Na verdade, Capanema não entrou exaustão, a Vale é que decidiu que ia encerrar as atividades em Capanema, e mandou o Arthur Vilela para essa finalização.
Em 2002, a Vale comunicou aos japoneses, a intenção de comprar a parte deles na MSG, e eles discordaram veementemente, porque eles não viam motivo para isso, e a Vale não esperava tamanha resistência.
A partir daí começou uma intensa negociação, com a Vale apresentando aos japoneses algumas possibilidades/modelos operacionais “compensatórios”, tipo:
1ª Hipótese- A operação em Capanema seria encerrada, mas a MSG continuaria como empresa, mantendo a Vale e os japoneses como sócios, e iria operar a mina de Fábrica Nova, usando os mesmos equipamentos de Capanema, incluindo a correia transportadora.
Os japoneses ficaram estudando a proposta por alguns meses, inclusive aconteceu uma visita da diretoria e gerentes da MSG ao terreno da Fábrica Nova, onde batemos fotos e discutimos sobre o layout da nova MSG, onde seriam construídas instalações operacionais e prédios administrativos, mas antes dos japoneses responderem, a Vale cancelou essa proposta e disse que apresentaria outra hipótese.
2ª Hipótese- Nessa hipótese, a operação em Capanema seria encerrada, e a MSG seria transformada em empresa de prestação de serviço (uma terceirizada) para somente extrair o minério em Fábrica Nova.
Rapidamente os japoneses responderam não concordando com a proposta, principalmente porque a MSG não mais seria uma empresa de mineração(não haveria mais o pagamento de dividendos) e sim uma prestadora de serviços de mineração.
Enfim, o fato é que existiu a possibilidade da MSG continuar mineradora operando a mina de Fábrica Nova, e aí, considerando a qualidade da equipe técnica da MSG, certamente não teríamos hoje o risco do rompimento dessa barragem.
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