As pessoas têm diferentes opiniões sobre as coisas, que decorrem de diferenças de personalidade, de cultura e de educação. Cada um tem o direito de se posicionar sobre as questões que o cercam, pois toda e qualquer pessoa pode discernir, pensar, refletir, opinar, criticar, fazer escolhas etc.
Temos que nos manifestar sobre os fatos com prudência, com calma, mas não podemos aceitar coisas erradas que afrontam a nação; não podemos calar a tudo.
Começa a se consolidar junto à opinião publica a impressão de que o grupo de malfeitores da Petrobrás é como um gigante de pés de barro, como na história bíblica.
Segundo a lenda, o imperador Nabucodonosor, da Babilônia, sonhou um dia com uma estátua cuja cabeça era de ouro; o peito e os braços, de prata; o ventre e as coxas, de cobre.
Tinha, porém, pés em parte de barro, em parte de ferro.
Então, uma pedrinha veio rolando da montanha, atingiu-lhe a frágil base e pôs tudo no chão.
Os últimos acontecimentos na Petrobrás, que nos são passados através da imprensa falada, escrita e televisada, nos deixam com um sentimento ruim; chocam a nação brasileira.
A Petrobrás é uma empresa-chave para a economia brasileira.
Em virtude desses acontecimentos lamentáveis, há, na população, um sentimento muito forte de indignação!
Temos que rejeitar a máxima de querer levar vantagem em tudo. Esse fenômeno cultural, que, infelizmente constitui uma prática habitual, precisa ser abandonado. Estamos fartos dessa comédia.
Temos que ter coragem para acabar com isso; é importante que haja uma mudança comportamental geral, no sentido de renovar nosso compromisso com a correção e a seriedade.
Da atitude de expectativa muda, temos que passar à expectativa vigilante e ativa, embora cautelosa.
Cumpre-nos, pois, interpelar quem administra órgãos públicos; a administração pública requer dedicação, interesse e responsabilidade.
Quem administra tem que ter a cultura da eficiência e da honestidade.
Consta no anedotário brasileiro que o politico paraibano João Pessoa teria dito:"só uma vassourada em regra pode purificar a vida pública, rebaixada por figuras sem significação e aproveitadores gulosos".
A experiência tem demonstrado que, em torno das bandeiras, é sempre possível reunir, sem nenhum esforço, um numero grande de descontentes com a classe politica.
Basta alguém sair na rua, com um pedaço de pano amarrado na ponta de um pau, e há de verificar que se ajunta gente em torno de si.
Como cidadão, tenho formado a opinião e a convicção de que a salvação do nosso país não está nas leis, mas na atitude de expulsar da vida pública os vendilhões!
Podemos usar como exemplo o episódio da "expulsão dos vendilhões do Templo", oriundo da tradição cristã.
Essa é a encruzilhada na qual todos nós encontramos: ou começamos a mudar o que está errado nessa nação ou continuaremos vivenciando seu declínio ético e social.
Não há meio termo!
Cristóvão Martins Torres
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