sábado, 12 de julho de 2025

O Futuro da Aprendizagem Adulta: Estudo une Neurociência, Metodologias Ativas e Inteligência Artificial

Nova pesquisa, orientada pelo neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela, detalha como a combinação de métodos de ensino participativos com a personalização da Inteligência Artificial pode revolucionar a educação de adultos, alinhando as práticas pedagógicas ao funcionamento do cérebro maduro.

Um novo estudo, publicado na revista I+D Internacional - Revista Científica y Académica, explora uma nova fronteira para a educação continuada, detalhando a sinergia entre a educação de adultos, as metodologias ativas e a Inteligência Artificial (IA), tudo sob uma perspectiva neurocientífica. A pesquisa, conduzida pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela e pelo físico pesquisador Adriel Pereira da Silva, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), argumenta que esta tríade tem o potencial de criar ambientes de aprendizagem mais eficazes, adaptativos e motivadores.

O artigo parte do princípio de que o cérebro adulto aprende de maneira distinta do cérebro infantil. A aprendizagem na fase adulta é influenciada por experiências prévias, pela necessidade de aplicação prática e por uma forte motivação intrínseca. Ignorar essas particularidades torna o ensino ineficaz. O estudo aponta que a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas conexões, persiste ao longo da vida, e as estratégias de ensino devem ser desenhadas para capitalizar sobre ela.

Nesse contexto, a pesquisa destaca dois pilares que se unem para potencializar a aprendizagem adulta:

  1. Metodologias Ativas: Abordagens como a aprendizagem baseada em problemas e projetos colocam o aluno como protagonista. Em vez de receber passivamente a informação, ele é incentivado a construir o conhecimento de forma colaborativa. Do ponto de vista neurocientífico, isso estimula redes neurais complexas, ativa o sistema de recompensa cerebral e fortalece as memórias, pois o aprendizado se torna significativo e relevante.

  2. Inteligência Artificial (IA): A tecnologia entra como uma ferramenta de personalização em massa. A IA pode analisar o desempenho de cada aluno em tempo real, identificar lacunas de conhecimento e adaptar o conteúdo e o ritmo de ensino às suas necessidades individuais. Isso otimiza a carga cognitiva e respeita os diferentes perfis e estilos de aprendizagem.

Dr. Fabiano de Abreu, Pós-PhD em Neurociências e autor principal do estudo, destaca a importância de alinhar a educação com o funcionamento cerebral. "O cérebro adulto não responde bem à recepção passiva de informação. Ele precisa de engajamento, de relevância. As metodologias ativas fornecem esse engajamento. A Inteligência Artificial, por sua vez, entra para personalizar essa experiência em uma escala impossível para um educador sozinho. A IA pode ser o tutor pessoal que adapta o desafio ao nível exato do aprendiz, otimizando a neuroplasticidade e tornando o aprendizado mais profundo e duradouro", detalha.

O estudo imagina um cenário educacional onde um adulto trabalha num projeto (metodologia ativa) enquanto recebe feedback instantâneo de um tutor de IA, que sugere recursos com base no seu perfil cognitivo. No entanto, os pesquisadores alertam para os desafios éticos, como a privacidade dos dados e a necessidade de o educador humano continuar no centro do processo, atuando como mentor e facilitador.

A pesquisa conclui que a união dessas três frentes, informada pela neurociência, pode transformar a experiência educacional, tornando-a mais significativa e preparando os adultos para os desafios de um mundo em constante evolução.

O artigo "Educação de Adultos, Metodologias Ativas e Inteligência Artificial no Processo de Ensino e Aprendizagem: Uma Perspectiva Neurocientífica" pode ser consultado na revista I+D Internacional - Revista Científica y Académica.


Fabiano de Abreu 

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