quinta-feira, 23 de novembro de 2023

A origem dos ciganos, considera-se que a Índia, especialmente a região do Punjab, seja a terra natal mais provável, dali teriam passado ao Egito, consequentemente para o continente europeu. Os ciganos, contribuíram para história do Brasil, para a identidade nacional.


Lembro deles na adolescência, quando chegavam na terra natal, óbvio, ficavam só por um período, eu sempre muito místico por natureza, gostava de ler a sorte com elas. Me impressionava o traquejo em vestir das ciganas. Com aqueles vestidos longos e com muitas joias pelo corpo, brincos, pulseiras, colares, etc, eram muito bonitas. Com uma linguagem diferente da nossa, bonita de se ouvir, saiam em grupos andando pela cidade, onde chamavam atenção das pessoas.
Todo grupo de ciganos que chegavam na cidade, eu sempre ia lá nas barracas, para lerem a minha sorte. As vezes falava coisas boas que ia acontecer comigo e coisas ruins, também. Lembro de um grupo de ciganos, do interior de São Paulo, que tinha chegado na cidade e uma das ciganas, Juliana, teve um problema nos dentes, foi atendida por meu pai, dentista. Depois disso, Juliana ficou muito amiga da minha mãe, tínhamos um carinho especial por ela, no período que ficaram na cidade, foi várias vezes em nossa casa, era muito bem recebida por todos.

Acho que a cigana me enganou...Hoje, tenho plena convicção que elas estavam certas...

A religião tende a valorizar o que as pessoas possuem por fora, enquanto a espiritualidade busca o divino dentro de cada um. Ser espiritualizado é nos tornarmos responsáveis por entender que para tudo que fazemos, há uma reação, uma explicação. A humanidade está em constante processo de evolução. Por isso, se torna cada vez mais importante buscarmos essa tal espiritualidade. Fui criado nessa linha, lá em casa tinha um grande oratório, com vários santos dentro; Nossa Senhora Aparecida, São Francisco de Assis, Padre Eustáquio, São Jorge, Santo Antônio, etc. Éramos protegidos. Onde toda noite rezávamos o terço em família. Eu acreditava em tudo, com muita fé. Até hoje, tenho um costume, de toda cidade que vou, ir a igreja e rezar, fiz muito disso quando de minha permanência  na Alemanha, onde visitei várias igrejas. Nos países que visitei ia igreja, também. Na juventude, gostava de saber da minha sorte, se chegasse, ciganos na cidade, ia lá para ler a sorte, se chegasse na cidade uma taróloga e estava no hotel, lendo a sorte, eu ia saber como estava a minha sorte no amor. Até que em uma dessas idas, uma cigana me falou que iria viver uma paixão muito grande com uma mulher da Tv, e foram ditas por varias ciganas de diferentes regiões do país, que chegavam e passavam pela cidade. Depois disso passei a ficar presente na telinha, assistia todos os programas e alguns capítulos de novelas, também. Diziam que seria um amor espiritual, que os espíritos iriam trabalhar nessa conexão. Eu acreditava! Com o passar dos anos, muitas coisas que falaram veio a acontecer, outras não aconteceram. É como criar sonhos, muitos se perderam pelas estradas, pelo tempo, outros foram realizados. Até hoje, gosto de saber como andam as coisas, gosto de jogar cartas e dados. Se jogo pela manhã e vejo que as coisas não estão bem, nem saio de casa. já deixei de fazer uma viagem marcada, por não sentir firmeza nas cartas. Quando trabalhava, já deixei de ir ao trabalho, por não sentir firmeza nas cartas. Elas que direcionam a minha vida, o que devo fazer. Não tenho vícios, mas faço semanalmente uma fezinha nas loterias, jogo em todas loterias, há muitos anos. Carrego a fama na família. de ser viciado em jogos, amo as cartas e jogar, está dentro de mim, faz parte da minha essência. Nas cidades que vou, faço questão de ir a igreja e a loteria fazer uma fezinha, jogar. Normalmente, jogo os números dos aniversários das namoradas que tive no passado, dia mês e ano, portanto, são muitos jogos que faço. Tenho o costume, hábito de jogar, desde muito novo. Em março desse ano, fez 50 anos que jogo, semanalmente, nunca ganhei na loteria, só experiência. Eu Acredito!

Cristóvão Martins Torres

Nenhum comentário:

Postar um comentário