sexta-feira, 24 de março de 2017

Após denúncias de assédios, PM reforça policiamento no entorno da PUC

O policiamento no entono da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC) do Coração Eucarístico, na região  Noroeste de Belo Horizonte será reforçado após denúncias de assédio sexual no entorno da universidade. Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (24) a Polícia Militar disse que não foram registrados boletins de ocorrência relacionados a assédio nos últimos dias e que teve conhecimento dos casos por meio de áudios de WhatsApp. 
A corporação alterou a estratégia operacional no entorno da universidade. Antes, as viaturas faziam patrulhamento, e agora uma ficará permanentemente na avenida 31 de março, onde o assédio aconteceu. "Também estamos orientando os policiais a abordarem pessoas em situação de risco para dar dicas de segurança", afirmou o major Ricardo Gonçalves, comandante da 9ª companhia do 34º Batalhão de Polícia Militar.
Jovem assediada 
Uma estudante de jornalismo, de 19 anos da PUC foi assediada e atacada por um homem nos arredores do campus Coração Eucarístico quando saía da aula na manhã da última segunda-feira (20).O suspeito perseguiu a jovem pela rua Coração Eucarístico de Jesus, que liga a instituição de ensino à avenida Presidente Juscelino Kubitschek, onde ela pegaria um ônibus para voltar para casa. No meio do percurso, ela percebeu que estava sendo perseguida por um homem que a chamava de “gostosa”.
“Ele me assediou verbalmente, mas não achei que era comigo. Quando percebi o que estava acontecendo, ele agarrou o meu braço e deixou marcas. Fico roxo. Eu saí correndo e entrei em uma farmácia ali perto. Duas pessoas me ajudaram, prestaram socorro. Esse cara entrou em um carro e desapareceu”, relembra a universitária.
A jovem conta que não se lembra das características do suspeito, mas acredita que ele não seja estudante da PUC. Ao longo desta semana, ela soube por meio das redes sociais casos de outras meninas assediadas nas imediações da instituição de ensino. “Eu já mudei minha rota. Voltava de ônibus, agora não mais. Depois desses ataques, acho importante que todas as estudantes fiquem alerta e não andem desacompanhadas. Ele (suspeito) está agindo em locais e horários diferentes. Espero contar com o auxílio da PM para que a situação se resolva logo”, desabafa.
PUC diz que soube dos casos pela imprensa 
A respeito de fatos noticiados sobre  assédios a alunas da PUC Minas, a Universidade tem a informar que só tomou conhecimento dessas ocorrências por meio da imprensa, não tendo a Reitoria ainda sido procurada, até o momento, pelos estudantes ou quaisquer outras pessoas sobre esse assunto.

A PUC Minas mantém permanente relacionamento com a Polícia Militar e Associação de Moradores do Coração Eucarístico (Amocoreu) para buscar cotidianamente ações conjuntas no sentido de melhorar as condições de segurança nas imediações da Instituição. Sobre o fato citado, a Universidade já entrou em contato com a Polícia Militar, solicitando reforço para a segurança no entorno do campus.
O Tempo

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