domingo, 31 de julho de 2016

Rejeitos da Samarco ainda não têm destino certo

Mesmo se voltar a operar em Mariana, na região Central de Minas, a Samarco ainda não sabe qual será o destino que dará aos rejeitos da retomada da exploração mineral da mina Alegria, após o período de dois anos. A intenção inicial é despejar os resíduos na cava de Alegria do Sul, no complexo Germano, mas, no fim do período, o material terá que ser retirado de lá.
Conforme o Estudo de Impactos Ambientais (EIA) feito pela empresa e enviado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) em junho, a mineradora aponta apenas que o local receberá 22,3 milhões de m³ de rejeitos pelos dois anos. Nesse tempo, o local atingirá o seu volume máximo e, logo em seguida, terá que ser esvaziado, porque a cava ainda possui reservas minerais abaixo dos 1.000 metros que poderão ser exploradas. O documento é uma das etapas do licenciamento de retomada das operações.
A mineradora explicou que, durante o período, serão feitos estudos a fim de decidir o destino final dos resíduos. Ela ainda esclareceu que não há um prazo limite para a retirada desse material. A Samarco está sem operar desde o rompimento da barragem de Fundão em 2015, que matou 19 pessoas.

Retomada. Sem a opção de barragens para poder voltar a operar, já que a legislação não permite mais o uso destas estruturas, a Samarco decidiu recorrer à cava de Alegria do Sul no licenciamento. A expectativa da empresa era voltar a operar em outubro, mas a Semad afirmou que o pedido de licenciamento está em análise e não há previsão de liberação.

O Tempo

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