terça-feira, 29 de agosto de 2023

Eletrodos cerebrais: Mulheres com paralisia voltam a falar após cirurgia. Especialista explica processo

Tecnologia de eletrodos cerebrais também pode ajudar no tratamento de uma série de outras doenças



Cientistas americanos divulgaram nesta quinta-feira (24), na revista científica Natureestudos que relataram casos de sucesso de duas mulheres diagnosticadas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) - doença que gera problemas motores, atrofia muscular, tremores e perda de sensibilidade - que voltaram a falar após implantes de eletrodos cerebrais.


Como foi feita a cirurgia?

Ambas as pacientes que tiveram paralisia devido à ELA, o que afetava a sua fala,  tiveram quatro eletrodos cerebrais implantados nas regiões cerebrais ligadas à fala, estes sensores do tamanho de pílulas identificavam os sinais enviados à boca e mandíbula para produzir sons, decodificaram a informação e as traduziam em palavras na tela de um computador. O sistema precisou de cabos conectados ao computador, mas os cientistas já buscam desenvolver versões sem fio.


O procedimento foi capaz de decodificar palavras em uma velocidade de 62 palavras por minuto. Em uma conversa normal o ritmo de fala pode chegar a 160 palavras por minuto, velocidade em que os pesquisadores buscam atingir nas próximas etapas do estudo.


Eletrodos cerebrais e o tratamento de doenças do cérebro

Os implantes de eletrodos cerebrais são uma opção cada vez mais buscada e estudada para tratamento de condições que afetam e paralisam determinadas áreas do cérebro, afirma o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili.


Atualmente, utilizamos o implante de eletrodos no cérebro para melhorar sintomas de doenças como o tremor essencial, o Parkinson e a distonia, conhecido como 'marca-passo cerebral' ou 'DBS'. Milhares de pacientes já colhem esses benefícios, mas nem tanto para a fala, e sim para sintomas como tremor, lentidão e rigidez muscular".


Tudo indica, agora, como mostra essa nova publicação, que poderemos avançar com uma técnica parecida para quem tem ELA e, provavelmente, outras doenças neurodegenerativas, mais especificamente, em relação à capacidade de se comunicar pela fala. Esperamos que essas pessoas também possam ser amplamente beneficiadas o quanto antes” Explica Dr. Bruno Burjaili.

Sobre o Dr. Bruno Burjaili

Neurocirurgião funcional


Fabiano de Abreu 
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Gestão geral grupo MF Press Global 


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