segunda-feira, 18 de maio de 2015

Não há crise na mineração, diz presidente da Vale

 

por Redação — publicado 11/11/2014 18h49, última modificação 11/11/2014 19h00 
 
Segundo Murilo Ferreira, os preços do minério de ferro ainda garantem rentabilidade às melhores empresas
 
  A queda do preço do minério de ferro não configura uma crise no setor de mineração, afirmou o presidente da Vale, Murilo Ferreira. Para o executivo, presente no evento As Empresas Mais Admiradas no Brasil, promovido pela revista CartaCapital, os valores praticados para a commodity ainda garantem uma rentabilidade adequada para as empresas. “Os preços não estão com a exuberância do super-ciclo, mas ainda propiciam uma margem razoável para as mineradoras mais eficientes, que têm excelência operacional”, disse.
As ações da Vale caíram 3,56% nessa terça-feira 11 por conta das previsões de continuidade da queda dos preços do minério de ferro. Ferreira afirma que as principais empresas de mineração do mundo sofrem queda nas bolsas de valores por conta do baixo crescimento da demanda por minérios, e defende que a Vale tem força para enfrentar o momento adverso.  “A Vale está entre as empresas mais eficientes, nossos ativos estão muito bem situados.” O executivo lembra que a companhia passa hoje pelo maior ciclo de investimento da sua história, que exigirá um esforço grande até 2016 e 2017. “Estamos muito confiantes porque temos reservas excepcionais, ativos de alta qualidade que poderão ser expandidos no futuro e um material pronto para ser vendido aos nossos clientes”, afirmou.
Para Ferreira, a recuperação do setor e da economia brasileira depende de uma retomada do crescimento da economia mundial. Ele não acredita, no entanto, que isso deve ocorrer nos próximos dois anos. “Com a crise de 2008, nós tivemos uma transferência muito grande de dívidas do setor privado para o setor público, os países estão sem capacidade para dar um impulso maior na economia”, disse. Para o desempenho econômico do Brasil ser melhor, Ferreira avalia que o crescimento mundial precisa ser de pelo menos 4%. Outro ponto importante de partida para que o País volte a crescer, segundo o executivo, é a reforma política, a partir da qual outras medidas poderiam ser tomadas. “Evidentemente existem condições internas que são necessárias para os próximos anos, como a reforma tributária, a da Previdência, um maior equilíbrio fiscal, mas citar apenas uma ou duas é restringir o que realmente está acontecendo.”

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