sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Amador Bueno - O homem que não queria ser rei...



1. Amador Bueno (1584/1650), "o aclamado"Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de São Vicente. Quando Portugal saiu do jugo espanhol, automaticamente o Brasil voltou a pertencer ao seu descobridor. Quiseram os ricos espanhóis de São Paulo proclamar Amador Bueno, rei do Brasil para, assim, ficar o Brasil livre de Portugal, e o aclamaram nas ruas como rei do Brasil. A honra antiga do brasileiro paulista não deixou consumar o fato. Era uma traição à Coroa Portuguesa e havia jurado defender o rei D. João IV, então rei de Portugal. Casado com Bernarda Luiz Camacho.

2. Isabel da Ribeira, casada com Domingos da Silva Guimarães.

3. Isabel da Silva Bueno, casada com Domingos de Castro Correia.

4. Capitão João Correia da Silva, casado com Maria Pedroso de Morais Correia, filha de Gaspar de Godoy Colaço e Sebastiana Ribeiro de Morais - 14ª neta de Dona Teresa Afonso, cujo avô materno foi Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.

5. Margarida da Silva Bueno, casada com o português Manuel Martins da Costa.

6. Capitão Custódio Martins da Costa, casado com Cecília Bernarda Rosa de São Boaventura. Cecília era filha de Ana Florença da Purificação, esta, filha de Ana Cabral da Câmara, descendente de um primo distante de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil. Ana era, também, neta de Ana de Borba Gato - da família do bandeirante Borba Gato - e, por esta, tetraneta de Cornélio Arzam, o flamengo. Cornélio foi um dos primeiros habitantes da vila de São Paulo, e o responsável pela introdução da cultura do trigo naquelas paragens.

7. Major Joaquim Martins da Costa, casado com Regina Antônia da Costa Lage.

8. Raimundo Martins da Costa, casado com Elisa Augusta de Andrade - 12ª neta de Martim Leme (Martin Lem), natural de Bruges.

9. Antônio Andrade Martins da Costa, casado com Alice Vidigal.

10. Maria Auxiliadora Martins Torres, casada com Benjamim Gomes Torres.

11. Cristóvão Martins Torres (o presente). 

* Amador Bueno também era descendente do cacique Piquerobi. Sua mãe, Ana Maria do Espírito Santo Pires, era filha de Mécia Ussú, bisneta, esta, da índia Antônia - batizada pelo padre Anchieta -, filha do cacique Piquerobi e sobrinha do índio Tibiriçá. A esposa de Amador, Bernarda Camacho, era bisneta de João Ramalho, náufrago encontrado por Martim Afonso de Souza na costa, e da esposa deste, Bartira, filha do cacique Tibiriçá.

Cripta da Catedral da Sé - São Paulo - Local de sepultamento do cacique Tibiriçá






O que é ancestralidade e qual a sua importância na nossa vida!

"Não podendo viver muito nesse mundo, o homem deve deixar, nele, sinais de que viveu intensamente".
Uma relíquia, essa obra literária deixada por Pedro Maciel Vidigal, mais conhecido como Padre Pedro.

Os Antepassados

Um legado de Padre Pedro Vidigal a toda a famiília de minha mãe.
Uma pesquisa muito rica que mostra a importância de conhecermos nossos antepassados.
Muito interessante, buscando conhecer a minha família materna. Minha avó Alice Vidigal, irmã de Padre Pedro, nascida na cidade de Calambau. Padre Pedro Vidigal, enfatiza muito bem, narra os episódios curiosos a respeito de sua terra natal, Calambau. Esse livro trata-se de um toponímico com raízes profundamente mergulhadas na história local. Narra personagens que iniciaram a família nos séculos passados. As pessoas que deram origem a família, os primeiros integrantes. Tudo começou com eles.
Ouvia muito minha mãe falar sobre Amador Bueno e Tibiriçá, integrantes que iniciaram a família em séculos passados.

