sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Eu acredito...Eu acredito...Ainda tem tempo hábil...O Título é nosso por direito..."Tem coisas que só acontece com o Botafogo"...

 Botafogo campeão - Beth Carvalho


A origem dos ciganos, considera-se que a Índia, especialmente a região do Punjab, seja a terra natal mais provável, dali teriam passado ao Egito, consequentemente para o continente europeu. Os ciganos, contribuíram para história do Brasil, para a identidade nacional.


Lembro deles na adolescência, quando chegavam na terra natal, óbvio, ficavam só por um período, eu sempre muito místico por natureza, gostava de ler a sorte com elas. Me impressionava o traquejo em vestir das ciganas. Com aqueles vestidos longos e com muitas joias pelo corpo, brincos, pulseiras, colares, etc, eram muito bonitas. Com uma linguagem diferente da nossa, bonita de se ouvir, saiam em grupos andando pela cidade, onde chamavam atenção das pessoas.
Todo grupo de ciganos que chegavam na cidade, eu sempre ia lá nas barracas, para lerem a minha sorte. As vezes falava coisas boas que ia acontecer comigo e coisas ruins, também. Lembro de um grupo de ciganos, do interior de São Paulo, que tinha chegado na cidade e uma das ciganas, Juliana, teve um problema nos dentes, foi atendida por meu pai, dentista. Depois disso, Juliana ficou muito amiga da minha mãe, tínhamos um carinho especial por ela, no período que ficaram na cidade, foi várias vezes em nossa casa, era muito bem recebida por todos.

Banho com sal grosso e Mangericão neles : Se tivesse alguma influencia com algum diretor do Botafogo, iria sugerir a ele que contrate uma Taróloga, urgente, para jogar o baralho cigano com os jogadores, para ver o que está acontecendo com eles...Essa contratação de uma Taróloga iria fazer que todos do elenco recuperasse confiança e ganhasse esse campeonato, ainda há tempo hábil, faltam várias partidas...Eu acredito, porque sonhei com o titulo de 2023...No meu baralho cigano, o Botafogo vai ser campeão...

Joguei no futebol amador por 15 anos, nunca vi uma coisa dessas, muito triste para uma equipe profissional da grandeza do Botafogo...Fiquei triste, pela falta de amor a camisa...Faltou inteligência do túnel...Faltou humildade...Neném Prancha dizia; bola pro mato que o jogo é de campeonato.

Frase do dia: "Tem certas coisas que só acontece com o Botafogo"...O Botafoguense é por natureza místico e supersticioso...

 Botafogo campeão - Beth Carvalho



Muitas Bicicletas nas Ciclovias da Alemanha

Cidade de Kiel
"Com a camisa do glorioso nas ciclovias da Alemanha"
Além do transporte que é de excelente qualidade, o Alemão usa muito a bicicleta para se locomover, ir ao trabalho e a escola, etc.
A maioria das cidades na Alemanha tem ciclovias e muitas bicicletas.
Visitei algumas cidades e todas tem ciclovias e muitas bicicletas.
É muito comum depararmos com um ciclista aqui, seja nos bairros, centros, etc.
Toda sinalizada e com dois metros de largura, as ciclovias ficam entre o passeio de pedestres e a rua dos carros.
O perfil do ciclista Alemão é variado, muita gente idosa, e muitos jovens também.

Álvaro Albergaria e Paulo Sérgio ex goleiro do Botafogo

Uma beleza no futebol ... Mané Garrincha, o maior de todos os tempos...Uma lenda do futebol mundial...incomparável...Bi Campeão Mundial...Duas Copas do Mundo 58/62...


Em 20 de janeiro de 1983, morria um dos maiores craques do futebol mundial, Mané Garrincha, o “anjo das pernas tortas”, a "alegria do povo". Deixou saudades. Com seus dribles, levava magia aos gramados e delírio às arquibancadas. Dele, dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade: "Não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho".

Com Elza Soares, grande amor da vida dele.
Juntos viveram grandes sonhos.

Se o Brasil é hoje conhecido como o país do futebol alegre e irreverente, boa parte desta fama se deve ao que Garrincha fez nas décadas de 1950 e 60. Considerado o maior driblador da história do esporte, o ex-ponta-direita ganhou duas Copas do Mundo com a camisa da Seleção (1958 e 1962), mas entrou mesmo para a história por conta das jogadas desconcertantes que fazia diante de seus marcadores.

Mané Garrincha foi o Inspirador do "Olé" no Futebol

 JOÃO SALDANHA

“OLÉ” NASCEU NO MÉXICO
(Texto extraído do livro  Os subterrâneos do Futebol, de João Saldanha, lançado em 1963 pela editora Tempo Brasileiro).

