Santiago de Compostela e o medo do desconhecido

Durante muitos anos, brasileiros, argentinos, portugueses, chilenos, colombianos, espanhóis, etc, se armam de energias e fazem o caminho Santiago de Compostela, exercitando a arte de  conviver e aprender coletivamente. Com o advento da globalização o mundo ficou pequeno e as oportunidades ficaram maiores. A convivência e o aprendizado de quem participa dessa caminhada nos mostra um mundo sem fronteiras. O medo em ir a essa caminhada de grande magnitude, estimula uma série de fantasias apavorantes. Vence-lo exige a compreensão de crenças negativas, fraquezas reais e imaginárias. Superar o medo é superar a expressão de se mesmo, é um mergulho dentro de nós mesmos numa busca de sentimentos e valores. Isso exige esforço, luta contra o maior inimigo o medo do medo. A nossa grande conquista é compreender que somos capazes de expressar idéias, sair de padrões habituais. Vencendo esse medo estaremos aptos a fazer de cada caminhada uma expressão de capacidade, criatividade e sermos responsáveis pela transformação do novo em nossa vida, sem nenhum problema. A boa comunicação é a base de todo relacionamento. mas na prática do dia a dia, temos grandes dificuldades de nos comunicar uns com os outros. Por isso que essa caminhada é de suma importância para quem tem a coragem de fazê-la, é um crescimento pessoal em poder comunicar com outros povos. A convivência agrega valor ao sacrifício dessa caminhada.

Cristóvão Martins Torres

PS - Para muitos, o Caminho de Santiago é uma oportunidade de desconectar-se do mundo moderno e refletir sobre suas vidas. Durante a caminhada, os peregrinos são convidados a enfrentar desafios físicos e emocionais, encontrar novos amigos e descobrir lugares históricos e culturais fascinantes.