segunda-feira, 1 de junho de 2015

Barbosa diz que política virou uma ‘coisa desagradável’

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que esteve em Israel para receber o título de doutor honoris causa da Universidade Hebraica de Jerusalém, neste domingo, afirmou que “política no Brasil se tornou uma coisa desagradável”.
O que parece é que essa avaliação vem confirmar sua falta de vontade em disputar qualquer cargo eletivo. “Nada em vida pública me encanta mais”.
Segundo Barbosa, que ficou conhecido pelo grande público com o julgamento do mensalão, o país “aprendeu muito” com o escândalo que financiava deputados da base aliada do PT com recursos desviados de contratos públicos.
“No Brasil, os operadores do sistema de Justiça têm mecanismos de defesa. Juízes têm garantias de independência muito forte. O Ministério Público também, sem interferência de governo”, disse o ministro aposentado.
No entanto, o ex-presidente do STF se recusa a falar sobre o julgamento que lhe trouxe fama: “Quanto ao mensalão, isso é coisa do meu passado. Agora estou em outra”.
Joaquim Barbosa, que abriu uma empresa de palestras e tem se apresentado no Brasil e no exterior desde que deixou o cargo em 2014, depois de 11 anos de Supremo, afirmou que os críticos do Judiciário “esperneiam”, mas não vão conseguir que ele deixe de cumprir seu papel de vigia do poder, destacou o jornal Folha de São Paulo.
“Existe instituições que são permanentes, independem de que esteja ali no momento político e assume o poder temporariamente. Ele tem que ser vigiado”, disse o magistrado.
Barbosa foi escolhido para receber o título honoris causa, o primeiro internacional de sua carreira, juntamente com o ex-presidente de Israel Shimon Peres, o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e o presidente do Museu do Holocausto, Avner Shalev.
O ministro aposentado do Supremo Tribunaln Federal, que foi indicado pela Sociedade Brasileira dos Amigos da Universidade Hebraica de Jerusalém para receber o título de doutor, foi descrito pelos organizadores como “proeminente figura pública cuja história do triunfo sobre a desigualdade e a firme oposição à corrupção tem inspirado milhões”.

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