Vô Tineco

Na condução de seus negócios na área rural, quando administrou a Fazenda da Vargem, em Nova Era-MG, nosso Avô Antônio Andrade Martins da Costa, o Tineco, tinha criatividade, perspicácia e muita paixão. Tineco era discreto, mas genial. Ele nos deixou um grande legado, que vai muito além da belíssima Fazenda da Vargem.
O modo como criou seus filhos constitui um exemplo fundamental para seus descendentes. O carinho com os Netos nos inspira a sempre nos empenharmos em cultivar os laços familiares. Hoje seus Netos se sentem orgulhosos de pertencer a essa família maravilhosa que ele construiu, juntamente com Vovó Alice Vidigal, natural de Calambau, atual Presidente Bernardes.

Recordando uma parte da minha infância, que passei na Fazenda da Vargem, juntamente com Mamãe, vêm à memória os conselhos que Tineco pacientemente me dava. Um singelo conselho que ele sempre me dava dizia respeito ao cachorro Duque; Tineco sempre dizia: "não puxa o rabo de duque que ele te morde". Apesar do conselho, eu insistia em brincar com Duque, até que um dia ele me mordeu...A partir desse momento aprendi a não brincar com aquilo que podia me machucar. Um conselho que guardei para a vida, e que, mais tarde percebi, valia não só para o Duque, mas para tudo aquilo que representa risco.

Bons tempos, velhos tempos, que não voltam mais!
Ainda que por algumas horas, gostaria de poder reviver a alegria desses momentos.
Meu avô foi para mim um exemplo de fé, de vida, de trabalho, exemplo de coragem para enfrentar os problemas e as lutas, exemplo de amor, amizade e interesse pelos outros.
O amor de Deus esteve presente na vida dele!
A modernidade que vivemos hoje é responsável por uma série de mudanças na nossa forma de sentir e ver o mundo.
A tecnologia inundou de conforto nossas vidas; hoje dispomos de uma variedade de coisas que facilitam muito nosso dia a dia, mas não encontramos tempo disponível para cultivar nosso lado afetivo. Há cada vez menos pessoas como Tineco.
O convívio reconfortante com a família parece ser coisa do passado, algo lembrado com nostalgia.
Nada nem ninguém é capaz de nos satisfazer plenamente, pois sempre há novas possibilidades para serem testadas na conquista da realização pessoal.
Repletos de conforto e tecnologia, acabamos, na maioria das vezes, ficando cada vez mais sozinhos. 
Se, por um lado, não é possível voltar ao passado, por outro lado é possível tentar colocar em prática os ensinamentos de pessoas que nos inspiram, como, no meu caso, Vô Tineco.

Cristóvão Martins Torres


História da Fazenda da Vargem:
Tineco, foi o último dono da Fazenda da Vargem, fim de um ciclo.
Hoje, a Fazenda da Vargem, tombada pelo patrimônio artístico cultural paisagístico do município, totalmente revitalizada, está aberta a visitação pública.

No entorno da sede da Fazenda, usaram a criatividade, fizeram uma Capela Natural de Santo Antonio, num bambuzal.
Vô Tineco e Vovó Alice Vidigal, quando novos, na Fazenda da Vargem.
Sempre muito carinhosos com os netos.
Sinto saudades da minha infância e deles.


