segunda-feira, 15 de maio de 2017

Filarmônica toca trilha de filmes em homenagem às mães

O primeiro Dia das Mães de Géssyca Couto, 26, teve surpresa do marido Marcus Homem, 28. Ela saiu logo cedo de casa com a pequena Estela Couto, de 5 meses, para comemorar, mas sem saber onde. O destino foi a área externa da Sala Minas Gerais, no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para ouvir músicas da saga Guerra nas Estrelas, tocadas ao vivo pela orquestra da Filarmônica de Minas Gerais. E ela não foi a única mãe a ser presenteada com o concerto Clássicos na Praça, na manhã de hoje.
Cerca de 5 mil pessoas prestigiaram a primeira apresentação de trilhas cinematográficas da temporada 2017. As mães eram maioria, desde as de primeira viagem, com filho no colo ou correndo, ou as que têm filhos grandes e até netos e bisnetos. "É um presente para as mães, para os filhos economizarem, para a filarmônica, para todo mundo. Esse espaço, do lado da nossa casa (Sala Minas Gerai), faz com que as pessoas saibam o que acontece lá dentro", disse o maestro Marcos Arakaki.
A abertura do filme Guerra nas Estrelas, presente em outras temporadas, foi tocada novamente a pedido o público. Géssyca, que traz seu amor pela saga tatuado no corpo, se arrepiou. "Amo música clássica e amo Star Wars (Guerra nas Estrelas). Estela também está gostando", disse ela, mostrando a filha tranquila nos seus braços. Ela ficou feliz de ver tanta criança com camisetas do filme, uma nova geração de admiradores. "Temos que incentivar", completou.
O Clássicos na Praça é gratuito e tem justamente o objetivo de aproximar o público da música clássica e mostrar como a trilha de filmes também provoca sentimentos.  "As pessoas, vendo o filme, não têm ideia de como a emoção da música está viva junto com a cena, são coisas complementares", disse o maestro. Além de Guerra nas Estrelas, o repertório trouxe "A Valquíria- Cavalgada das Valquírias", de Wagner; "Sinfonia nº 25: Allegro con brio", de Mozart; "Tritsch-Tratsch Polka", de J. Strauss Jr.; "Rapsódia Húngara nº 2", de Liszt/Müller-Berghaus, entre outros.
A vendedora Daniela Monteiro Silva Almeida, 35, levou suas duas mães, a de sangue e a de criação, e duas filhas para o concerto. "Minhas filhas tocam instrumentos e são nosso grande orgulho", disse Daniela. Um Dia das Mães de arrepiar, como muitas definiram. "É um presente de muita paz e tranquilidade", disse a aposentada Maria das Graças Silva, 65, uma das mães de Daniela.

A comemoração teve também muita pose para foto. Ana Lúcia Vaz, 58, era só sorriso entre seus filhos Artur Vaz, 24, e Diego Vaz, 20. "Meu filho Artur que me trouxe e não podia ser melhor. Essas músicas me remetem a lembranças do passado", disse Ana Lúcia. Ela lembra que no Dia das Mães do ano passado também comemorou a data no concerto Clássicos na Praça, no Parque Municipal, "com a vovó", como ela chama sua mãe, que estava com 97 anos na época. "Hoje ela não está mais entre nós, mas fica a lembrança", concluiu Ana Lúcia.
O Tempo

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