoa depressiva. O paciente deixa de ver sentido na vida e ações como levantar da cama, tomar banho ou ir trabalhar podem se tornar um martírio.
Apesar de ser comum, a doença tem muitos estigmas e existe preconceito com quem sofre da moléstia. Além disso, é difícil de identificar os sintomas, já que alguns são confundidos com sentimentos naturais do ser humano. Por essas razões, as pessoas demoram para procurar ajuda médica e tratamento adequado.
“A depressão não escolhe idade, gênero ou raça. Por esta razão, parentes e familiares devem ficar atentos quando existe mudança de comportamento nas crianças ou adolescentes e nos idosos. Ou mesmo quando amigos ou pessoas próximas evitam sair de casa, têm dificuldades de relacionamento ou no trabalho”, explica a psiquiatra Julieta Guevara, Diretora da Neurohealth, clínica especializada no tratamento da depressão.
A depressão pode ser o resultado de uma pré-disposição genética que altera a bioquímica cerebral. Desta forma, a doença diminui a produção dos neurotransmissores responsáveis pelo estado de bem-estar. Esses fatores podem ser maximizados por acontecimentos, como perdas, estresse emocional ou psicológico e traumas da infância.
Se não tratada, a doença pode acarretar outros problemas, como transtorno de ansiedade, bipolaridade e TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Além disso, é possível que o paciente acabe ficando dependente de drogas e álcool, na tentativa de aliviar a dor e se torne um dependente químico.
Procurar ajuda médica é essencial para uma recuperação rápida e eficaz. Se você conhece alguém nessas condições, incentive a pessoa a se tratar para voltar a ter uma vida saudável.


iG

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