sábado, 14 de junho de 2025

Pesquisador brasileiro revela os caminhos da intuição no cérebro com base na alta inteligência

A intuição, frequentemente reduzida à ideia de "pressentimento", passa a ser compreendida sob uma nova ótica científica graças à pesquisa conduzida por Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, pós-doutor em neurociências e especialista em genômica. Em estudo publicado no International Journal of Health Science (DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.15952325280511), o autor demonstra, com rigor morfológico e neurobiológico, como a intuição emerge de uma interação altamente especializada entre redes neurais e neurotransmissores, especialmente em indivíduos superdotados.

Intuição: produto de conexões neurais e não de adivinhações

Segundo Abreu, a intuição deve ser entendida como um processo cognitivo avançado, e não um mecanismo místico ou esotérico. Envolve a atuação integrada de áreas como o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC), o giro do cíngulo anterior (ACC) e a amígdala, entre outras regiões cerebrais. A ativação dessas estruturas possibilita respostas rápidas sem passar pela lógica consciente tradicional. “A intuição é uma operação neurocognitiva que simula a análise, mas a realiza em velocidade superior à consciência ordinária”, afirma o autor.

Superdotação e intuição: uma combinação de plasticidade e emoção

O estudo utiliza como referência um grupo de indivíduos com altas habilidades cognitivas, vinculados ao CPAH (Centro de Pesquisas e Análises Heráclito). A análise demonstrou que essas pessoas apresentam maior densidade de fibras no corpo caloso, o que potencializa a integração hemisférica e favorece decisões mais rápidas e assertivas. Além disso, há uma ativação mais eficiente do sistema dopaminérgico e serotoninérgico, essenciais na motivação e na regulação emocional.

O papel dos genes: COMT e 5-HTTLPR

Abreu ressalta a importância dos fatores genéticos. Polimorfismos nos genes COMT (envolvido na regulação da dopamina) e 5-HTTLPR (ligado à serotonina) foram identificados como determinantes no desempenho intuitivo. Indivíduos com variantes favoráveis desses genes tendem a demonstrar maior flexibilidade cognitiva e controle emocional — pilares da intuição eficaz.

Inteligência emocional e criatividade subjetiva: os pilares ocultos da intuição

A pesquisa também aponta que nem todos os superdotados possuem intuição elevada. Aqueles com menor desenvolvimento de inteligência emocional ou criatividade subjetiva apresentam menor integração entre os sistemas límbico e pré-frontal, limitando a efetividade do processo intuitivo. Para Abreu, “a intuição genuína exige um equilíbrio entre cognição racional e emoção regulada”.

Por que isso importa?

Em um mundo onde decisões rápidas são cada vez mais exigidas, compreender os mecanismos biológicos da intuição pode ajudar a aprimorar treinamentos em áreas como liderança, saúde mental, tomada de decisões críticas e até mesmo educação de superdotados. Além disso, a abordagem interdisciplinar que une neurociência, genética e psicologia proporciona novos parâmetros para a avaliação da inteligência humana além do QI tradicional.

Ao evidenciar que a intuição não é fruto do acaso, mas de um circuito cerebral específico e potencializado em pessoas com alta inteligência, o estudo de Fabiano de Abreu representa um avanço importante na compreensão das habilidades humanas complexas. E mais do que isso: oferece uma base científica sólida para aplicá-las de forma estratégica em contextos reais, do ambiente corporativo à clínica psicológica.

Fabiano de Abreu 
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Gestão geral grupo MF Press Global 





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