domingo, 22 de novembro de 2015

A Samarco cumpriu as regras de segurança?

A investigação do Ministério Público vai determinar como foram os procedimentos da Samarco. 
A lei de segurança para as barragens determina que a empresa tenha um plano de ação emergencial para lidar com desastres. 
Parte desse planejamento consiste numa “estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades afetadas”. 
Depois da ruptura das barragens em Bento Rodrigues, a Samarco afirma ter feito o aviso por telefone. 
“Não houve sirene, houve contato via telefone com a Defesa Civil, prefeitura e alguns moradores”, afirmou o engenheiro Germano Lopes, gerente-geral de projetos da Samarco, sem especificar o número de moradores comunicados.
Todas as testemunhas ouvidas pelo Ministério Público negam ter havido comunicação. 
Na tarde da quarta-feira, dia 11, funcionários de uma empresa de telefonia contaram a ÉPOCA ter instalado sirenes na área afetada naquela tarde, seis dias após o acidente. 
O sistema permitiria à Samarco alertar a população em caso de risco. 
ÉPOCA foi ao local onde foi colocada uma antena, que emitirá sinais para disparar as sirenes, mas uma caminhonete da Samarco bloqueava a entrada. 
“Se houvesse um bom plano para evacuar a área, não haveria tantos desaparecidos”, afirma Jefferson Oliveira, professor de engenharia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Época

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