sábado, 6 de agosto de 2016

Imprensa internacional adota tons diferentes para a abertura

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Maioria dos veículos destaca situação política do Brasil, além de destaques como Gisele e Temer, no primeiro grande evento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro


PUBLICADO EM 05/08/16 - 22h23
A mídia internacional repercute, em larga escala, os principais assuntos da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, realizada na noite desta sexta-feira (5). Entre os principais momentos destacados, estão o "último desfile" de Gisele Bündchen e a referência não feita ao presidente interino Michel Temer.
O Diário Marca, da Espanha, é um dos que destacou a presença da top model Gisele Bündchen. Ao som de "Garota de Ipanema", composição de Tom Jobim e cantada por seu filho, Daniel Jobim, a miss desfilou pelo Maracanã e arrancou aplausos de todo o Maracanã. "A impressionante Gisele", avaliou o jornal.
Já o americano USA Today destacou a não introdução ao presidente interino Michel Temer durante a abertura, fato incomum. O portal ressaltou a intenção de "ativistas" em vaiá-lo. "(Dilma) Rousseff e (Luiz Inácio Lula) da Silva têm chamado os esforços de Temer para expulsá-la do gabinete de um golpe", destacou.
Também seguindo a linha política, o espanhol El Pais destacou a baixa presença de chefes de Estado no Maracanã. Em Pequim 2008, foram 80 presenças, dez a mais que em Londres 2012. Desta vez, menos de 20 mandatários marcaram presença. "O Ministério de Relações Exteriores brasileiro destacou que o baixo número de autoridades está relacionado com a difícil situação política da presidência brasileira, interina", comentou.
Por sua vez, o americano The New York Times ressalta a importância da beleza da cerimônia para afastar, ao menos que por uma noite, os problemas que afetam o país. "Se alguma vez houve uma nação necessitada de um espetáculo edificante, mesmo sob a forma de um exercício de relações públicas, é o Brasil", começa.
"O primeiro país sul-americano a sediar os Jogos Olímpicos está se recuperando de uma combinação surpreendente de turbulência política e instabilidade econômica. (...) Assim, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos chegou nesta sexta-feira à noite como um salve, disfarçando as feridas por algumas horas e deixando os brasileiros celebrarem tudo", prosseguiu.
Enquanto isso, o francês Le Monde optou por destacar totalmente em sua capa o aspecto negativo. Os destaques dizem, entre outros, que "os Jogos são abertos em um Brasil deprimido" e "um ideal olímpico manchado por doping e corrupção", entre outros.
Muitos elogios. Para o argentino Clarín, tratou-se de "uma festa de música, cores e esporte à altura da cidade maravilhosa, com ritmo e beleza". 
Boas avaliações também para a playlist do evento. Após Paulinho da Viola cantar o hino nacional ao lado de uma orquestra de cordas, o britânico The Guardian avaliou a apresentação como "simples e elegante".
Já Jorge Ben e seu "País Tropical" também foram elogiados. "Você vê que as fantasias e o cenário não são tão luxuosos como os de outras cerimônias, mas isto realmente não importa quando você tem uma energia como esta", comentou o americano The New York Times.

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