segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Empreitada de Morar Fora do País


O mundo esta aí para ser vivido, não há de se ter medo de correr riscos.
No caso das pessoas mais jovens, teme-se a empreitada de morar fora do país por medo do desconhecido ou por falta de experiência. No caso de pessoas com mais experiência, o motivo é relativamente oposto: apego à segurança que a vida em um lugar que já se conhece bem proporciona. Há, contudo, algo em comum em ambos os casos: o que impede os mais cautelosos de se aventurar fora do país natal é o medo do desconhecido.
Se, por um lado, de fato corre-se alguns riscos quando se decide morar fora, por outro lado, o crescimento e o despertar da consciência que se alcançam com uma experiência internacional compensam os baixos riscos que se corre.
Seja na adolescência, na juventude ou mesmo na maturidade, uma experiência internacional abre os horizontes da pessoa, propiciando grande aprendizado, evolução e desenvolvimento nos âmbitos pessoal e profissional.
Isso porque morar no exterior implica ter que conhecer e se adaptar a realidades e culturas diferentes. A pessoa que viaja entra em contato com diferentes aspectos da evolução do processo civilizatório, o que faz que ela passe a enxergar novas dimensões, aspectos e nuances do mundo que ela até então ignorava.
Muito importante também é o aspecto multicultural que a vivência no exterior propicia: por ter que conviver com culturas às vezes mais às vezes menos diferentes que a sua, mas sempre diferentes, a pessoa precisa desenvolver uma capacidade de adaptação que pode ser de grande valia tanto em sua vida pessoal quanto em sua vida profissional.
No que diz respeito à vida profissional, parece que o mercado de trabalho olha cada vez com melhores olhos quem viveu no exterior. Isso pode ser um importante fator quando se participa, por exemplo, de um processo de seleção em uma empresa.
Para o setor de recursos humanos das grandes empresas ter experiência internacional é visto como um diferencial, pois quem a possui é considerado alguém que aceitou o desafio de enfrentar o desconhecido. 
A pessoa que viveu fora é vista como alguém que teve que aceitar o desafio de melhorar sua comunicação, sua visão geral sobre as coisas.
Considerando que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, a experiência internacional, quando possível, pode constituir um diferencial no currículo daquele que postula um posto de trabalho.
Isso vale para os profissionais em geral, não apenas para aqueles que trabalham na área gerencial. Mesmo para profissionais da área técnica, e até mesmo para o trabalho teoricamente mais manual que intelectual, a experiência internacional pode constituir um grande diferencial, pois mesmo no caso da mão-de-obra antes considerada não qualificada exige-se hoje criatividade, capacidade de adaptação, organização e abertura para acolher novidades.
O termo "mão-de-obra" traduzia a ideia de um trabalho braçal, que se exerce através do esforço físico. Pode até mesmo se dizer que, em seu sentido literal, mão-de-obra significa "a mão que obra, a mão que trabalha". Contudo, hoje em dia, mesmo no caso do trabalho manual, a capacidade de coordenar atividades de forma adequada, habilidade que pode ser desenvolvida de forma diferenciada com uma experiência além das fronteiras do país natal, é considerada essencial.

Cristóvão Martins Torres

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