quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Poluição do ar e sonora aumentam risco de hipertensão

O Tempo


SAÚDE

Voluntários que antes não tinham a doença foram expostos às impurezas e apresentaram os sintomas





PUBLICADO EM 10/11/16 - 03h00

Paris, França. A exposição de longo prazo à poluição do ar urbano aumenta de forma crescente o risco de hipertensão arterial, de acordo com um estudo divulgado nesta semana feito com mais de 41 mil moradores de cidades europeias.

A poluição sonora constante – especialmente do trânsito – também aumenta a probabilidade de hipertensão, disseram pesquisadores na revista médica “European Heart Journal”.

A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças e mortes prematuras. O estudo revelou que um adulto a mais por grupo de cem pessoas desenvolveu hipertensão arterial nas partes mais poluídas das cidades em comparação com os bairros de ar mais puro.

O risco é semelhante ao de estar clinicamente acima do peso com um índice de massa corporal (IMC) de 25-30, disseram os pesquisadores. Para realizar o estudo, 33 especialistas liderados por Barbara Hoffmann, professora na Universidade Heinrich Heine de Dusseldorf, na Alemanha, monitorou 41.071 pessoas na Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha e Espanha por cinco a nove anos.

Cada aumento de cinco microgramas – ou milionésimos de um grama – da menor dessas partículas aumentou em 20% o risco de hipertensão para as pessoas que vivem nas áreas mais poluídas, em comparação com os que moram nos locais menos poluídos.

Nenhum dos participantes tinha hipertensão quando ingressou no estudo, mas, durante o período de acompanhamento, 6.207 pessoas (15%) relataram ter desenvolvido a doença ou que começaram a tomar medicamentos para baixar a pressão arterial.

Em relação à poluição sonora, os pesquisadores descobriram que as pessoas que vivem em ruas movimentadas com tráfego noturno barulhento tinham, em média, um risco 6% maior de desenvolver hipertensão em comparação moradores de áreas onde os níveis de ruído eram pelo menos 20% mais baixos.

O Tempo

Nenhum comentário:

Postar um comentário