terça-feira, 8 de novembro de 2016

A arte de detectar aptidões


Elas têm muito em comum, além de uma vida dedicada à educação: são irmãs, psicopedagogas, professoras de psicologia da educação e social e de sociologia.

Muito mais que trabalhar com testes vocacionais, elas buscam identificar em cada pessoa suas potencialidades latentes. Antônia Mazia Bacil e Maria José Bacil acreditam que “a dificuldade em identificar a vocação se dá, muitas vezes, por falta de informação, desinteresse em procurar ajuda de profissionais da área, e, sobretudo, pela pressa e pelo imediatismo em ganhar dinheiro, calando e até amordaçando o potencial individual, nato”.

Antônia explica que, no consultório, elas empregam múltiplas ferramentas. “Elas não são estáticas, milagrosas e nem estereotipadas. Acreditamos no ser que busca seu melhor e aceita a ajuda do profissional. Cuidamos da inteligência emocional e do desenvolvimento cognitivo de todas as faixas etárias. Alertamos e despertamos a inteligência espiritual com esmero e sutileza”.

A individualidade é outra ferramenta proativa que traz excelentes resultados, “sobretudo quando se acrescenta as técnicas de Jean Piaget, Abraham Maslow (pai da psicologia humanista) e Edward Bach, que ampliam o entendimento e a conscientização sobre aptidões emocionais e auxiliam na expressão das habilidades, na sabedoria de conviver consigo mesmo e com o outro”, diz Maria José.

Para Antônia, a insatisfação profissional e a ausência de rumo “esbarram nas escolhas erradas e apressadas que visam apenas a remuneração melhor e maior. O perfil vocacional se definha, e a pessoa se acomoda. Para ajudá-las utilizamos alguns recursos como o teste de lateralidade cerebral (hemisférios esquerdo e direito), que avalia o grau de mobilização de cada hemisfério, as essências florais de Bach e a sua filosofia que traz o reequilíbrio da energia vital, liberdade de ser, aceitação de si mesmo. E ainda usamos os jogos lúdicos, de autoconhecimento, o diálogo compartilhado e a confiança mútua para que o trabalho traga êxito e as respostas sejam produtivas e coerentes”.

Os florais de Bach vêm ajudando nesse processo tão delicado que é o da escolha de um projeto de vida. “Uma das funções mais evidentes e significativas das essências florais e de sua filosofia é estimular e cuidar da alfabetização emocional, passo a passo. Por outro lado, elas reconectam o indivíduo com sua essência, com seu eu superior. A concepção filosófica de Bach se baseia na catalisação do crescimento do ser humano na direção do processo de religar-se ao ‘mundo espiritual’, sendo igualmente atuante e presente no mundo físico”, diz Antônia.

Maria José cita a essência floral Clematis, que trabalha a concentração, o aqui e o agora. “Ao mobilizar suas potencialidades, o ser constrói a aprendizagem de convivência com os talentos, por meio da essência Chestnut Bud, da aprendizagem e sabe como alçar a prosperidade. Aliada às essências Larch, da autoconfiança, e Gentian, que dá coragem para prosseguir com fé. Na citação estratégica de algumas essências, Bach formata a metodologia sistêmica de construção da autoimagem e da autoestima que identifica a autonomia individual latente”.

As terapeutas têm outra aliada na construção do caminho profissional, a astrologia, que identifica caminhos e potencialidades de cada indivíduo. “Ela traz à tona as potencialidades do cliente. A linguagem simples, objetiva e clara faz com que a pessoa que está se consultando se engaje nesse processo de autoconhecimento e autodesenvolvimento. Sem magia, mas com ética e profissionalismo, buscamos desvelar os signos solar (luz) e oposto (sombras)”, ressalta Antônia.

O contato com o Núcleo de Orientação Vocacional e Aprendizagem pode ser feito pelo telefone (31) 99799-1899.


CONSTRUÇÃO

As diferenças individuais e o mercado de trabalho


A experiência de décadas de consultório das irmãs Antônia Bacil e Maria José Bacil está no recém-lançado “Vocação à Flor da Pele” (Grupo Literato, 178 páginas, R$ 35), um livro multifocal, que reverbera sobre o vocacional e faz florescer a significação das aptidões e dos talentos.

“A obra aborda o mercado de trabalho com sutileza e foca as diferenças individuais. Ao ressignificar a educação, reavemos, na prática, o valor da aplicabilidade da pedagogia terapêutica, criada por nós, no Núcleo de Orientação Vocacional e Aprendizagem. Além da construção proativa, este projeto de vida dá acesso à mobilização dos talentos e sua aplicabilidade, dando vez e voz ao potencial empreendedor que encontramos nas classes sociais menos favorecidas. O livro traz, em cada capítulo, uma mensagem especial que formata as âncoras de acesso ao exercício das aprendizagens diferenciadas. O potencial individual é a grande mola propulsora que gera autonomia, autoestima, protagonismo e empreendedorismo”, diz Antônia.

O livro vem com um CD. Nele, as psicopedagogas trabalham, por meio da música, movimentos acessíveis a todos os seres que necessitam aprender, entoar e cantar em seu próprio som ou tom. “Nosso livro busca construir e reconstruir no dia a dia a importância dessa parceria simples, ética e de grandes resultados”, finaliza Maria José.

O Tempo

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