Fazenda da Vargem

Sempre foi um ponto de encontro da família, onde passamos momentos maravilhosos, inesquecíveis, único.A modernidade pede passagem, mas a história não pode ser apagada.A fazenda não possui hospedagem, mas a visitação é permitida para fins turísticos e culturais.Hoje, muito visitada por turistas nos finais de semana, que tentam não só ver a historia da fazenda, mas vivenciar uma rotina diferente por algumas horas, respirar um ar puro e fazer uma viagem no tempo.Ela se destaca, hoje, pelo valor histórico, preservado.Desde os seus primórdios a fazenda da vargem, como é chamada, exerceu papel de destaque na história do município, se mostrando até os dias atuais como uma referência não apenas sócio-econômica, mas também como importante referência simbólico-afetiva e cultural para as pessoas de Nova Era.. Conforme fontes historiográficas a sua sede foi erguida na primeira metade do século XIX, através do desmembramento da Fazenda Figueiras, que por sua vez se originou da Fazenda do Rio do Prata - uma das primeiras da região, oriunda dos primeiros anos do século XVIII. A fazenda permaneceu durante um longo tempo sustentando as atividades agropecuárias, se destacando na produção de insumos e na introdução de novas culturas, como a do cacau. Também manteve uma considerável produção de açúcar, que era beneficiado em um engenho movido à água que ali existia. A Fazenda da Vargem acabou por servir de importante entreposto comercial, dada a sua diversificada produção e ao caráter empreendedor de seus proprietários. A alguns metros da sede, integrada aos seus domínios, havia uma antiga estrada de terra que fazia a ligação entre caminhos de tropas, que por ali passavam trazendo e levando mercadorias diversas para as regiões vizinhas. Muitas vezes os cargueiros se encontravam naquele trecho, servindo a sede de ponto de referência aos tropeiros. Possivelmente parte de seu pavimento térreo, além de abrigar outras funções, também funcionava como pouso para estes trabalhadores. Em razão da sua grande expressão na economia da região, a sede da fazenda se tornaria centro de confluência da política. Em junho de 1977 o imóvel foi desapropriado pela gestão municipal, juntamente com a área do entorno de 30.000 metros quadrados, que se tornava de utilidade pública, destinando-se à preservação do patrimônio artístico cultural paisagístico do Município. E em março de 2005 foi tombada pelo município. A sede da fazenda é um exemplar da arquitetura mineira, sendo as paredes em pau-a-pique e o piso térreo, todo ele em pedra de rio.Por ser toda a família, católica e de muita fé, no segundo andar da sede tem um grande oratório, onde toda noite era rezado um terço, óbvio, com a presença de todos.No andar térreo, também, ficavam as senzalas e um celeiro ao qual eram armazenados os grãos colhidos nas propriedades da fazenda. Vale ressaltar que devido ao abandono, a sede vinha passando por um processo de deterioração, isso antes da restauração.Hoje, a sede totalmente restaurada, é muito visitada por turistas que vem de toda parte do país e passeio escolar.Fazenda construída por escravos.No nosso país, mesmo para quem viaja muito, há muito o que conhecer.A fazenda da vargem passou por vários donos, sendo o último dono; Antonio Andrade Martins da Costa, muito conhecido na região como "Tineco", Vô Tineco.

Cristóvão Martins Torres

Auxiliadora Torres: Minha Querida Mãe

Há muito tempo venho querendo escrever uma crônica sobre minha Mãe, Auxiliadora Torres, mais conhecida (sobretudo em São Domingos do Prata) como Dona Dodora. Porém, quando começo a escrever sou tomado por uma emoção tão grande que chega a ser difícil terminar o texto.

Filha de Fazendeiros, criada na Fazenda da Vargem, minha Mãe foi e continua sendo muito querida em São domingos do Prata, sobretudo pelas boas ações que praticou. Mulher muito espiritualizada e de muita fé, pensava sempre no próximo. Dona Dodora não só acreditava no mandamento maior do Cristianismo, o do amor a Deus e ao próximo, como também e sobretudo o aplicava em sua prática cotidiana. Por isso, todos nós da família ficamos muito felizes pelo fato de, em São Domingos do Prata, ela ser lembrada com tanto amor ainda hoje.

Para mim, que sou seu filho, permanecem o amor e a saudade eternos de minha querida Mãe!


Imagem da infância

 Pássaros


A minha infância via um garoto
Via amigos como garotos também
Percebo que não eram só garotos
Era apenas um pássaro com outros pássaros
Que eram garotos.

Brincávamos na rua como numa floresta
Brincando criando seus caminhos
Certos ou não.


Igor Gonsalves(Poeta)




O Poeta Ivan Junqueira escreveu: A Flor Amarela, que diz assim; "Atrás daquela montanha tem uma flor amarela / dentro da flor amarela / o menino que você era / porém, se atrás daquela montanha não houver a tal flor amarela, / o importante é acreditar / que atrás de outra montanha / tenha uma flor amarela  / como o menino que você era / guardado dentro dela".



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