domingo, 10 de novembro de 2024

Nova pesquisa revela proteína ligada ao desenvolvimento cerebral que pode impactar o autismo

Um estudo inovador da Universidade da Califórnia, San Diego, publicado na revista Molecular Autism, revela o papel fundamental da proteína NDEL1 no crescimento do cérebro e como sua expressão pode influenciar a severidade dos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa utilizou organoides corticais — pequenas estruturas cerebrais derivadas de células-tronco que replicam aspectos do desenvolvimento cerebral humano — de crianças com e sem TEA para observar o impacto da NDEL1 durante as fases embrionárias.

Os cientistas notaram que os organoides derivados de crianças com TEA cresciam mais rapidamente e se tornavam maiores em comparação aos de crianças neurotípicas. Esse crescimento acelerado foi associado a sintomas sociais mais graves. A NDEL1, uma proteína essencial para a migração neuronal e a organização do citoesqueleto, apresentou níveis de atividade reduzidos nesses organoides autistas, sugerindo que o déficit na atividade dessa proteína pode desencadear um desenvolvimento anômalo do cérebro, afetando áreas ligadas à interação social e cognição.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências e membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Royal Society of Medicine no Reino Unido, ressalta a importância dessas descobertas: “Esse estudo mostra como a expressão reduzida da NDEL1 nas fases iniciais do desenvolvimento pode estabelecer bases estruturais que ampliam a severidade dos sintomas autistas. A função dessa proteína na regulação do crescimento neuronal é central, e sua deficiência pode levar a trajetórias de neurodesenvolvimento que influenciam aspectos comportamentais e cognitivos por toda a vida.”

Implicações para a compreensão do autismo e o desenvolvimento

Além de reforçar a importância do gene NDEL1 no crescimento do cérebro, a pesquisa destaca possíveis subtipos de TEA relacionados à taxa de crescimento dos organoides. Crianças com organoides que cresceram de forma mais rápida apresentaram sintomas sociais mais severos, enquanto aquelas com crescimento moderado dos organoides mostraram sintomas mais leves. Esse padrão indica que alterações no desenvolvimento embrionário podem ter efeitos duradouros, influenciando a estrutura e função cerebral de formas que contribuem para as manifestações variadas do autismo.

Para o Dr. Fabiano, essa descoberta abre caminhos para novas abordagens terapêuticas: “Compreender os mecanismos de proteínas como a NDEL1 no desenvolvimento embrionário pode ser essencial para o futuro das intervenções. Se for possível, no futuro, regular o crescimento cerebral em fases iniciais, podemos limitar o desenvolvimento de sintomas mais severos, proporcionando melhores perspectivas de vida para indivíduos no espectro autista.”

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O fim do Qualis? Entenda mudanças que podem alterar a qualificação de artigos científicos no Brasil

O sistema de Qualis enfrentou críticas por não restringir necessariamente a qualidade e o impacto individual de cada artigo, explica a professora, Doutora em Ensino de Ciência e Tecnologia e editora chefe da Atena Editora, Antonella Carvalho de Oliveira



O Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES) da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior),  aprovou uma nova abordagem para avaliar a produção intelectual na pós-graduação stricto sensu. 


A partir do ciclo 2025-2028, o foco da avaliação será na classificação dos artigos publicados, em vez de avaliar o periódico onde foram divulgados. Com isso, o sistema Qualis Periódicos deixará de classificar as revistas científicas, como ocorreu até o atual ciclo. 


A decisão foi tomada em reunião do CTC-ES em setembro, mas as diretrizes detalhadas só estão previstas para março de 2025.


Qualis: O antigo sistema de avaliação de revistas científicas

O sistema Qualis foi criado para avaliar a qualidade dos periódicos em que os pesquisadores publicavam seus estudos pela classificação em estratos (como A1, A2, B1, B2, etc.), o que ajudava os programas de pós-graduação a manter ou melhorar suas notas na CAPES. 


Mas o sistema foi alvo de críticas, pois a classificação do periódico nem sempre refletia o valor específico de cada artigo. Pesquisadores argumentavam que essa abordagem não considerava o impacto individual de estudos, levantando questionamentos sobre sua eficácia como critério de avaliação científica.


O que explica a mudança?

De acordo com a professora, Doutora em Ensino de Ciência e Tecnologia e editora chefe da Atena EditoraAntonella Carvalho de Oliveira, a mudança irá ocorrer principalmente para valorizar a qualidade individual dos estudos.


“A nova mudança da CAPES busca valorizar o mérito de cada pesquisa, deixando de lado a avaliação baseada apenas no "nível" do periódico”.


“O objetivo é destacar a qualidade e impacto individual dos estudos, incentivar práticas de publicação inovadoras, como artigos de acesso aberto, facilitando também uma análise mais direta da contribuição dos programas de pós-graduação, diminuindo a dependência de notas dos periódicos”.


“Com o fim do sistema, será desenvolvida uma nova maneira de avaliar artigos acadêmicos, focando mais no valor de cada pesquisa do que no veículo onde foi publicada. A ideia é que cada artigo seja analisado por seu impacto e relevância, considerando diversos fatores”, explica Antonella Carvalho.



Sobre Antonella Carvalho de Oliveira
A professora Antonella Carvalho de Oliveira é licenciada em Pedagogia, Mestre em Engenharia de Produção e Doutora em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Tendo mais de 30 anos de carreira no magistério e uma década de atuação como professora na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Autora do livro "Como se Faz um Produto Educacional", o único no Brasil que ensina de maneira específica como criar um produto educacional. Atualmente, ocupa o cargo de Editora Chefe da Atena Editora.
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Sobre a Atena Editora

A Atena Editora é uma referência no cenário editorial brasileiro há mais de 10 anos no mercado, sob a liderança de Antonella Carvalho de Oliveira, doutora em Ensino de Ciência e Tecnologia, a editora se consolidou como um pilar de excelência e rigor editorial, incentivando autores, pesquisadores e acadêmicos a publicarem suas pesquisas e estudos. Com um catálogo diversificado e de alcance internacional, a Atena Editora oferece publicações que atendem a uma comunidade acadêmica exigente e contribuindo para o avanço científico.

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