quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A distribuição de renda mundial está cada vez mais desigual, aponta Credit Suisse

SÃO PAULO – Quase metade da riqueza mundial (mais precisamente 45,2%) está nas mãos de apenas 0,7% da população adulta, de acordo com um estudo abrangente realizado pelo Credit Suisse, o Global Wealth Databook 2015.
As estatísticas também mostram que 71% das pessoas possuem menos de US$10.000; e que a desigualdade é crescente, de acordo com os analistas do banco de investimentos. Desde 2002 “a fatia de riqueza nas mãos de indivíduos com elevado patrimônio líquido continua a subir todos os anos”, exceto por uma estabilização entre 2007-2008.
O relatório de 158 páginas foi escrito por Anthony Shorrocks, diretor de perspectivas econômicas, Jim Davies, professor do departamento de economia na University of Western Ontario no Canadá e Rodrigo Llubera, analista no departamento de pesquisa do banco central uruguaio. Ele abrange também a distribuição de riquezas entre países e regiões, que mostra, entre outros dados, que mais de 93% dos adultos na África possui menos de US$10.000. Na América do Norte, o número cai para 27%.
Por outro lado, 40% dos adultos na América do Norte possuem uma riqueza de mais de US$100.000. Nos países desenvolvidos, as porcentagens de adultos na base da pirâmide variam muito: alguns mostram um alto número de pessoas dentro da categoria e outros, muito baixo. No geral, os países desenvolvidos possuem apenas 20% da sua população nessa camada.
Os Estados Unidos são o país com maior número de indivíduos no topo da pirâmide, abrigando metade das 123.800 com maior patrimônio líquido do mundo; mas em termos percentuais, o país perde para Hong Kong e China. Nessa medida, Ucrânia, Rússia, Brasil e Colômbia foram os maiores perdedores: o Brasil perdeu 23,7% da sua riqueza em um ano, ou US$758 bilhões; enquanto a Ucrânia, 40,7%.
Em termos de população milionária, medida em dólares, os EUA saíram ganhando novamente, com 46% desta população, o que pode ser explicado em partes pelo fortalecimento do dólar neste ano. A Europa perdeu 2 milhões de membros no clube dos milionários.

InfoMoney

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