quinta-feira, 7 de abril de 2016

Peças sacras roubadas em Ouro Preto serão procuradas pela Interpol

Sete peças sacras roubadas da Igreja do Pilar, em Ouro Preto, serão procuradas pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). De acordo com o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda, que está à frente da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, essa é só uma amostra da atual situação patrimonial do Estado, que calcula uma perda de 60% do material sacro.
A suspeita é que as imagens, roubadas na década de 70, tenham sido levadas para Lisboa, em Portugal. Outras oito peças, que também pertenciam à Igreja, ainda não puderam ser incluídas na “Lista de difusão branca” por falta de informações disponíveis. "O procedimento é lento e muito detalhado. No caso das outras peças, não conseguimos recuperar imagens fotográficas para que as buscas sejam feitas", explica o promotor.
A previsão é de que imagens das peças roubadas estejam disponíveis no site da Interpol em 15 dias. Com isso, elas poderão ser procuradas em postos da alfândega, aeroportos, entre outros locais de deslocamento de pessoas em pelo menos 190 países, membros da Organização. "Além dessas, outras 20 peças também foram inseridas anteriormente no site da agência", conta Miranda. 
O roubo ocorreu no dia 2 de setembro de 1973, ocasião em que 15 peças sacras foram levadas. À época, as investigações foram conduzidas pela Delegacia de Furtos e Roubos de Belo Horizonte e, em 1978, houve proibição, pela censura federal, da divulgação de qualquer informação sobre o crime.
Em cartaz 
Está instalada, atualmente, no interior da Matriz do Pilar de Ouro Preto a mostra Em busca do patrimônio perdido.
A exposição, que ficará em cartaz até o dia mês de julho, apresenta 22 painéis e totens informativos com fotos encaminhadas por diversos municípios mineiros para o MPMG, com imagens de bens sacros que foram desviados de suas comunidades e que ainda não foram encontrados.
Denúncias
Qualquer informação sobre o paradeiro de peças sacras furtadas pode ser encaminhada para a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais pelo e-mail cppc@mpmg.mp.br, pelo telefone (31)3250-4620 ou para o endereço Rua Timbiras, n.º 2941, Bairro Barro Preto, CEP. 30140-062, Belo Horizonte - MG.
O Tempo

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