quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Alerta para os países latinos sobre um problema do Brasil

 Prof. Dr. Fabiano de Abreu alerta para os países latinos sobre um problema do Brasil

 

Neurocientista diz em palestra que o Brasil está vivendo um coletivo de transtorno de personalidade dramática derivado da ansiedade e da cultura da rede social e problemas na educação

 

Em palestra realizada nesta quarta-feira para o III Congresso Internacional de Neurociências, que está sendo realizado na Bolívia, o PhD em Neurociências, biólogo, antropólogo e historiador Prof. Dr. Fabiano de Abreu revelou como a sociedade global está sofrendo um processo de diminuição no Quociente de Inteligência, o famoso QI.

 

A palestra contou com a participação de diversos especialistas em estudantes, que acompanharam atentamente as explanações do neurocientista. “Estarmos vivendo um coletivo de transtornos de personalidades dramáticas devido a sintomas de perturbações que tem como precursor a ansiedade. O conceito foi aprovado pelo comitê científico e publicado; o estudo visa chamar a atenção do que venho tentando alertar desde antes da pandemia, sobre os riscos da ansiedade fora da homeostase e a necessidade de nos mobilizarmos para cuidar da saúde mental de todos”.

 

Fabiano ainda destacou: "Somos o país mais ansioso do mundo pois somos um dos mais violentos, a ansiedade, como pendência e parte do instinto de sobrevivência, está relacionada à fatores de risco, buscando mapas mentais com memórias negativas para nos tirar de situações de risco. Vincula-se isso as questões econômicas, políticas e a pandemia, foge do linear entrando em um perigoso declínio, favorecendo a busca por recompensa.

 

O neurocientista lembrou na palestra que este processo ocorre já que a ansiedade, como uma pendência, tende a buscar através da amígdala cerebral um mapa de memórias negativas para que possa “safar” da situação de perigo. “Logo, também de forma instintiva, a mesma ansiedade pede a liberação de dopamina para buscar um linear de equilíbrio que o tire da zona de ‘perigo’ e traga boas sensações. A questão é que o organismo tende a buscar mais as boas sensações já que este linear não é absoluto, ou seja, não há uma homeostase permanente e sim uma oscilação de sensações em busca do linear ou de ultrapassá-lo”.

 

Autor de artigos que provaram que a internet está deixando as pessoas menos inteligentes, o neurocientista acrescenta: “Essa situação aumenta o consumo de rede social e esta, por sua vez, formata uma cultura que pode acarretar em transtornos como narcisista e histriônico. A sensação narcísica é uma busca por recompensa. Pensar ter razão, ser negacionista, é uma maneira de ser recompensando liberando neurotransmissores como a dopamina, pela satisfação da própria razão, mesmo que abstrata”.

 

Porém, ele lamenta: “A educação, o aprendizado, favorece a plasticidade necessária para que isso possa ser evitado, mas o problema é o nível que chegou a educação no Brasil e a falta de conhecimento do povo”, completou.

 

Denominado “Neuroeducação e Inovação em direção a um paradigma educativo na Bolívia", o III Congresso Internacional de Neurociências está sendo organizado pela UNIFRANZ NEUROSCIENCE INSTITUTE (UNI), entidade pertencente à Universidade de Medicina e Biologia UNIFRANZ.



Jennifer da Silva 

Suporte MF Press Global 



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