Pesquisa revela como hábitos de sono influenciam riscos de AVC e demência; especialista destaca desafios na educação infantil
Um estudo recente da Escola de Medicina de Yale, publicado no Journal of the American Heart Association, oferece novas perspectivas sobre a importância do sono na saúde cerebral, particularmente em relação ao risco de acidente vascular cerebral e demência. O estudo analisou imagens cerebrais de cerca de 40.000 indivíduos de meia-idade, revelando que tanto a duração curta quanto a longa do sono estão associadas a mudanças negativas na estrutura cerebral.
O estudo concentra-se em dois aspectos-chave: as hiperintensidades da substância branca (WMH) e a anisotropia fracionada. Estes são marcadores críticos do envelhecimento cerebral, sendo também associados a um maior risco de acidente vascular cerebral (AVC) e demência. As descobertas indicam que tanto a duração curta quanto a longa do sono estão relacionadas a alterações negativas nesses marcadores.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, destacando as implicações deste estudo, enfatiza a necessidade de uma mudança nos hábitos de sono, especialmente em crianças. Ele aponta para a influência das redes sociais e dispositivos eletrônicos, que muitas vezes levam as crianças a burlar o sono. "Não há mais dúvidas sobre o sono na saúde humana, mas há uma barreira na educação das crianças que chegam a burlar para enganar os pais e o próprio sono," diz Dr. Abreu.
Ele também destaca a relação entre o uso de telas, ansiedade e a interpretação do sono. "Os educadores devem remover os aparelhos das mãos das crianças e formatar assim uma personalidade com comportamentos benéficos," afirma Dr. Abreu. Sua análise sugere que, apesar da ciência reiterar a importância do sono, muitos hábitos ainda permanecem inalterados, principalmente entre as crianças, que têm dificuldade em compreender as consequências a longo prazo devido ao desenvolvimento incompleto do lobo frontal.
Essas observações se alinham com as conclusões do estudo de Yale, que reforça a importância do sono ideal para a saúde do cérebro e sugere que o sono pode ser um fator de risco modificável para a saúde do cérebro na vida adulta.
A pesquisa e os comentários do Dr. Abreu Agrela destacam a necessidade urgente de conscientizar sobre a importância do sono adequado e de estratégias educacionais eficazes para promover hábitos de sono saudáveis desde a infância.
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