domingo, 8 de junho de 2025

A Escócia pode tornar cliente de prostituição um criminoso

 

VARIEDADES


(Imagem: Getty Images)

Uma proposta, apresentada pela parlamentar Ash Regan, quer criminalizar o pagamento por sexo — seguindo o chamado modelo nórdico, que já funciona em países como Suécia e Noruega.

  • A ideia é simples no papel: punir quem compra, não quem vende.

Qual a relevância? Apesar da boa intenção, a proposta divide opiniões. Profissionais do sexo argumentam que ela pode tornar o trabalho mais perigoso, afastando clientes que seguem regras e deixando apenas os que ignoram leis e riscos.

📊 O que dizem os dados... Na Suécia, onde o modelo existe há 25 anos, nenhuma profissional do sexo foi assassinada. Já na Alemanha — que descriminalizou a atividade — houve 99 assassinatos desde 2022.

Enquanto isso, em lugares como a Irlanda do Norte, onde pagar por sexo já é ilegal, estudos mostram que a demanda continuou e o estigma aumentou.

O projeto prevê oferecer empregos alternativos e apoio a quem quiser deixar a prostituição. Mas, para muitas mulheres, trocar um trabalho relativamente lucrativo por um salário mínimo não resolve a raiz do problema.

Bottom-line: Enquanto a Escócia discute tornar a compra de sexo um crime, a Bélgica segue o caminho oposto: transformou as profissionais do sexo em trabalhadoras com carteira assinada. Lá, elas tem plano de saúde, licença-maternidade e o direito de recusar clientes.


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