terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Um amigo inesquecível


Ao longo da minha vida, fiz, graças a Deus, muitos amigos, convivi sempre com figuras muito especiais e lamento o fato de muitos já não estarem mais aqui.

Omar Barbosa, era um desses amigos.
Amigos não tem defeitos, tínhamos uma amizade baseada na mútua admiração e na cumplicidade.
Sempre dizia a ele; que seguindo os seus passos, não erro o caminho.
A sinceridade era uma das qualidades que mais admirava nele, não mandava recado e, quando estava aborrecido com alguém, não falava pelas costas.
Era uma pessoa de muita personalidade, genial em sua simplicidade, com opiniões sempre claras.
Se "Elvis Presley" era a voz” da época, Omar “era a dança".
Gostava de ir a bons bailes e de dançar, era um verdadeiro pé de valsa.
Nos bailes, em clubes nas cidades vizinhas, era comum vê-lo sempre muito bem acompanhado pelas mulheres.
Um Galanteador nato!
Por muito tempo administrou várias namoradas, uma em cada cidade da região, tinha muito orgulho disso.
Sua agenda, sempre cheia, indicava o dia das festas nas cidades, tinha suas prioridades, duas festas que não perdia, o Festival de Inverno em Ouro Preto e o Baile da Rainha do Minério em Itabira.
Com muito traquejo social, era uma pessoa que comunicava muito bem, educado e sempre disposto a dividir sua experiência com os amigos.
De memória privilegiada e facilidade de expressar e comunicar, tinha um profundo conhecimento na arte de viver bem.
Com toda sua simplicidade, nos ensinava todos os dias; com experiências, gestos, palavras, sorrisos, companheirismo, sabedoria, solidariedade, principalmente com bons exemplos.
Por ter convivido com o público durante anos, já que era farmacêutico e empresário, sempre dizia que conhecia as pessoas no primeiro olhar.
Pressentia quando a pessoa não era de boa índole, pessoa do bem.
Eu tive a sorte de poder conviver com ele e, tirar proveitos desses ensinamentos.
O apelido de "Professor", dado a ele por mim, lhe caía como uma luva.
Omar, tinha uma maneira de enxergar e levar a vida.
Em vida, sua trajetória se confunde com a história de uma boa proza, bons bailes e boas festas.
Sua cultura de festas e alegrias, aliada a uma boa conversa, lhe garantia, ser admirado pelos amigos.
Conheceu inúmeras mulheres, fez a opção de não se prender a nenhuma delas.
Gostava de falar que a vida só dá uma safra, que saber viver é a maior de todas as artes.
Esse foi o grande amigo da vida toda, esse sim, foi o cara que gostava muito de um bom baile, uma boa festa, uma boa proza e o amor de uma bela mulher.
"Abrir mão da vida para fazer o que gosta", era seu lema!
Pelo grande traquejo social que possuía, deixou um grande legado aos amigos.
Enxergava a vida, o que ninguém vê, com olhos de lince..

 Cristóvão Martins Torres

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