Quem chega à cidade fica impressionado com a quantidade de carros nas ruas.
As ruas já são estreitas, e com carros estacionados dos dois lados das vias o espaço para o tráfego fica muito reduzido. Resultado: o trânsito fica um caos.
Parece que andar a pé faz parte do passado.
No passado, distâncias que hoje são percorridas em automóveis eram percorridas de maneira saudável: a pé.
Por que tanta circulação de automóveis em nossas ruas? Compromissos urgentes ou ônus do progresso?
O fato é que o Prata perdeu aquele encanto de cidade rural.
Aquele encanto bucólico!
E ao se locomoverem cada vez mais de automóvel, as pessoas não se encontram pelas ruas como antes; assim, aqueles agradáveis bate-papos de outrora estão sendo substituídos pela comunicação através das redes sociais...
Desde a entrada da cidade até o seu final é carro para todo lado.
O carro, que em princípio traz mobilidade, em excesso significa exatamente o contrário.
Dizem que as pessoas são seres de hábitos. Parece que muitas pessoas estão usando os carros por puro hábito.
O excesso de carros dificulta o cumprimento do acordo de Paris, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de seus signatários, a fim de manter em níveis razoáveis a temperatura do planeta.
A fim de reduzir a emissão de gases, na França as autoridades estão solicitando que as pessoas deixem seus carros em casa, optando pelo transporte público.
Na medida em que os carros ganham espaço nas ruas da cidade as pessoas perdem saúde e a oportunidade de se comunicar.
Cristóvão Martins Torres
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