sábado, 17 de março de 2018

Uma cidade que vai além da cerveja

Blumenau é uma cidade intimamente ligada à cerveja, a ponto de sediar três festas com o tema: a Sommerfest, em janeiro, uma festa de tradições alemãs regada à cerveja; o Festival Brasileiro da Cerveja, em março, o maior evento do segmento no Brasil; e a Oktoberfest, em outubro, hoje a festa mais popular de Santa Catarina.
Em março do ano passado, o presidente Michel Temer sancionou a lei que reconhece Blumenau como a Capital Brasileira da Cerveja, título que colocou a cidade do Vale do Itajaí como referência nacional para o segmento, que faturou no ano passado cerca de R$ 27 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil).
A cidade também é fortemente influenciada pelas tradições e costumes alemães, mas não espere se deparar, em cada esquina, com uma construção típica, apesar dos nomes e sobrenomes difíceis de pronunciar. Blumenau é uma cidade de médio porte já muito descaracterizada, com cerca de 309 mil habitantes.
Blumenau foi fundada pelo filósofo alemão Hermann Bruno Otto Blumenau, e o mausoléu que tem seu nome, inaugurado em 1974, está lá no finalzinho da rua XV de Novembro, em frente à praça Hercilio Luz e ao lado da Fundação Cultural de Blumenau. A principal rua da cidade é o ponto de partida para se vasculhar o centro histórico.
Os 1.590 m da rua XV de Novembro começam no emblemático prédio da prefeitura e terminam na praça Hercílio Luz. O trajeto é pontilhado de lojinhas de suvenires, galerias e cafés e prédios de arquitetura enxaimel, como o Castelinho. São 35 fachadas preservadas de casarões antigos – onde, outrora, moraram famílias tradicionais, como a Salinger –, além de jardins floridos e cartões-postais, como o Teatro Carlos Gomes, de 1939.
Paralela ao rio Itajaí-Açu, que corta a cidade ao meio, a XV de Novembro delimita o centro histórico. A dica é empreender a caminhada pela manhã, com paradas estratégicas no Museu da Cerveja e no restaurante Thapyoka, para comer um marreco recheado, ou no bar Tunga, ponto de encontro dos turistas durante a Oktoberfest, para tomar um chope Eisenbahn geladinho.
Nessa simpática e aprazível cidade catarinense, um passeio extremamente recomendado pelos guias locais é a visita ao Parque Ecológico Spitzkopf, a 14 km co centro. Uma trilha de 7 km pela Mata Atlântica leva a mirante a 936 m de altutude, de onde é possível ver as cidades de Blumenau, Ilhota e Gaspar, muito próximas uma da outra.
Uma cidade que tem a Oktoberfest como sua principal vitrine não poderia abrir mão de criar um museu dedicado exclusivamente à cerveja, que guarda o maquinário e as ferramentas utilizados na produção desde o século passado até hoje, como mostra a história do líquido de ouro e da festa através de cartazes, vestimentas e rótulos.
A atração mais visitada de Blumenau é palco das festas locais. A Vila Germânica é um atrativo em si, com seu portal de boas-vindas e a reprodução de uma vila com suas lojinhas, restaurantes e bistrôs. Você provavelmente não vai sair de lá sem uma lembrancinha, que pode ser um caneco, um traje típico ou uma camiseta da Oktoberfest.
Há, ainda, a oportunidade de comprar cervejas artesanais regionais, como Eisenbahn, Container, Bierland, Schorsntein e Wunder Bier, ou beber uma torre de chope no Bier Vila ou no Park Blumenau.

Inusitado
Cemitério único no mundo
Peterle, Pepito e Mirko são alguns dos nomes inscritos nas lápides de um cemitério que fica atrás Mausoléu Dr. Blumenau. Os gatos foram enterrados no pequeno bosque por Edith Gaertner, sobrinha-neta do fundador da cidade, uma atriz alemã amantes da natureza e dos animais.
Alameda
Palmeiras imperiais
A alameda Duque de Caxias foi a primeira rua planejada da cidade. Denominada pelos imigrantes de Boulevard Wendenburg, suas palmeiras foram plantadas em 1876, por isso foi chamada de Palmenallee. Nela moravam as famílias proeminentes e abastadas da cidade.
Ponte de Ferro
Um marco da cidade
Construída com material importado da Alemanha e inaugurada em 1931, a Ponte de Ferro tem 315 m extensão e 18 m de altura. Até os anos 70, serviu de passagem para o trem Blumenau-Itajaí. Hoje, liga o centro ao bairro de Ponte Aguda.
Símbolo
Em frente à prefeitura
Próximo ao relógio das flores, inaugurado em comemoração aos 150 anos de Blumenau, está a primeira locomotiva da cidade. Importada da Alemanha em 1908, a Macuca – nome dado por causa da semelhança de seu apito com o pio da ave macuco –, ela chegou ao Brasil a bordo do vapor Klobenz, que também trazia 800 toneladas de matéria-prima para a Estrada de Ferro Santa Catarina. A raridade fica em frente ao emblemático prédio da prefeitura.

Saiba mais

Museu da Cerveja. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e, aos sábados e domingos, das 9h às 17h. Entrada gratuita.
Museu de Hábitos e Costumes. Funciona de terça a domingo, das 10h às 16h. Não abre às segundas-feiras. Ingresso a R$ 5 (inteira).
Mirante do Parque Ecológico Spitzkopf. Aberto todos os dias, das 7h às 19h. Ingresso a R$ 10.
Museu Hering. Abre de terça a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h. Entrada gratuita.
Catedral São Paulo Apóstolo. Inaugurada em 1958 e projetada pelo arquiteto alemão Gottfried Böhm, a igreja foi construída com pedras de granito vermelho e vitrais. Funciona diariamente, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Entrada gratuita.
Museu da Ecologia Fritz Muller. Inaugurado em 1936, conta a história do ecologista Johann Friedrich Theodor Müller e abriga cerca de 4.000 itens. Funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 17h30, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h. Entrada gratuita.


QUEM LEVA

Operadora: FRT Operadora

Informações: Consulte seu agente de viagens e peça esse pacote da FRT Operadora

Período: 9 a 13 de agosto

Pacote: Inclui quatro noites de com café da manhã no Hotel Slaviero Essential Blumenau, transfer a partir do aeroporto de Navegantes, city tour cultural e de compras em Blumenau e Rota Germânica (Ilhota, Blumenau e Pomerode)

Preço: R$ 810 (10x R$ 81) por pessoa em apartamento duplo
O Tempo

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