O Estádio Universitário ficou à cunha. Cem mil pessoas comprimidas para assistir ao jogo. É muito alegre um jogo no México. É o país em que a torcida mais se parece com a do Rio de Janeiro. Barulhenta, participa de todos os lances da partida. Vários grupos de “mariaches” comparecem. Estes grupos, que formam o que há de mais típico da música mexicana, são constituídos de um ou dois “pistões” e clarins, dois ou três violões, harpa (parecida com a das guaranias), violinos e marimbas. As marimbas são completamente de madeira, mas não vão ao campo de futebol, sendo substituídas por instrumentos pequenos. O ponto alto dos “mariaches” é a turma do pistão, do clarim e o coro, naturalmente. No campo de futebol, os grupos amadores de “mariaches” que comparecem ficam mais ativos em dois momentos distintos: ou quando o jogo está muito bom e eles se entusiasmam, ou, inversamente, quando o jogo está chato e eles “atacam” músicas em tom gozador.
No jogo em que vencemos ao Toluca, que estava no segundo caso, os “mariaches” salvaram o espetáculo.
O time do River era, realmente, uma máquina. Futebol bonito e um entendimento que só um time que joga junto há três anos pode ter. Modestamente, jogamos trancados. A prudência mandava que isto fosse feito. De fato, se “abríssemos”, tomaríamos um baile.
Foi um jogo de rara beleza. E não foi por acaso. De um lado estavam Rossi, Labruña, Vairo, Menéndez, Zarate, Carrizo. De outro, estavam Didi, Nilton Santos, Garrincha etc. Jogo duro e jogo limpo. Não se tratava de camaradagem adquirida em quase um mês no mesmo hotel, mas sim da presença de grandes craques no gramado. A torcida exultava e os “mariaches” atacavam entusiasmados.
Estava muito difícil fazer gol. Poucas vezes vi um jogo disputado com tanta seriedade e respeito mútuos. Mas houve um espetáculo à parte. Mané Garrincha foi o comandante. Dirigiu os cem mil espectadores. Fazendo reagirem à medida de suas jogadas. Foi ali, naquele dia, que surgiu a gíria do “Olé”, tão comumente utilizada posteriormente em nossos campos. Não porque o Botafogo tivesse dado “Olé” no River. Não. Foi um “Olé” pessoal. De Garrincha em Vairo.
Nunca assisti a coisa igual.
Só a torcida mexicana com seu traquejo de touradas poderia, de forma tão sincronizada e perfeita, dar um “Olé” daquele tamanho. Toda vez que Mané parava na frente de Vairo, os espectadores mantinham-se no mais profundo silêncio. Quando Mané dava aquele seu famoso drible e deixava Vairo no chão, um coro de cem mil pessoas exclamava: “Ôôôôô”! O som do “olé” mexicano é diferente do nosso. O deles é o típico das touradas. Começa com um ô prolongado, em tom bem grave, parecendo um vento forte, em crescendo, e termina com a sílaba “lé” dita de forma rápida. Aqui é ao contrário: acentua-se mais o final “lé”: “Olééé!” – sem separar, com nitidez, as sílabas em tom aberto.
Verdadeira festa. Num dos momentos em que Vairo estava parado em frente a Garrincha, um dos clarins dos “mariaches” atacou aquele trecho da Carmem que é tocado na abertura das touradas. Quase veio abaixo o Estádio Universitário.
Numa jogada de Garrincha, Quarentinha completou com o gol vazio e fez nosso gol. O River reagiu e também fez o dele. Didi ainda fez outro, de fora da área, numa jogada que viera de um córner, mas o juiz anulou porque Paulo Valentim estava junto à baliza. Embora a bola tivesse entrado do outro lado, o árbitro considerou a posição de Paulinho ilegal. De fato, Paulinho estava “off-side”. Havia um bolo de jogadores na área, mas o árbitro estava bem ali. E Paulinho poderia estar distraindo a atenção de Carrizo.
O jogo terminou empatado. Vairo não foi até o fim. Minella tirou-o do campo, bem perto de nós no banco vizinho. Vairo saiu rindo e exclamando: “No hay nada que hacer. Imposible” – e dirigindo-se ao suplente que entrava, gozou:
– Buena suerte muchacho. Pero antes, te aconsejo que escribas algo a tu mamá.
O jogo terminou empatado e uma multidão invadiu o campo. O “Jarrito de Oro”, que só seria entregue ao “melhor do campo” no dia seguinte, depois de uma votação no café Tupinambá, foi entregue ali mesmo a Garrincha. Os torcedores agarraram-no e deram uma volta olímpica carregando Mané nos ombros. Sob ensurdecedora ovação da torcida. No dia seguinte, os jornais acharam que tínhamos vencido o jogo, considerando o tal gol como válido. Mas só dedicaram a isto poucas linhas. O resto das reportagens e crônicas foi sobre Garrincha.
As agências telegráficas enviaram longas mensagens sobre o acontecimento e deram grande destaque ao “Olé”. As notícias repercutiram bastante no Rio e a torcida carioca consagrou o “Olé”. Foi assim que surgiu este tipo de gozação popular, tão discutido, mas que representa um sentimento da multidão.
Já tentaram acabar com o “Olé”. Os árbitros de futebol, com sua inequívoca vocação para levar vaias, discutiram o assunto em congresso e resolveram adotar sanções. Mas como aplicá-las? Expulsando a torcida do estádio? Verificando o ridículo a que estavam expostos, deixam cada dia mais o assunto de lado. É melhor assim. É mais fácil derrubar um governo do que acabar com o “Olé”.
Não poderia ter havido maior justiça a um jogador que a que foi feita pelos mexicanos a Mané Garrincha. Garrincha é o próprio “Olé”.
Dentro e fora de campo, jamais vi alguém tão desconcertante,
 tão driblador. É impossível adivinhar-se o lado por onde Mané vai “sair” da enrascada. Foi a coisa mais justa do mundo que Garrincha tivesse sido o inspirador do “Olé”.

Geração de Ouro do Botafogo


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