terça-feira, 17 de junho de 2025

Pesquisa da AMM sobre falta de vacinas leva Ministério da Saúde a investigar logística em Minas Gerais

 





Pesquisa da AMM sobre falta de vacinas leva Ministério da Saúde a investigar logística em Minas Gerais


A repercussão da pesquisa divulgada pela Associação Mineira de Municípios (AMM), alertando sobre o grave desabastecimento de vacinas em postos de saúde municipais, gerou resposta direta do Ministério da Saúde. O ministro Alexandre Padilha afirmou, durante visita a Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (16), que, diante dos dados apresentados pela entidade, o governo federal iniciou uma investigação para entender os gargalos na distribuição de imunizantes no estado.


O levantamento da AMM, realizado com 190 prefeituras, revelou um cenário preocupante: 89,5% dos municípios relataram ausência da vacina contra varicela (catapora), com casos de escassez que ultrapassam dois anos. Outras vacinas também apresentaram índices significativos de falta: Tetraviral (30,8%), Covid-19 infantil (32%) e adulto (23,8%), além dos imunizantes contra Dengue – Qdenga (25,6%) e Mpox (16,3%). 


Clique aqui para saber mais sobre a pesquisa.


Padilha declarou que equipes do Programa Nacional de Imunização e da logística do Ministério foram enviadas ao estado na semana anterior. “Todas as vacinas estão sendo compradas pelo Ministério, e as entregas estão em dia. Queremos identificar se há algo específico na logística em Minas Gerais que está causando esse atraso na entrega de dois a três tipos de vacina entre as 50 distribuídas aos municípios”, explicou.


Padilha também mencionou que será discutido com os representantes do Congresso do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) a possibilidade de o Ministério repassar vacinas diretamente para capitais, como forma de agilizar a distribuição. “Se uma parte da solução for o Ministério entregar para a capital, estamos dispostos a fazer isso. Vamos tomar uma atitude para facilitar a distribuição pelo Estado para os outros municípios”, afirmou, sinalizando ainda o uso de estruturas como os Correios para reforçar a logística.


O presidente da AMM e prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, ressaltou a gravidade da situação e a urgência por soluções concretas. “Estamos diante de uma crise de saúde pública que não pode ser ignorada. A AMM tem a responsabilidade de dar voz aos municípios e denunciar esse cenário que ameaça diretamente a vida da população. Exigimos do Ministério da Saúde um plano claro, transparente e eficaz para garantir o abastecimento regular de vacinas em todo o estado”, afirmou Falcão.


A AMM segue acompanhando de perto os desdobramentos e reforça seu compromisso com a defesa dos interesses dos municípios mineiros e da saúde da população.


Para mais informações e entrevista com o presidente Luís Eduardo Falcão, entrar em contato com a Coordenadora de Comunicação da AMM, Thalita Marinho, pelo telefone: (31) 98408- 4774.

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