quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Aquela “fézinha” melhora a vida de quem aposta?


(GIF: Brendan Lynch)

Dois estudos dizem que não. No ano de 2024, as apostas online atingiram um recorde de 29,3% da receita total de todos os jogos dos EUA, o país mais rico do mundo. Por aqui, as bets movimentaram R$ 120 bi no ano passado — ou 1% do PIB do Brasil.

Desde a decisão da Suprema Corte americana em 2018, 38 estados legalizaram apostas esportivas, expandindo significativamente o mercado de jogos online.

Nos dois últimos estudos mais relevantes sobre o tema — feitos em UCLA e UC San Diego — algumas descobertas chamaram atenção e merecem destaque:

  • 👨‍💻 Os principais apostadores são homens jovens (abaixo dos 40) residentes das regiões de menor renda per capta;

  • 💳 O score de crédito das regiões que legalizaram as apostas caiu 0,3%, graças ao aumento do endividamento excessivo;

  • 💸 43% dos jogadores gastam mais de 1% de sua renda mensal em jogos, com pouco mais de 5% gastando mais de 10%;

  • 📉 96% dos jogadores perdem dinheiro, com apenas 4% lucrando;

No geral, houve um aumento significativo nos empréstimos para consolidação de dívidas e nas inadimplências de financiamento de automóveis. A probabilidade de uma falência aumenta em aproximadamente 30%.

Bancos e instituições financeiras também registraram maior restrição ao acesso ao crédito devido à redução da saúde financeira dos apostadores.

Um dado curioso: As ligações para números (linhas) de apoio a jogadores aumentam com a legalização, mas não há aumento significativo nos suicídios relacionados ao jogo.

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