Chineses se arriscam fugindo para os EUA

MUNDO

(Imagem: Frederico Rios | The New York Times)

Com medo de uma piora na economia, repressão política e possibilidades de guerra, chineses de todas as classes estão buscando uma vida melhor nos EUA.

Os que têm melhores condições financeiras imigram por vagas em faculdades e vistos de trabalho, evitando as travessias arriscadas.

E os que não têm? Só neste ano, mais de 24 mil imigrantes vindo da China foram detidos na fronteira sul dos EUA. Como referência, na década passada inteira foram menos de 15 mil.

Os chineses já são a quarta nacionalidade mais detida na região do sul dos EUA, atrás de venezuelanos, equatorianos e haitianos.

O estreito de Darién, entre Colômbia e Panamá, liga a América do Sul e Central aos EUA e é o principal escolhido pelos que vêm da China. Eles enfrentam montanhas, lama, rios fundos e densa floresta.

China → Turquia → Equador → Darién. Essa rota se popularizou graças a um manual que circulou clandestinamente nas redes sociais chinesas.

A ideia é atravessar a fronteira, se entregar e pedir asilo alegando riscos na China. Quando o pedido é aceito — o que pode levar semanas ou anos —, a vida nos EUA começa.

Para deixar a 2ª maior economia do mundo e chegar clandestinamente para viver na 1ª, a travessia clandestina custa cerca de US$ 10 mil.

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