Com a aproximação da época de provas e exames nacionais em Portugal, surgem diversas questões que merecem uma reflexão mais profunda. O Dr. Fabiano de Abreu Agrela, um luso-brasileiro Pós-PhD em Neurociências, Mestre em Psicologia e Biólogo, expressa preocupações significativas sobre o sistema educacional e de saúde pública do país. Membro da Sigma Xi, SFN (Society for Neuroscience) e RSB (Royal Society of Biology), com mais de 250 estudos científicos publicados, ele destaca importantes deficiências que precisam ser abordadas.
Acesso Limitado a Testes Especiais
Segundo o Dr. Fabiano de Abreu, pessoas diagnosticadas com transtornos específicos têm acesso a testes especiais. No entanto, o sistema de saúde pública apresenta falhas significativas e não consegue suportar a análise de todas as crianças e jovens. Como resultado, muitos indivíduos possuem transtornos não diagnosticados. "O médico de família frequentemente demonstra limitações na realização de análises detalhadas e no encaminhamento adequado dos pacientes, comprometendo a eficácia do sistema de saúde", aponta o Dr. Fabiano.
Problemas do Sistema de Avaliação
Essas deficiências são agravadas pelo sistema de avaliação com provas finais e exames nacionais. "Portugal levanta uma bandeira falsa de inclusão e respeito à diversidade", afirma o neurocientista. Ele identifica vários problemas fundamentais:
1. Ignorância das Oscilações Adolescenciais: O processo ignora possíveis oscilações do adolescente, que podem ser afetadas por circunstâncias como separação dos pais, condições em casa, transtornos mentais, momentos hormonais e transições hormonais, que podem interferir na nota e camuflar a verdadeira capacidade.
2. Impacto em Alunos com Alto QI ou Superdotação: Pessoas com alto QI ou superdotação profunda tendem a ter emoções mais intensificadas e, se não gostam de uma matéria como português, podem ter dificuldades. "Estudos mostram um alto número de desinteresse pelos estudos nesse grupo de pessoas, que profissionalmente são excelentes devido à sua alta criatividade e inteligência", ressalta o Dr. Fabiano.
3. Desafios para Pessoas com Transtornos: Pessoas autistas, dependendo do nível de suporte, podem apresentar dificuldades, mas também são fortes candidatos a serem bons profissionais no futuro. Pessoas com TDAH podem ter alta capacidade e se tornarem grandes profissionais, mas enfrentam dificuldades de estudo. "Pessoas com transtorno da rede social, ainda não reconhecido no DSM-5, mas evidente no comportamento dos jovens, podem ter alta capacidade intelectual, mas serem prejudicadas nos estudos pelo vício em redes sociais", explica. Além disso, pessoas com discalculia, TDAH e dislexia tendem a ter dificuldades em matemática, o que não significa que não tenham alta capacidade. "Existem muitos profissionais de alto QI com esses transtornos", destaca.
Proposta de Novos Modelos de Avaliação
O Dr. Abreu questiona se não seria a altura de criar novos modelos de avaliação mais abrangentes que não se foquem em matérias tão específicas. Ele observa que muitos médicos de topo não têm conhecimento profundo de matemática, especialmente em países onde essa matéria não é primordial. "Portugal está anos atrás em termos de lógica académica", critica, apontando a burocracia, a presença de "chefões das máfias académicas" e a falta de soluções para a necessidade crítica de bons profissionais que permaneçam no país.
As observações do Dr. Fabiano de Abreu Agrela indicam que o sistema educacional e de saúde em Portugal necessita de uma revisão profunda para realmente apoiar a diversidade e o potencial de todos os seus cidadãos. As questões levantadas pelo neurocientista mostram a urgência de repensar o modelo atual, para que todos os alunos, independentemente de suas capacidades e desafios, tenham oportunidades justas e adequadas para se desenvolverem plenamente.
Essas deficiências são agravadas pelo sistema de avaliação com provas finais e exames nacionais. "Portugal levanta uma bandeira falsa de inclusão e respeito à diversidade", afirma o neurocientista. Ele identifica vários problemas fundamentais:
1. Ignorância das Oscilações Adolescenciais: O processo ignora possíveis oscilações do adolescente, que podem ser afetadas por circunstâncias como separação dos pais, condições em casa, transtornos mentais, momentos hormonais e transições hormonais, que podem interferir na nota e camuflar a verdadeira capacidade.
2. Impacto em Alunos com Alto QI ou Superdotação: Pessoas com alto QI ou superdotação profunda tendem a ter emoções mais intensificadas e, se não gostam de uma matéria como português, podem ter dificuldades. "Estudos mostram um alto número de desinteresse pelos estudos nesse grupo de pessoas, que profissionalmente são excelentes devido à sua alta criatividade e inteligência", ressalta o Dr. Fabiano.
3. Desafios para Pessoas com Transtornos: Pessoas autistas, dependendo do nível de suporte, podem apresentar dificuldades, mas também são fortes candidatos a serem bons profissionais no futuro. Pessoas com TDAH podem ter alta capacidade e se tornarem grandes profissionais, mas enfrentam dificuldades de estudo. "Pessoas com transtorno da rede social, ainda não reconhecido no DSM-5, mas evidente no comportamento dos jovens, podem ter alta capacidade intelectual, mas serem prejudicadas nos estudos pelo vício em redes sociais", explica. Além disso, pessoas com discalculia, TDAH e dislexia tendem a ter dificuldades em matemática, o que não significa que não tenham alta capacidade. "Existem muitos profissionais de alto QI com esses transtornos", destaca.
Proposta de Novos Modelos de Avaliação
O Dr. Abreu questiona se não seria a altura de criar novos modelos de avaliação mais abrangentes que não se foquem em matérias tão específicas. Ele observa que muitos médicos de topo não têm conhecimento profundo de matemática, especialmente em países onde essa matéria não é primordial. "Portugal está anos atrás em termos de lógica académica", critica, apontando a burocracia, a presença de "chefões das máfias académicas" e a falta de soluções para a necessidade crítica de bons profissionais que permaneçam no país.
As observações do Dr. Fabiano de Abreu Agrela indicam que o sistema educacional e de saúde em Portugal necessita de uma revisão profunda para realmente apoiar a diversidade e o potencial de todos os seus cidadãos. As questões levantadas pelo neurocientista mostram a urgência de repensar o modelo atual, para que todos os alunos, independentemente de suas capacidades e desafios, tenham oportunidades justas e adequadas para se desenvolverem plenamente.
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