quarta-feira, 7 de março de 2018

Felicidade


Como se fora um menino, o vento e sua pipa,
enquanto o irmão desce a ladeira de rolemã
o joão-de-barro anuncia a arquitetura da manhã
e a jovem trança os cabelos, como trançará a vida

Um grupo joga bolas de gude, há as de mármore
outro se orquestra num teatro cujo palco é o campo
onde corre a bola, de lá para cá, no peito e na terra
alguém naquele vilarejo saboreia uma paçoquinha

Um filósofo está contente ao crer que expôs seu pensamento
o casal de amores se entrega e se aparta para rememorar
a blusa de tricô ficou vistosa e nossa artífice realizada
minha inesquecível avó em sua cadeira de balanço e Eça

Assim corre a vida, em que os momentos de felicidade
deveriam ficar gravados a cores em nossa memória
E tudo seria o rio caudaloso, e as árvores e as margens,
E o mar, sedento das águas doces para amenizar o sal.

Amadeu Garrido de Paulaé Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

Esse texto está livre para publicação. 

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