*Dr. Eduardo Cordioli
Um estudo da consultoria canadense RBC Capital Markets divulgado em dezembro de 2021 mostra que aproximadamente 30% do volume mundial de dados é gerado pelo setor de saúde. A expectativa é que em 2025 essa taxa alcance 36% - um avanço 10% mais rápido do que os serviços financeiros e 11% mais rápido do que mídia e entretenimento.
Isso acontece pois a saúde digital está em constante evolução, impulsionada principalmente pela inteligência artificial generativa, com destaque para os Large Language Models (LLMs), como o ChatGPT e o BARD da Google, capaz de melhorar a eficiência e a personalização do atendimento.
Os LLMs, conhecidos por sua capacidade de simular conversas humanas, podem ser uma ferramenta valiosa na medicina. A sensação de interação natural pode ser explorada para aprimorar o pré-atendimento, enquanto a tecnologia de captação de voz pode ser integrada para organizar prontuários médicos, proporcionando uma abordagem mais eficiente no gerenciamento de informações clínicas.
A inteligência artificial, por meio de LLMs, pode desempenhar um papel crucial na automação de respostas para situações simples e cotidianas, permitindo que os pacientes recebam atendimento primário de forma eficaz. Isso alivia a carga de trabalho dos profissionais de saúde e permite que eles se concentrem em casos mais complexos e na tomada de decisões clínicas.
E se o ano anterior marcou a descoberta e implementação inicial do 5G, em 2024 testemunhamos sua expansão significativa. A acessibilidade aumentou, com gadgets e vestíveis tecnológicos com preços mais baixos, tornando os dispositivos conectados para monitoramento em tempo real mais acessíveis a uma parcela mais ampla da população. A cobertura também se expandiu, proporcionando uma rede mais robusta e confiável para a comunicação eficiente de dados de saúde, consolidando o 5G como um catalisador crucial para a revolução na saúde digital.
Por fim, mas não menos importante, com a crescente utilização de dados digitais na área da saúde, a segurança da informação se torna uma prioridade. O investimento em medidas robustas de segurança de dados é essencial para garantir a confidencialidade e integridade das informações médicas, prevenindo acessos não autorizados e protegendo a privacidade dos pacientes.
*Dr. Eduardo Cordioli é médico obstetra e Head de Inovação na Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital no Brasil.
Jéssica Mattia / Jornalista
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