A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) reforça o alerta sobre os impactos do avanço de grandes empreendimentos na Amazônia — como a BR-319, a Ferrogrão e a exploração de petróleo na foz do Amazonas — em meio ao agravamento da crise climática no país.
O alerta vem após novos dados do Unicef, que apontam mais de 40 milhões de crianças brasileiras expostas a riscos ambientais, e de um relatório da ONU, que registrou em 2024 o maior aumento de gás carbônico na atmosfera desde o início das medições modernas.
“A REPAM avisou. O que estamos vendo agora são os efeitos de um modelo que ignora a vida. A Amazônia está adoecendo, e com ela, nossas crianças”, afirma Dom Pedro Brito, presidente da REPAM-Brasil.
A rede recorda que, desde 2023, a Igreja tem incidido junto a autoridades em Brasília para barrar a flexibilização do licenciamento ambiental e alertar sobre os riscos desses projetos, que ampliam o desmatamento, as queimadas e a poluição hídrica.
“Não há neutralidade climática possível sem enfrentar os projetos que destroem a floresta e expulsam povos de seus territórios. A crise do licenciamento é uma crise moral e política”, destaca Dom Pedro.
Com a COP30 marcada para novembro de 2025, em Belém (PA), a REPAM reforça a urgência de políticas públicas que coloquem a vida no centro das decisões e lembra que “as vozes da Amazônia precisam ser escutadas antes que o silêncio da destruição seja irreversível”.
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