Início de semana. Início de um novo mês.
E eu não sei se você se planejou, parou um momento com presença para decidir o que você quer viver nessa reta final de ano…
Mas, uma coisa eu aposto que você fez na semana passada:
Acompanhou a vida do novo casal Virgínia e Vini Jr. e se juntou à manada que já torceu, julgou e projetou os planos da vida alheia.
Enquanto alguns já até preveem o fim…
A minha impressão é que poucas pessoas mal entendem os começos. E isso explica a quantidade de casamentos fracassados no mundo.
É comum ver casais iniciando um relacionamento com a semente da expectativa que elas mesmas plantaram.
Mas o amor — o de verdade — não começa quando o outro se encaixa na sua expectativa. Isso justifica a paixão do início, mas sabe por que ela não se sustenta na maioria das vezes?
Por que o amor começa quando você olha a pessoa como ela é… e ainda assim escolhe ficar.
Tem muita gente se perdendo na bagunça de relacionamentos baseados em expectativas, porque está tentando fazer o outro caber. Ou porque achou que ela caberia.
Sabe aquela pessoa que já começa o namoro querendo mudar o jeito que o outro se veste?
Depois, o modo como ela fala. A forma como ele lida com dinheiro. Como essa pessoa organiza a rotina. Como ele reage aos seus gatilhos.
E aí, em pouco tempo, o relacionamento já virou um projeto de reforma.
Pare um momento e reflita.
Você está amando o outro ou está tentando mudá-lo a todo momento?
Porque se você escolheu essa pessoa com todo o seu pacote de jujubas (as gostosas e as azedas) achando que vai transformar a jujuba amarela em vermelha… você não ama a pessoa. Ama a versão idealizada dela.
Duro, né? Mas verdadeiro.
Relacionamentos de verdade começam quando você faz a pergunta que ninguém quer fazer:
Se essa pessoa nunca mudar… Eu ainda quero estar aqui?
Se a resposta for “sim”, você tem um amor com raiz.
Se a resposta for “não”, talvez o que você tenha seja só apego à ideia de não ficar sozinho.
É por isso que amar de verdade exige coragem. Coragem de ser quem você é. Coragem de deixar o outro ser quem ele é. Coragem de abandonar o papel de “mentor disfarçado de namorado”.
Coragem de dizer:
“Eu te escolho com seus bônus e seus ônus. Se mudar, é lucro. Se não, ainda assim… eu fico.”
Se a gente aprendesse a escolher as pessoas pelos defeitos que conseguimos suportar em vez das qualidades que nos encantam, metade dos relacionamentos já começaria mais honesta.
E se você desistisse de mudar o outro?
Esse é o desafio que deixo pra você essa semana.
Até a próxima segunda. |
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