A encefalopatia traumática crônica (ETC) é muito associada a golpes na cabeça, típicos de lutas, explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Faleceu nesta quinta-feira, 24, José Adilson Rodrigues dos Santos, o lendário boxeador brasileiro conhecido como Maguila, aos 66 anos. A esposa do pugilista, Irani Pinheiro, confirmou a notícia.
Maguila foi diagnosticado em 2013 com encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição degenerativa associada a golpes repetidos na cabeça, semelhante ao Alzheimer. Internado em uma clínica em Itu (SP), ele lutava contra a doença.
O ícone do boxe brasileiro
Nascido em Aracaju (SE), Maguila trabalhou na construção civil antes de se destacar no boxe. Sua carreira foi impulsionada por Luciano do Valle, levando-o a treinar com Angelo Dundee. Maguila conquistou 77 vitórias em 85 lutas, além de diversos títulos, incluindo o Mundial pela Federação Mundial de Boxe (WBF).
O que é a encefalopatia traumática crônica (ETC)?
A Encefalopatia Traumática Crônica (ETC) é uma doença neurodegenerativa causada por traumas repetidos na cabeça, comuns em esportes de contato como boxe e futebol americano.
Ela se desenvolve progressivamente causando sintomas típicos, como perda de memória, mudanças de humor, confusão mental e problemas motores. A ETC é semelhante ao Alzheimer, mas tem como principal causa o acúmulo de pequenos traumas cerebrais, ou impactos.
Os impactos da condição na saúde
De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os efeitos da condição variam e ficam mais graves com o passar do tempo.
“A ETC causa vários problemas ao longo do tempo, ela pode levar, por exemplo, à perda de memória, dificuldade de raciocínio , impulsividade, anormalidade motoras e alterações de humor, como depressão e agressividade”.
Tratamento
Ainda segundo o Dr. Fabiano de Abreu, o tratamento da condição se baseia em amenizar os sintomas e cuidados paliativos.
“Os sintomas podem variar de acordo com o estágio da condição e o seu tratamento se baseia na gestão desses sintomas e medidas paliativas para melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica Dr. Fabiano.
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