domingo, 27 de dezembro de 2015

Presidente da Samarco diz que não vai reconstruir barragem de Fundão


A barragem se rompeu no dia 5 de novembro ocasionando o maior desastre ambiental da história do Brasil. Além de destruir Bento Rodrigues, a lama de rejeitos atingiu mais de 40 cidades em Minas Gerais e no Espírito Santo. A tragédia deixou 17 pessoas mortas e duas desaparecidas.

Mais cedo, em entrevista publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo", o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, afirmou o seguinte sobre a barragem de Fundão: “não é nossa intenção voltar a construir naquele local, até por tudo o que esse acidente representou e representa para a empresa”.
A reportagem da Folha entrevistou Vescovi na sede da mineradora, em Belo Horizonte, na última quarta-feira (23), mesmo dia em que o presidente prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal. Ele foi ouvido sobre a apuração das causas e da extensão dos danos ambientais ocorridos depois do rompimento da barragem.  


Para a Folha, Vescovi disse que as causas do acidente serão esclarecidas no processo de investigação interna que podem durar de seis meses a um ano. O dirigente evitou dar respostas diretas e deixou diversas questões em aberto sobre os problemas na estrutura que se rompeu e as falhas no plano emergencial.

Além disso, Vescovi não confirmou que as barragem de Fundão e a de Germano estivessem sendo unificadas. "Neste momento, nós estabelecemos com a Defesa Civil novos procedimentos de monitoramento, não só de monitoramento das estruturas remanescentes, como também de aviso à população. Isso tudo já faz parte desse aprendizado. Agora, sempre em conjunto com os órgãos responsáveis, sempre junto com a Defesa Civil, nunca fazendo nada que seja só da nossa vontade sem que os órgãos estejam avisados", ponderou.

O Tempo

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